“Conspiracionista”, “medíocre”, “delírio cristão”: estes são apenas alguns dos adjetivos dados pela extrema-imprensa ao filme “Som da Liberdade”, que chegou ao Brasil fazendo um enorme sucesso.
O filme “Sound of Freedom”, ou “Som da Liberdade”, é, sem sombra de dúvidas, um grande sucesso mundial. O filme já ultrapassou a marca dos US$ 200 milhões, ao se considerar a bilheteria ao redor do mundo - com metade desse valor tendo sido arrecadado apenas nos Estados Unidos. Com esses números, o pequeno filme independente, que custou apenas US$ 14 milhões para ser produzido, já ultrapassou títulos da grande indústria, como The Flash e Pânico 6.
O sucesso de “Sound of Freedom” veio acompanhado, como se sabe, de uma asquerosa campanha de difamação contra a obra - com os argumentos mais recorrentes afirmando que o filme não passa de uma conspiração de QAnon. Nós tratamos sobre esse tema em detalhes no vídeo: “SOM DA LIBERDADE derruba INDIANA JONES e bate RECORDE de BILHETERIA” - link na descrição. No geral, suspeita-se que o grande “problema” do filme é sua temática. A obra, que conta uma história real sobre o combate ao tráfico infantil, pode ter incomodado muita gente graúda lá nos Estados Unidos.
O fato é que, não obstante todas essas polêmicas, o filme finalmente estreou nos cinemas brasileiros. E adivinhe só: ele já é um tremendo sucesso! “Som da Liberdade” estreou em primeiro lugar no Brasil, segundo informações disponibilizadas pela própria distribuidora. O fenômeno da obra independente com uma temática conservadora, ao que tudo indica, vai se repetir também aqui, em terras tupiniquins. De fato, onde quer que o filme tenha estreado, seu sucesso foi imediato - e inquestionável.
Isso, porém, não impede a extrema-imprensa de continuar massacrando a obra - em muitos casos, com argumentos que chegam a ser patéticos. Veja os títulos de recentes matérias a respeito do filme nos sites esquerdistas brasileiros, e você vai entender do que eu estou falando. O site da Veja traz a seguinte manchete: “Como a extrema direita criou uma cultura pop para chamar de sua” - fazendo referência ao filme, e também a outros elementos da cultura conservadora muito bem-sucedidos.
Já o site de extrema-esquerda Revista Fórum afirma, em uma de suas matérias: “Filme "O Som da Liberdade" é medíocre e transforma drama infantil em delírio cristão”. Pois é, esse é o padrão da crítica brasileira ao filme. Mas a coisa também continua repercutindo no exterior. Veja, por exemplo, a seguinte matéria do site “The Economist”: “Som da Liberdade: como fazer fortuna com um filme medíocre”. Independentemente de sua visão de mundo, você precisa concordar comigo: essas críticas são um belo motivo para você se interessar em ver o filme, não é mesmo?
Grande parte dos comentários depreciativos a respeito de “Som da Liberdade”, vindos da mídia mainstream, são um misto de dor de cotovelo e de incômodo com a temática abordada na obra. Porém, existe uma crítica específica que vale a pena ser considerada neste vídeo: a de que o faturamento do filme seria falso, composto por números inflados artificialmente.
Alguns sites acusam a produtora do filme de distribuir ingressos gratuitamente, o que estaria elevando o faturamento da obra de maneira irreal. É claro que esse pessoal parece desconhecer o significado da palavra “gratuito”. Assim como acontece com o almoço, não existe ingresso grátis - alguém sempre paga a conta. De fato, “Sound of Freedom” lançou mão de uma estratégia que se mostrou vencedora - a de incentivar seus espectadores a presentear outras pessoas com um ingresso.
Sim, muita gente está vendo o filme de graça, inclusive com disponibilização de tickets no próprio site da produtora. Porém, isso só é possível porque, desde que o filme foi lançado, muita gente pagou por esses ingressos, com o objetivo de disponibilizá-los para outras pessoas. Esses benfeitores se sensibilizaram com a temática do filme, acreditaram que ela deveria ser conhecida, viram todos os ataques da grande mídia à obra, e resolveram colaborar financeiramente com o projeto. Tudo belo e moral!
O sucesso financeiro de um filme não é medido pela quantidade de espectadores, mas sim pelo total faturado. Quem paga as contas não é o montante de quantos indivíduos viram o filme, mas sim quanto foi arrecadado ao longo das exibições. E nesse caso, não há o que se questionar: “Som da Liberdade” conseguiu multiplicar o seu investimento inicial em quase 15 vezes - e isso, até o momento. Essa é, sem dúvidas, a definição exata de “sucesso comercial”.
Ainda assim, é importante voltarmos ao debate a respeito das demais críticas feitas pela grande mídia à obra. Por que um filme que trata de um tema tão relevante, que faz tantas vítimas ao redor do mundo, tem sido tão massacrado pela extrema-imprensa? Bem, é óbvio que tem gente que se incomodou com a temática - na certa, pessoas interessadas na manutenção desse esquema perverso e criminoso. Mas isso não se aplica a todos os críticos, definitivamente.
Acontece que a esquerda mundial não consegue aceitar o fato de que ela perdeu a hegemonia não apenas da informação, mas também da produção cultural. No passado, Hollywood dominava o cinema, e os grandes produtores moldavam a cultura popular a seu bel-prazer. Hoje, essa hegemonia não existe mais. Portanto, os agentes esquerdistas partiram para o ataque, difamando uma obra que eles consideram “muito de direita”, ainda que o tema abordado seja muito relevante. É que, para essa gente, não importam os objetivos perseguidos por uma obra: se ela não dança conforme a música, ela precisa ser destruída.
No caso da esquerda brasileira, a crítica é ainda mais mesquinha. Não, os patéticos sites esquerdistas brasileiros não estão mancomunados com uma perversa rede de tráfico infantil; eles são burros demais para sequer entender a dimensão desse problema. O que a esquerda brasileira faz é papagaiar o que a esquerda gringa fala. Eles simplesmente viram que o filme foi caluniado lá fora, e fizeram o mesmo aqui. Nossa mídia canhota não apenas não tem personalidade; ela é descerebrada mesmo.
Contudo, vale a pena considerarmos toda essa questão do ponto de vista da liberdade de mercado. Em primeiro lugar, conforme já referimos neste vídeo, “Sound of Freedom” é um produto da informação descentralizada e distribuída. Não havia um grande estúdio por trás da criação do filme, não havia uma grande distribuidora brigando pelo seu lançamento. Essa iniciativa nasceu e se propagou de forma espontânea, pela comunidade virtual, até atingir a proporção que atingiu atualmente. No passado, isso seria impossível; porém, nós vivemos, agora, na era da informação barata e de rápida circulação.
Esse mesmo fenômeno consagrou outras obras para as quais a grande mídia torce o nariz, mas que o público amou. Por exemplo, temos o filme “His Only Son”, outro grande sucesso, sobre o qual falamos aqui no canal, no vídeo: “IGNORADO pela CRÍTICA, filme CRISTÃO faz enorme SUCESSO de bilheteria nos EUA” - link na descrição. Isso também se aplica à série “The Chosen”, que por sinal pertence à mesma produtora responsável pelo filme “Som da Liberdade”.
O que essas obras têm em comum? Além da forma independente como elas se tornaram famosas e bem sucedidas, sua temática também é semelhante. Todas elas abordam temas muito caros para pessoas conservadoras - como a religião cristã e o cuidado com as crianças. Acontece que, até então, Hollywood não era capaz de prover aquilo que esse público - muito grande, por sinal - queria. Havia, aí, uma demanda reprimida, e pronta para ser saciada por alguém que fosse capaz de ler esse cenário.
Quando esses filmes começaram a ser lançados, uma grande quantidade de pessoas, que já não se sentiam mais representadas pelas obras de Hollywood, passaram a consumir esse conteúdo. Em Administração, chamamos esse nicho de mercado de “oceano azul”: um grande mar de possibilidades de alto faturamento, com pouca ou nenhuma concorrência. Enquanto a grande indústria continuava gastando rios de dinheiro com efeitos especiais e marketing, para fazer seus filmes lacradores, a fatia conservadora da população norte-americana passou a consumir outros produtos.
E é isso o que, no fim das contas, explica o sucesso de “Som da Liberdade”. As pessoas queriam muito ver esse tipo de filme, mas Hollywood foi incapaz de lhes entregar isso. Quando uma pequena produtora finalmente teve a brilhante ideia de sanar essa demanda, seu lucro foi astronômico. É assim que funciona o livre mercado: não existe indústria consolidada que consiga se manter de forma indefinida, quando seus produtos não mais atendem às demandas dos consumidores. “Sound of Freedom” acertou onde Hollywood segue errando. E que bom que isso aconteceu não com uma obra de puro entretenimento - o que não seria nenhum problema, é claro, - mas sim com um filme que passa uma importante mensagem social que precisava ser trazida para a luz do dia.
https://www.youtube.com/watch?v=CL8xk4dwbXg
https://www.youtube.com/watch?v=9cvOX14REJ8
https://www.economist.com/united-states/2023/08/10/sound-of-freedom-how-to-make-a-fortune-with-a-mediocre-movie
https://revistaforum.com.br/cultura/2023/9/21/filme-o-som-da-liberdade-mediocre-transforma-drama-infantil-em-delirio-cristo-144527.html
https://veja.abril.com.br/coluna/em-cartaz/como-a-extrema-direita-criou-uma-cultura-pop-para-chamar-de-sua/