A Black Friday de 2023 foi a segunda pior da história, frustrou as expectativas do mercado, mas isso já era previsível, já que o governo dos trabalhadores tem dificultado o emprego e geração de riqueza.
Não é de hoje que o brasileiro fica encantado ao ver um outdoor de 50% de desconto em um produto que nem desejava comprar, e é por isso que a data capitalista, a famosa Black Friday, se destaca. Afinal, é uma data perfeita para os lojistas se desfazerem de estoque, minimizando os prejuízos e trazendo oportunidades para quem economizou algum valor para o dia.
É esse o conhecimento que popularizou a data, ao ponto de que as previsões do levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, que acredita que mais de 85% dos consumidores iriam às compras no dia 24 de novembro.
Eles conseguiram realizar o levante em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC. Esse dado foi usado para fomentar o consumo de bens e serviço por todo o Brasil. Mas essa data não foi criada aqui, ela é uma data tradicional americana. Ou seja, mais uma parte da nossa cultura que foi espelhada dos norte-americanos. Mas isso não foi ruim para os nossos consumidores, que graças ao livre mercado, veem novas ofertas e grandes promoções no decorrer do mês.
Neste dia, que sempre cai na última sexta-feira de novembro, os varejistas americanos iniciam a temporada do fim de ano, após as festividades da data de Ação de Graças. Já no Brasil, ela entrou em ação no calendário de 2010 e a cada dia ganha mais popularidade. Em menos de 15 anos já faz parte do imaginário da população, do planejamento familiar e dos gastos das empresas de comércio tradicional e eletrônico.
E já que é uma data especial entre os feriados comercialmente fortes, ajuda a fortalecer o fluxo de caixa e evitar que as empresas fiquem com a esteira de vendas estancada.
Já a origem do termo Black Friday tem o nascimento incerto. Especula-se que no século XIX, houve um esquema de dois investidores que queriam controlar o mercado na bolsa de Nova York. Essa tentativa foi descoberta numa sexta-feira, o que fez o estado intervir, aumentando artificialmente a oferta de ouro, baixando os preços. Logo, essa origem seria estatal, um completo oposto do livre mercado que a data representa hoje em dia.
Já a outra explicação seria que em 1960, na Filadélfia, os policiais usavam esse termo para descrever o fluxo massivo de turistas que iam fazer compras para as festas de fim de ano. Essa origem já é mais similar com a que usamos a terminologia no dia a dia. Só que em terras de especulação, quem tem certeza é rei, e é assim que muitos golpes acabam sendo criados em datas tão relevantes para o comércio nacional, como o dia tradicional das compras norte-americano.
Além disso, por esses golpes acontecerem numa frequência tão preocupante, também faz com que os bancos finjam preocupação com a perda de dinheiro dos clientes. Mesmo que os “bancões” também queiram pegar uma parte do valor. Só que honestamente e sem golpes, os bancos são livres para fechar negócios com os clientes. Por isso, eles mantêm as dicas de seguranças, como conferir a confiabilidade da loja e desconfiar de preços muito baixos, o que seria a coisa mais básica a se fazer. Conferir os dados de um boleto, recusar chamadas surpresas e usar cartões descartáveis são fatores importantes para quem faz as compras virtualmente.
Justamente por isso que os números de fraudes não são ainda maiores. Nas primeiras duas horas da Black Friday foram registradas mais de 7,6 mil tentativas de fraudes em compras on-line. E a área de brinquedos, ou seja, produtos infantis, acaba sendo uma das mais afetadas pelos golpistas.
Porém, existe um dado positivo que é o valor das fraudes na black friday desse ano: caiu 29%, para menos de 10 milhões de reais. Sim, é isso mesmo que você ouviu. Os golpistas não conseguiram manter o mesmo nível de fraude.
E isso não se deve ao aumento de conhecimento do comprador, nem uma eficácia do combate às fraudes, talvez em parte, mas sim porque essa Black Friday fracassou e frustrou as expectativas do mercado. As fraudes diminuíram porque as compras diminuíram. Apesar do governo atual ter uma parcela grande na culpa, com a inflação, aumentos de gastos públicos e impostos, não é só isso que explica o problema geral.
E para entrar mais nos pormenores dessa data é preciso tratar com os dados diretamente. Isso se deve a essas fraudes não serem o único risco que o pequeno consumidor precisa se preparar, com semanas de antecedência. Por exemplo, os lojistas aumentam os preços para diminuírem na época dos descontos, a famosa promoção “metade do dobro”, ou fazem promoções curtas com produtos inferiores do que o prometido.
Mas isso já faz parte dos problemas conhecidos. A taxa de juros representa o risco brasileiro, que deve se manter no patamar atual, como falamos antes. Se somada com a descrença do povo e do comércio com a gestão do Molusco, isso faz com que a inflação e outros gastos sejam sufocantes para a população consumidora. Desse modo, a necessidade dos mais carentes torna-se aumentar as provisões de emergência ou gastar apenas o básico, como alimentos.
Além disso, o desaquecimento da economia real, que é aquela que o brasileiro médio sente, não para de ser mais relevante. A todo momento as previsões sobre o Brasil sofrem uma correção, como o déficit fiscal em relação ao PIB. Empresas como a Magazine Luiza e a Americanas que estão com alguns problemas, para dizer o mínimo, não são a exceção das várias empresas que apresentam problemas de solvência. Isso diminui muito a credibilidade das lojas nacionais contra as concorrentes do exterior, que não apresentam promoções tão boas, mas tem uma segurança jurídica e fiscal maior. É por todos esses fatores que a previsão de 16% a mais de vendas no comércio digital não se concretizou e a aposta na inteligência artificial não foi o suficiente para suprir o rombo. O Brasil já está em estagnação econômica.
Claro que isso não foi capa de jornal, já que, no governo do amor, isso não é uma piora, é apenas uma “desmelhora”, com a semântica freestyle. Contudo, desde o “esquenta”, também chamado de “pré-Black Friday”, houve uma queda de quase 7% no faturamento em relação ao ano anterior, sem considerar a correção da inflação e o volume de pedidos que despencou em 13,5%.
Mas, aquém desses números, a mídia centralizada continuou apresentando uma visão de especialistas que eram otimistas. Eles destacavam que era o primeiro ano sem uma crise sanitária e sem eleições, mas não colocavam em discussão o alto nível de endividamento das famílias, de quase 77% e a seca histórica na região norte do país.
Algumas matérias apontaram que a quinta-feira, dia 23 de novembro, teve uma relevância maior nas vendas do que o ano anterior, mas isso não sustenta a queda da sexta-feira por si só. A retração econômica foi sentida e deve se refletir nos balanços trimestrais das empresas. E, conforme estampado no jornal Valor Econômico, essa foi a segunda pior Black Friday da história do Brasil.
Contando com a quinta e a sexta-feira, o comércio eletrônico registrou um recuo relativo de 15,1% sobre 2022, um ano em que a receita também já havia caído na casa dos dois dígitos. Uma parte das causas também veio da pressão sobre as empresas com os altos custos, logo, os descontos ficaram abaixo do esperado.
Portanto, a Black Friday de 2023 é um fracasso decretado, mas a grande mídia não quer que o afegão médio perceba isso. Então, a lição que fica é que sempre que uma informação for veiculada pela grande mídia, primeiro desconfie, depois tenha certeza de que eles querem te enganar com uma narrativa! Além disso, isso evidencia como o governo está conseguindo piorar a economia brasileira de maneira muito rápida. Estamos terminando o ano em recessão, mesmo com o governo torturando os números para chegar num crescimento positivo do PIB, um "PIBinho" de 0,1%. Se chegamos nesse nível, tenha certeza: as coisas já estão muito piores, o governo só está tentando esconder isso pelo máximo de tempo possível. Não tem jeito, o aumento do gasto público e a interferência massiva do governo na economia, inevitavelmente leva ao desastre econômico muito rápido. Não importa se essa medidas são feitas "com amor", como costuma dizer o governo atual.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/11/25/black-friday-fracassa-em-2023-e-e-a-segunda-pior-da-historia-no-brasil.ghtml
https://exame.com/negocios/black-thursday-black-friday-2023-tem-vespera-forte-e-queda-nas-vendas-no-inicio-da-sexta-feira/
https://www.infomoney.com.br/consumo/faturamento-da-black-friday-antecipada-cai-67-em-2023-mostra-estudo/
https://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2023/11/25/black-friday-lojas-online-apostam-na-inteligencia-artificial-para-acelerar-a-entrega-dos-produtos.ghtml
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2023/11/6660296-black-friday-conheca-origens-da-data-aguardada-pelos-consumidores.html
https://banco.bradesco/canaisdigitais/dicas-de-seguranca.shtm
https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2023/11/24/cuidado-com-a-black-fraude-veja-dicas-para-nao-cair-em-golpes-com-falsas-tentacoes-hoje-na-black-friday.ghtml