A morte inevitável do estado

Imagine um mundo onde os estados deixam de existir, onde a tecnologia dá às pessoas comuns o poder de gerenciar suas próprias vidas sem a interferência de políticos corruptos. Parece utópico? Talvez não tanto quanto se pensa.

A política e a economia mundiais frequentemente parecem um jogo no qual os cidadãos sempre perdem. Em diversos países, assistimos a uma sucessão de escândalos de corrupção, má gestão e decisões que beneficiam poucos em detrimento de muitos. Líderes eleitos frequentemente demonstram uma incapacidade alarmante de solucionar problemas básicos, perpetuando um ciclo vicioso de ineficiência e desconfiança. Esses problemas não se limitam a uma região ou continente específico; são uma constante em praticamente todas as nações, independentemente do sistema de governo ou do nível de desenvolvimento econômico.

A democracia, na prática, falha na maioria das vezes em eleger indivíduos verdadeiramente honestos e capazes. O processo democrático, teorizado para permitir que a vontade do povo prevaleça, resulta na ascensão de indivíduos que não têm o interesse da população em mente. Campanhas eleitorais caras e complicadas favorecem aqueles com recursos financeiros consideráveis, e não necessariamente os mais competentes ou éticos. Pessoas semi analfabetas e ignorantes, mas conhecidas, tendem a ganharem em detrimento de pessoas pouco conhecidas, mas com capacidade tecnica e exacerbada bagagem intelectual.

Mesmo quando pessoas bem-intencionadas conseguem se eleger, rapidamente se tornam alvos de uma maioria corrupta que domina as estruturas de poder. A pressão para se conformar com as práticas estabelecidas é enorme, e aqueles que tentam manter sua integridade enfrentam obstáculos quase intransponíveis. Em muitos casos, esses indivíduos acabam sendo marginalizados ou removidos do poder, reforçando ainda mais o ceticismo sobre a eficácia do sistema democrático em trazer mudanças reais e positivas. Por isso que vemos muitas pessoas dizendo que o congresso corrompe as boas almas que tentam mudar o sistema de dentro para fora.

Essa realidade gera um ceticismo crescente sobre a capacidade da democracia em resolver os problemas sociais e proporcionar bons serviços aos cidadãos, especialmente aos que carecem de educação. A confiança nas instituições está em declínio, e muitos se perguntam se o sistema atual pode realmente oferecer soluções para as questões mais urgentes. Mas se a democracia não funciona, como podemos nos organizar socialmente de uma forma mais justa e eficiente?

Nesse cenário, apenas o libertarianismo, e mais especificamente o anarcocapitalismo, propõe uma alternativa de organização social mais justa e sustentável. Essa filosofia é baseada em três princípios simples, mas poderosos: o princípio da não agressão, o livre mercado e a propriedade privada. Esses princípios sugerem uma estrutura na qual as pessoas podem viver em comunidades que refletem suas próprias visões de mundo, sem a necessidade de impor essas regras a toda a sociedade. Essa descentralização permite que cada indivíduo ou grupo escolha como deseja viver, respeitando sempre a liberdade alheia.

Essa abordagem permitiria que soluções privadas e inovadoras surgissem para atender necessidades em áreas como saúde, segurança, educação e infraestrutura, de forma mais eficiente e acessível. O estado, com sua burocracia e ineficiência inerentes, muitas vezes falha em fornecer esses serviços de maneira satisfatória. No entanto, em um ambiente anarcocapitalista, empreendedores e inovadores seriam incentivados a desenvolver soluções que realmente atendam às necessidades da população. A competição e a liberdade de escolha garantiriam que os melhores serviços prevalecessem, beneficiando a sociedade toda.

Além disso, o anarcocapitalismo possibilitaria que cada um participasse dos grupos sociais com que mais se identifica, sem a necessidade de impor sua vontade sobre os demais ou se submeter a valores com os quais não concorda. Essa liberdade de associação é um dos pilares do anarcocapitalismo, promovendo uma convivência harmoniosa baseada no respeito mútuo e na cooperação voluntária. Assim, as pessoas poderiam se unir em comunidades autônomas, desenvolvendo regras e normas que reflitam suas próprias crenças e preferências, sem a interferência coercitiva de um estado centralizado.

Mas como essa visão pode se tornar uma realidade? Será que viveremos para ver o anarcocapitalismo suplantando o estado? Quando falamos em anarcocapitalismo, muitos pensam que se trata de uma utopia. Mas como poderíamos classificar os atuais abusos estatais contra os nossos direitos individuais, senão como uma total distopia, digna da obra de George Orwell. Porém, diferentemente do descrito no livro 1984, as tecnologias atuais estão abrindo caminho para a dissolução do estado, ao invés de fortalecê-lo.

Ferramentas como as redes sociais, aplicativos de comunicação global, bitcoin, inteligência artificial, impressoras 3D e drones estão democratizando o acesso a recursos e serviços, diminuindo a dependência dos indivíduos do estado. O bitcoin, por exemplo, permite transações financeiras globais fora do alcance estatal. Drones e projetos de impressão 3D podem realizar entregas longe das fiscalizações e proibições governamentais, além deste último fornecer insumos para a criação de armas de fogo. Com o aumento do uso dessas tecnologias, os estados perderão gradualmente a capacidade de controlar e tributar os cidadãos. Esse processo levará à diminuição do poder estatal e à devolução de direitos e responsabilidades aos indivíduos.

As redes sociais, por exemplo, já estão desempenhando um papel crucial na disseminação de informações e na organização de movimentos sociais. Elas permitem que indivíduos se conectem, compartilhem ideias e colaborem em projetos sem a necessidade de intermediários. Isso enfraquece o monopólio da informação que os estados tentam manter em conluio com as mídias tradicionais como televisão e rádio.

O bitcoin está na vanguarda dessa mudança. Ele oferece uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, permitindo transações seguras, anônimas e independentes de instituições financeiras centralizadas. Com ele, os indivíduos podem realizar transações diretamente uns com os outros, sem a necessidade de bancos ou governos.

Mas essa transição para um mundo anarcocapitalista não será feita sem desafios. Sinais de governos se tornando mais autoritários, tentando censurar a liberdade de expressão e manter o controle sobre a população, já são visíveis no mundo todo. No entanto, essa resistência pode ser vista como um indicativo de que o fim do estado está próximo. Os governos estão percebendo que estão perdendo o controle e, em resposta, estão intensificando seus esforços para monitorar e regular a internet, as IAs e outras tecnologias emergentes. Mas a descentralização inerente a essas tecnologias torna essa tarefa inviável, impossível de ser realizada.

Para acelerar essa mudança e estar preparado para o futuro, é crucial estudar sobre o anarcocapitalismo e as tecnologias que o sustentam. Além disso, é importante pensar em como essas tecnologias podem ser usadas para resolver os problemas da sociedade, substituindo funções do estado por soluções mais eficazes, mais eficientes e justas. Aplicar o que aprendeu na prática para criar novas formas de organização social e econômica é o próximo passo a ser seguido. Isso pode incluir a criação de cooperativas, redes de troca de serviços, e comunidades autossustentáveis que operem fora do controle estatal.

A responsabilidade pelo nosso futuro nunca esteve tão nas nossas mãos. Somente assumindo essa responsabilidade é que será possível nos libertar da opressão estatal e garantir um mundo onde a liberdade e a justiça prevaleçam sobre a corrupção. Um local carente de entidades focadas em roubar o patrimônio de seus cidadãos, com uma abundância de opções para aqueles que querem trabalhar e melhorar a sociedade, recompensados financeiramente ou socialmente por isso. Um lugar onde não há a terceirização da moral pelo estado, sendo nossa responsabilidade fazer doações para os mais necessitados. Um local de homens realmente livres, sem as amarras criadas pelo bandido estacionário e de seus rabiscos em um papel qualquer, ambiente definido por regras aceitas por todas as partes, por contratos assinados e com regras bem definidas. Um lugar, chamado, ancapistão.

Referências:

ESQUERDA tenta DIZER que "BOLSO TAXOU as BLUSINHAS", mas NARRATIVA NÃO COLA e LIRA se QUEIMOU a TOA: https://youtu.be/7I8YZiM2aUA?si=RLmRQiVZxpoX81C3