Como milionários doam e economizam no Imposto de Renda

Se o Estado não o faz, então o capitalista malvadão é quem ajudará a população carente!

Para podermos entender como o egoísmo permite que o indivíduo auxilie os mais necessitados, primeiro é preciso entender o que é Filantropia. Esse termo remonta a períodos antigos, pois vem do grego, significando “amor pela humanidade”. Porém, no decorrer dos anos, virou sinônimo de agir pelo bem público - infelizmente, na maioria dos casos, feito com dinheiro roubado de outras pessoas.

Mas a partir disso, você pode estar se perguntando: por que nem todo mundo que faz doações ou trabalhos voluntários é um filantropo? Na verdade, é pela diferença entre caridade e filantropia; a caridade é amenizar o sofrimento alheio. Ou seja, ser caridoso é sentir empatia por alguém e, por exemplo, doar um cachecol para o frio ou comida para a fome.

E, por eliminação, surge o contexto para definir quem faz filantropia. São indivíduos ricos com visão de mundo ampla e de uma nobreza espiritual que desejam resolver problemas - é o desejo do ser humano de ver um mundo melhor para si e para os outros. Alguns até chamam isso de egoísmo humano, mas faz parte do nosso desejo natural de viver num mundo mais próspero. E numa sociedade capitalista, que é representada no livre mercado: é a resolução de problemas. Logo, um filantropo é alguém que vê um ou vários problemas e decide que vai atrás da causa, pois sabe que beneficiar essas pessoas também fará bem para si. Se for moradia irregular, fornecer um teto para que possam se proteger, um lar para se viver e desburocratização das construções.

O que já é bem mais do que o Estado fez, já que o cidadão está em estado de mendigagem. Ou seja, o egoísmo de não querer ver aquele problema existindo mais, traz a vontade de resolvê-lo e aparenta o altruísmo individual. Essa ideia é defendida por Ayn Rand em seu sistema filosófico chamado Objetivismo. Se quiser saber mais sobre essa mulher, recomendamos o vídeo: “Qual o aviso de Ayn Rand contra a igualdade?”.


Além disso, justamente pela origem dos problemas serem quase sempre maiores e mais caros, os filantropos geralmente têm muito mais poder aquisitivo, sendo eles empresários em sua maioria. Muitas dessas ações são feitas em lugares menos vistos, cidades realmente miseráveis ou assoladas por desastres naturais, e que não tem estrutura básica para fornecer dignidade a seus moradores. São locais onde o governo é ausente ou muito corrupto, como várias cidades africanas, e deixa a população na miséria. E são nesses locais que os empresários mais conseguem salvar vidas.

Mas, ainda que não tenhamos o costume de lembrar dos grandes filantropos brasileiros, o fundador da Natura, Guilherme Leal, é desses nomes. Ele cobre o custo de muitas causas importantes com as organizações sociais apoiadas por ele. O que infelizmente acaba sendo respondido, negativamente por uma parcela da população, que ao ver um rico ajudando os outros já querem apedrejar.

Já o empresário Jorge Paulo Lemann, um dos sócios da Ambev, era um nome que tentava embarcar como filantropo, acabou perdendo o prestígio após o incidente das Lojas Americanas. Isso tudo enquanto o Estado não consegue resolver vários desastres ambientais como as frequentes chuvas que destroem cidades inteiras e deixam pessoas desabrigadas. Se quiser saber mais sobre isso, recomendamos o vídeo disponível aqui no canal: “Petrópolis: a cidade destruída pelo Estado”.

Precisamos deixar isso claro: não estamos defendendo nem o Paulo Lemann, nem o Estado, pois ambos os casos precisam ser vistos à luz da ética libertária como o que eles são. O primeiro um corporativista que faz lobby para ganhar poder econômico, e o outro, uma instituição violenta e parasitária que vive de sugar energia e recursos das pessoas.

Inclusive, um homem que fazemos questão de ressaltar, e que não quis que metade do seu patrimônio sofresse com a ação estatal, estamos falando de Elie Horn, fundador da construtora Cyrela. E sabem o motivo? Ele foi o primeiro brasileiro a assinar uma declaração de doação em vida de ao menos metade de seu patrimônio. Se a teoria de alguns acadêmicos socialistas estivesse correta, não haveriam ricaços se desfazendo do dinheiro em prol dos necessitados.

Os socialistas e adeptos da esquerda política acreditam na falácia de que os ricos e empresários apenas gostariam de mais lucros, como se fosse a única coisa que os deixam realizados. Não que haja algo errado nisso. Mas eles se esquecem que existe a filantropia corporativa. Por exemplo, em 2020, o Banco Itaú doou cerca de um bilhão de reais para o combate ao vírus que circulava pelo país. Outros empresários doaram aparelhos para hospitais, como o humorista Whindersson Nunes, que juntamente com outros artistas, doaram 217 unidades de cilindros de oxigênio para hospitais, durante a pandemia. Essas pessoas não precisam de usar hospitais públicos e conseguem até mesmo ir aos melhores hospitais de outros países, mesmos assim, tomaram a decisão de usar sua riqueza para salvar vidas.

É preciso deixar claro, por um lado, que as doações empresariais em parte costumam ser estratégias de marketing ou políticas, mas há muita gente bem-intencionada querendo ajudar quem realmente precisa. A iniciativa privada marca presença desde o período do Brasil colonial, com a Santa Casa de Misericórdia de Santos, centralizada na Igreja Católica.

Contudo, depois de séculos, as Organizações Não Governamentais, já possuem outro nome menos conhecido: são as OSCs, ou seja, Organizações da Sociedade Civil. Mais uma sopa de letrinhas, só que dessa vez vem para ocultar um fato. E o fato é que essas ONGs não estão diretamente envolvidas com o Estado, algumas atuando até à margem do Estado.

Apenas para complementar as informações com o censo Gife de 2018, é preciso relembrar que as doações chegaram a 3,5 bilhões de reais em plena recuperação da crise financeira brasileira de 2016, criada pelo PT. Essa crise que foi o principal motivo para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, veio com outras instabilidades, mas a solidariedade não foi abalada.

A filantropia, para não deixar de mencionar, é fonte de boa parte dos recursos de importantes Universidades, como a Universidade de Harvard, que é sustentada por ex-alunos e empresários. Algo muito pouco falado pelos adeptos da esquerda brasileira, e isso acaba provando que é possível manter e criar boas universidades sem dinheiro dos mais pobres. Para vocês terem uma noção da poderosa cultura de filantropia americana, que é sim estimulada por incentivos fiscais, em 2018 houve um recorde de doações a universidades, estimado em US$ 46 bilhões de dólares. Hoje, esse valor daria mais de 230 R$ bilhões de Reais. Portanto, não é graças ao estado que as universidades existem, os governos apenas querem pegar o protagonismo para si, para criarem a ilusão de que sem eles o pobre não frequentaria cursos superiores.


Queremos ver se fosse para financiar com o dinheiro do fundo eleitoral e partidário usados por esses políticos, o estardalhaço que eles fariam. Inclusive, isso ressalta a importância de nós como amantes da liberdade doarmos às pesquisas que fomentem o livre-mercado e minimizem a intervenção estatal. E é por isso que estudantes de Harvard são um exemplo clássico disso, e aliás, até diminuíram as doações após posicionamentos pró Hamas de alguns estudantes da instituição, mostrando que o boicote desestimula atos de barbaridade.

Além dessa demonstração de que nem tudo é sobre dinheiro, às vezes também é sobre visão política. Porém, no caso de uma grande parcela dos doadores, como no caso já falado em outros vídeos do canal, eles querem principalmente o bem alheio.

Justamente por isso, o youtuber americano MR Beast, é um nome que sempre aparece com muita frequência, ao ponto que criou um canal chamado Beast Philanthropy, que é o seu canal de filantropia. E até colocamos o link do caso na descrição que iremos abordar a seguir, junto com outra beneficência dele.

Além de já ter trazido caminhões de comida, furando poços de água, ajudando milhares de crianças, animais e hospitais, ele chegou ao ponto de trazer energia para uma vila inteira. Tudo isso com fundos privados que angariou com suas campanhas. Este canal de filantropia cresceu ao ponto de chegar a quase 20 milhões de inscritos. Já falamos sobre esse jovem aqui no canal, no vídeo intitulado “MR BEAST fez mais pelas PESSOAS que o GOVERNO LOCAL”.

Apesar disso, a rejeição do X — antigo Twitter — a essas doações é o sintoma do real motivo, inveja. É como se para eles um pobre não pudesse ser ajudado, ou um rico não pudesse ser uma boa pessoa. É irônico que as mesmas pessoas que acreditam em relativizar condenados como vítimas da sociedade, nem piscam antes de reclamar de quem ajuda o próximo.

Em tempos difíceis, como os de hoje, a cultura da filantropia e da caridade cresce como reflexo da empatia humana. Por isso que, em 2020, mais de 65% dos brasileiros afirmaram ter feito doações. Já em 2022, esse número cresceu para 84%, segundo o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o IDIS.

E os atos de solidariedade não são apenas passivos, já que também podem ser ativos. Um caso que a maioria das pessoas no Brasil conhece é o caso do sertão nordestino, como a Caatinga. Justamente antevendo as crises constantes da seca, as campanhas de SOS do Araripe buscam alimentos para quem não consegue garantir ter o pão de cada dia.

E então a questão ressurge: qual a função do libertarianismo nisso? É simples: os indivíduos, sem a deletéria intervenção estatal, se movem em prol de uma causa e resolvem problemas, furando poços, plantam comida ou compram produtos para doar. É um trabalho de formigas lutando para sobreviver nas escaldantes mãos do Estado, que diariamente tira boa parte de nossas riquezas.

Mas para quem não é simpatizante do libertarianismo, deve ser confuso o porquê o Estado finge resolver esses problemas. Entretanto, a resposta é menos complexa do que se imagina: eles querem os votos do cabresto eleitoral, o curralzinho que não abrem mão. Isso é verdade, pois políticos não abrem mãos dos votos e de seu poder de influência econômica sobre as populações. Logo, vivem de populismo, entregando a água sem deixar que furem cisternas, como é típico do Partido dos Trabalhadores.

Certo, isso tudo foi explorado para podermos chegar na questão do vídeo: como a filantropia beneficia quem é filantropo? Além da questão espiritual para quem acredita, a visão social é muito querida para as empresas, dependendo da ocasião, uma doação pode limpar todo um histórico negativo de uma empresa. Ou, uma ação de caridade, pode fazer uma empresa desconhecida entrar no mapa.

É nisso que os marqueteiros brilham, eles fazem o dinheiro privado se multiplicarem, e com isso, auxiliam os mais necessitados. É um sistema de ganhar-ganhar! Então, sim, é sustentável crescer ajudando quem puder e isso faz parte da cultura brasileira.

Um jeito menos comum, mas que acontece em lugares de escoamento, são as obras estruturais que não são propriamente filantrópicas. No entanto, auxiliam as comunidades que vivem nas cidades capilares. Um exemplo disso são as ferrovias de transporte, em que muitas empresas criam no interior dos estados, trazendo prosperidade e resolvendo problemas de locomoção. Se pensarmos dessa perspectiva, possui um caráter filantrópico e financeiro.

Mas tudo isso se torna sub-observado se comparado às deduções que uma doação pode fazer no imposto de renda. Em vários países, as margens de manobra são maiores, mas lembre-se, estamos falando do Brasil, e nada é tão fácil quanto parece. O presidente de nove dedos, no entanto, não está interessado que as pessoas saibam disso.

Entretanto, estamos aqui para espalhar o conhecimento, graças à rede descentralizada que é a internet. Segundo a Lei 14.564 de 2023, de 1% a 6% (a depender de regras mais específicas) do seu valor do imposto de renda pode ser diretamente doado para programas de cultura, sociais e outros meios. O ideal é o acompanhamento de um tributarista, já que a insegurança jurídica brasileira é um fato mundialmente conhecido. Mas, existem meios mais sofisticados para quem realmente entende como fazer.

Um caso ilustre é o norte-americano, em que cerca de 60% do valor bruto tributável pode participar de dedução, variando de acordo com o estado e o distrito em que se vive. Então, se você quiser matar o Estado por inanição, doar aos pobres, é uma ótima alternativa para não deixar seu dinheiro parar nas mãos de políticos. Enfim, esses nobres atos de ajudar pessoas que não conhecemos alimentam alma, e o melhor, não alimentam funcionalismo público.

Referências:

https://www.idis.org.br/o-que-e-filantropia/

https://jornal.usp.br/ciencias/nos-paises-desenvolvidos-o-dinheiro-que-financia-a-ciencia-e-publico/

https://www.poder360.com.br/internacional/harvard-perde-apoio-de-bilionarios-apos-carta-pro-palestina/

https://www.youtube.com/watch?v=DBw0I7dd40k&t

https://fundosocialelas.org/252915-2/252915

https://caatinga.org.br/2022/03/25/campanha-sos-sertao-do-araripe-arrecada-doacoes-para-distribuicao-de-alimentos-em-parceria-com-o-caatinga/

https://www.camara.leg.br/noticias/958784-PROMULGADA-LEI-QUE-REABRE-DEDUCAO-DO-IR-PARA-DOACOES-A-PROGRAMAS-DE-SAUDE

Visão Libertária - Petrópolis: a cidade destruída pelo Estado
https://youtu.be/qS3yV1T1HqI

Visão Libertária - Qual o aviso de Ayn Rand contra a igualdade?
https://youtu.be/3uuPLwsJKh4

Visão Libertária - MR BEAST fez mais pelas PESSOAS que o GOVERNO LOCAL:
https://youtu.be/DBw0I7dd40k