O conflito em Israel tem levantado uma série de questões, dentre elas os impactos econômicos que podem decorrer de uma possível escalada das tensões. Nesse cenário, será que o Brasil estaria preparado para enfrentar uma crise econômica?
O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas já se arrasta há algumas semanas, e o número de mortos, tanto no território palestino, quanto no israelense, já ultrapassa 7 mil. As cenas do conflito seguem nos mostrando o quão cruel a guerra pode ser; e o pior de tudo é que, ao que tudo indica, o Hamas continua firme em seu intuíto de destruir Israel por meio do terrorismo. Não há indícios de que esse conflito, portanto, terá um desfecho rápido, com um número reduzido de vítimas.
Se a questão humanitária tem ocupado o primeiro lugar nos noticiários - o que é até compreensível, - as possíveis repercussões econômicas do conflito começam a chamar a atenção dos especialistas. Na verdade, já pode-se dizer que essas repercussões começam a ser sentidas, em escala global. Por conta de todas as incertezas decorrentes do conflito, especialmente dada sua localização geográfica, o preço do petróleo tem oscilado bastante nas últimas semanas. E, como bem sabemos, um impacto no custo dos combustíveis influencia toda a cadeia produtiva.
Na sequência da Guerra do Yom Kippur, que envolveu diversos países árabes do Oriente Médio, em aliança contra Israel, houve a chamada crise do petróleo. Exatos 50 anos atrás, o preço dessa commodity subiu de forma assustadora. Em apenas três meses, o barril de petróleo saltou de menos de US$ 3 para quase US$ 12. Você pode imaginar bem como isso se mostrou uma grande catástrofe econômica mundial, não é mesmo? Tudo bem que o resto do mundo aprendeu, em partes, a lição de não depender tanto assim do petróleo do Golfo Pérsico. Porém, ainda assim, todos torcem para que a coisa não volte a escalar desse jeito.
Infelizmente, o crescimento das tensões na região, especialmente por conta da atuação do Irã e seu apoio aos grupos terroristas anti-Israel, indica que o caldo pode realmente entornar. Inclusive, o governo dos Estados Unidos tem aumentado a presença militar do país no Oriente Médio, em decorrência do atual conflito. Caso qualquer atrito maior com o Irã se desenvolva, isso poderá ter consequências sérias para a economia global. Afinal de contas, 30% do petróleo mundial passa pelo Estreito de Ormuz, que é controlado, em partes, pelos iranianos.
O governo de Israel já afirma que essa guerra vai ser longa - provavelmente durando vários meses. Especialistas da área econômica veem isso como um problema, porque qualquer conflito prolongado no Oriente Médio representa um risco envolvido, por conta do fornecimento de petróleo. Por isso, muitos já esperam que o barril do petróleo mantenha seus preços na casa dos US$ 90 ou US$ 100 durante algum tempo. Isso, por consequência, vai manter as taxas de inflação altas em todo o mundo, uma vez que os combustíveis têm um efeito cascata na cadeia produtiva.
O pior é que a coisa não para por aí: outros insumos, que também dependem do petróleo, tendem a sofrer aumentos em seus custos e, por óbvio, em seus preços. Estamos falando de coisas tão variadas quanto adubos, fertilizantes, querosene para aviões, a indústria de plásticos como um todo, dentre outros. Por conta dessa série de fatores, e de seu relativo envolvimento no conflito em Israel, e também na Ucrânia, é que muitos imaginam que os Estados Unidos vão manter sua taxa básica de juros num patamar alto por um bom tempo. E aí, você já imagina o tamanho do estrago, na economia mundial…
O Brasil, porém, tende a levar um ferro ainda maior nessa história. Afinal de contas, com a dupla Lula e Fernando Haddad à frente da economia, não dá para esperar nada menos do que uma hecatombe fiscal. A inflação está subindo de forma consistente - por pelo menos 3 meses seguidos. De forma geral, o preço dos combustíveis já está castigando os brasileiros - e isso porque os possíveis efeitos da guerra em Israel ainda nem começaram a ser sentidos por aqui.
Nós devemos esse cenário, é claro, a uma série de lambanças feitas pelo nosso governo. Você sabe como a coisa funciona: é só o PT voltar ao poder, para a Petrobras ser imediatamente arruinada por políticas de intervenção pesada na estatal. Em breve, veremos a petroleira ser sucateada, a exemplo do que acontece na vizinha Venezuela, e também na falida Bolívia. A consequência disso é que, caso o petróleo suba ainda mais de preço, por conta da guerra, todos os brasileiros estarão no sal. Nossa situação vai ser duplamente pior.
Só que, para o brasileiro médio, a desgraça nunca é pouca. As expectativas do mercado para a economia brasileira em 2024 já não eram animadoras, com muitos considerando esse como um ano muito desafiador. Agora, com mais uma guerra ocupando o noticiário geopolítico, a tendência é que o problema seja ainda maior. Ao que tudo indica, temos, no Brasil, uma tempestade perfeita se armando. Com a chegada do El Niño e sua seca característica, o agronegócio brasileiro deve ser bastante prejudicado. E, como você bem sabe, é o agro quem sustenta o Brasil.
Por outro lado, nós temos, por aqui, algo muito pior que um fenômeno climático. Temos a dupla Debi & Lóide da economia, fazendo toda sorte de atrocidades. Ninguém leva a sério a promessa feita por Fernando Haddad, de que o governo vai entregar um déficit zero no próximo ano. Isso é, no mínimo, uma piada de mau gosto. E com o novo arcabouço fiscal em vigor, podemos esperar todo tipo de desarranjo econômico, descontrole fiscal e gastança sem limites. Em outras palavras: é bem provável que tenhamos uma escalada da inflação nos próximos meses.
Veja, portanto, que o Brasil está qualquer coisa, menos preparado para lidar com os efeitos econômicos deletérios dessa guerra. Se o conflito tem o potencial para ser ruim para o mundo inteiro, para o Brasil ele pode representar um verdadeiro colapso econômico.
A verdade, porém, é que todas as guerras prejudicam a economia, de forma geral - embora os conflitos possam sim favorecer os políticos e alguns grupos econômicos bem posicionados. Já falamos sobre esse tema em detalhes no canal AncapSU Classic, no vídeo: “Por que os Estados se envolvem em conflitos?” - link na descrição. Mas, de forma geral, a maior parte das pessoas terminam sendo prejudicadas por conta dos conflitos armados.
É curioso lembrar, nesses momentos, da loucura econômica dos keynesianos, que afirmam que as guerras têm o potencial de fomentar a economia. É aquela velha história da vidraça quebrada, que você já deve ter ouvido falar. Esqueça essas baboseiras dos economistas mainstream: as guerras são sempre um desastre para o povo, para todos os inocentes que terminam por pagar o preço dos conflitos com sua vida e com sua propriedade. Nessa história, o povo não tem nada a ganhar - apenas a perder, e muito.
Ainda é cedo para bater o martelo sobre as consequências econômicas negativas do conflito em Israel. Por mais que a previsão seja de que a situação bélica perdure ainda por alguns meses, o fato é que tudo pode mudar. Fatores como a resiliência do Hamas, pressões estrangeiras sobre Israel e mesmo a intervenção de países árabes, podem fazer o jogo virar a qualquer momento. A depender de quais elementos interfiram no conflito - se é que alguém vai realmente interferir, - os resultados econômicos podem ser melhores, ou piores.
O que nós podemos afirmar, com relativa certeza, porém, é que os brasileiros estão realmente num mato sem cachorro. Sem guerra em Israel, o Brasil já enfrentaria uma recessão "técnica" ainda em 2023. Com o conflito, então, é bem provável que o buraco seja ainda mais fundo. Você sabe como a coisa funciona, em se tratando de um governo socialista. Tendo Lula no comando do Brasil, e Haddad à frente da pasta da Fazenda, qualquer problema econômico internacional tende a ter seus reflexos potencializados nas terras tupiniquins.
Por isso, vale sempre a pena lembrar daquela dica de ouro: proteja sua vida e seu patrimônio com o auxílio de estratégias agoristas. Não confie tudo o que você tem ao dinheiro estatal, nem mantenha todos os seus bens sob essa perigosa jurisdição. Na sensata tentativa de proteger o que você tem de mais importante, o bitcoin, por exemplo, é seu grande aliado. Em tempos de guerra, e de governos socialistas, essa verdade é ainda mais importante. Adotar táticas agoristas não é apenas recomendável: é necessário. Isso é, basicamente, uma questão de sobrevivência.
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