Como se não bastasse a escassez de comida, remédios e gasolina, agora, em Cuba, falta até mesmo dinheiro.
Recentemente, circulou pelas redes sociais um vídeo em que uma mulher cubana, que havia deixado a ilha-prisão para morar em Miami, visita um supermercado americano pela primeira vez. O deslumbre da pobre cubana com a quantidade de produtos disponíveis era evidente. O supermercado, em si, não tinha nada de mais - apenas coisas simples para um americano, e para mim e para você também. Só que aquilo parecia, sem dúvidas, um luxo inimaginável, para quem passou uma vida inteira de miséria em Cuba.
A verdade é que, na ilha dos Castro, falta absolutamente tudo. A escassez de liberdade, por óbvio, é o elemento mais visível; mas a economia do dia-a-dia já vem sendo seriamente impactada pelo comunismo há muito tempo. Em Cuba, faltam remédios, produtos básicos de supermercado, energia elétrica e até mesmo combustíveis. Inclusive, nós já falamos sobre esse último ponto aqui no canal, no vídeo: “CUBA passa por GRAVE ESCASSEZ de COMBUSTÍVEIS, e precisa recorrer à RÚSSIA” - link na descrição.
Porém, em se tratando do comunismo, tudo pode sempre piorar. E, lá em Cuba, a coisa realmente piorou. Agora, o que tem faltado mesmo por lá é dinheiro - e sim, estamos falando de falta de dinheiro físico, escassez de cédulas de pesos cubanos. Parece bizarro, mas é a verdade. Isso levanta, logo de cara, uma pergunta crucial: por que diabos faltaria papelzinho colorido circulando na economia, uma vez que ele, tecnicamente, não custa praticamente nada para ser produzido? A título de comparação: a nota de 100 reais custa apenas 7 centavos para ser impressa.
Pois é: acontece que, onde falta de tudo, uma hora também vai faltar tinta, papel e energia elétrica. Já no final de abril, o problema da escassez de dinheiro era perceptível. Na capital Havana, as pessoas formavam longas filas para tentar sacar pesos cubanos nos caixas eletrônicos - tudo isso em vão. Alguns ainda conseguiram sacar alguma coisa, depois de rodar vários quilômetros, de caixa em caixa. Outros tantos tiveram que voltar para casa de mãos vazias.
Vários fatores ajudam a explicar esse fenômeno. O primeiro deles é a escassez de papel-moeda mesmo - especialmente no que se refere às cédulas de valor de face mais alto, como a de mil pesos, que vale cerca de R$ 15 reais. Aliás, esse é um fenômeno bem recorrente, em governos socialistas. Pense, por exemplo, que, entre 2020 e 2024, o Brasil imprimiu mais de 2 bilhões de cédulas para a Argentina. É que o governo argentino estava tão destruído, e a inflação era tão alta, que a Casa da Moeda de lá simplesmente não dava conta da demanda.
Mas a confusão econômica em Cuba vai muito além desse fator. A falta de dinheiro também possui, como causa, a profunda crise econômica que castiga todos os setores e toda a população da ilha-prisão. Em tese, existe dinheiro físico suficiente em circulação na economia de Cuba - o problema é que esse dinheiro não está depositado nos bancos. A confiança no setor bancário cubano desabou por completo, de forma que ninguém acredita que, amanhã ou depois, os bancos do país vão liberar o dinheiro para quem tentar sacá-lo.
Por isso, grande parte dos comerciantes, ao receber dinheiro dos clientes, prefere guardá-lo do que depositá-lo nos bancos. É o fenômeno do entesouramento, que sempre acontece em casos de debilidade econômica – e que, acredite ou não, pode se aplicar também a papelzinho colorido quase sem valor. Veja estes dados: em 2018, metade de todo o dinheiro físico disponível em Cuba estava guardado nos bancos. Em 2022, data dos últimos dados disponíveis, 70% desse dinheiro já estava nas mãos dos indivíduos. Agora, em 2024, esse percentual deve ser ainda maior.
Além disso, os empresários precisam, com frequência, trocar pesos cubanos por dólares, para continuar repondo seu estoque - quase sempre comprado com moeda forte. É claro que essa troca de moedas acontece no mercado informal, no qual as taxas de câmbio são absurdamente variáveis, por conta de toda a instabilidade econômica da ilha-prisão.
Apenas para fins de comparação: enquanto o governo mantém 2 câmbios oficiais - 24 pesos por dólar, para indústrias e para agências do governo, e 120 pesos por dólar para indivíduos, - um cubano chega a pagar 350 pesos por 1 dólar, no mercado paralelo. Portanto, é preciso guardar muito dinheiro cubano, para ter algo para trocar, quando for necessário - sabe-se lá a qual taxa de câmbio.
É claro que o governo comunista de Cuba já sabia desse problema há muito tempo - não se trata de nenhuma novidade. Tanto que, em 2023, os comunistas decidiram criar um programa estatal para promover uma “sociedade sem dinheiro” - com o uso de cartões de crédito para compras cotidianas, evitando assim o uso de dinheiro físico. Só que os empresários cubanos não compraram essa ideia. Muitos se recusaram a receber por suas vendas por meio desse mecanismo. Afinal de contas, numa economia como a cubana, é melhor guardar papelzinho colorido no cofre do que ter numerozinhos num computador.
Porém, e como se isso não fosse flagelo o bastante para o povo cubano, há ainda o problema da inflação - que corrói o que restou de riqueza para essa gente miserável. De acordo com dados oficiais, a inflação, em 2023, foi de “apenas” 31%. Sim, essa é uma taxa de inflação muito alta; mas, ainda assim, ela é bem melhor do que aquilo que tem sido observado na Venezuela e na Argentina, certo?
Bem, na verdade, a coisa não é bem assim. Os dados oficiais do governo comunista cubano não merecem qualquer credibilidade. Eles são mais do que falsificados; são fabricados do zero, mesmo. Na realidade, no dia-a-dia, os moradores da ilha-prisão precisam conviver com uma inflação que gira na casa dos 3 dígitos. Pense que, em 2019, uma cartela de ovos custava 300 pesos. Hoje, essa mesma cartela custa mais de 3 mil pesos. Pois é.
“Ah, mas é claro que isso é culpa do embargo norte-americano” - brada o esquerdista alienado. Pura balela! Nós já falamos desse tema à exaustão, aqui no canal, inclusive no vídeo: “As verdades não contadas sobre o embargo cubano” - link na descrição. Aliás, é realmente incrível perceber como todo problema que surge em um país socialista é sempre colocado na conta dos Estados Unidos. Não é isso, Sra. Venezuela?
A verdade, todos nós já a conhecemos bem: a culpa do desastre econômico cubano é do comunismo em si. Décadas de loucura econômica inevitavelmente cobram seu preço, mais cedo ou mais tarde, ainda mais num país que não oferece qualquer segurança jurídica aos investidores. Durante muito tempo, a insanidade do governo cubano foi bancada pela União Soviética. Quando, porém, o bloco comunista evaporou no ar, a realidade bateu à porta. De lá para cá, a miséria se tornou a regra na ilha da família Castro.
O pior de tudo, porém, é que nem dá para ter uma real dimensão da tragédia cubana. Conforme já dissemos, os dados ditos oficiais são paridos pelo governo comunista e, portanto, não possuem qualquer credibilidade. O verdadeiro termômetro a respeito da economia de Cuba é, de fato, olharmos para a capital Havana, parada no tempo, congelada nos anos 1950, com carros e casas caindo aos pedaços. Ou então, olharmos para as pessoas que continuam se aventurando em um mar infestado de tubarões, para fugir dessa ilha-prisão.
Num país onde falta absolutamente tudo, não chega a surpreender vermos faltar até mesmo dinheiro físico - e isso por um conjunto de vários fatores. Aliás, se tem alguma coisa que é abundante no socialismo, é mesmo a escassez. É como diz um conhecido ditado: o único produto do socialismo são as filas. Em Cuba, há filas nos supermercados, nos postos de gasolina e, agora, nos caixas eletrônicos. E você sabe o que é pior nisso tudo? Não adianta ficar horas e horas numa fila: os itens procurados simplesmente não estarão mais lá.
Por isso, parece que contemplamos, de forma melancólica, o crepúsculo do comunismo cubano. Tal como na obra A Revolta de Atlas, quando as luzes se apagarem, no horizonte, todos saberão que o colapso finalmente aconteceu - é hora de voltar. O governo comunista cubano, é claro, aposta suas fichas no apoio do governo brasileiro, capitaneado pelo cúmplice do regime ditatorial de Cuba, o próprio Lula.
Contudo, o Molusco, no seu atual mandato, não consegue nem resolver os seus próprios problemas - que dirá resolver a vida dos seus amigos ditadores! Por isso, é bem provável que o Lula fique mesmo apenas na torcida, enquanto o barco cubano naufraga por completo. Para as lideranças comunistas, isso é mais do que merecido: o inferno que eles receberão como pagamento por seus crimes ainda é pouco, face a todo o mal que eles impuseram ao povo cubano. O pior dessa história, porém, é que, até que o colapso econômico expulse o comunismo da ilha, o povo miserável ainda vai sofrer bastante.
https://x.com/Metropoles/status/1798412829852078088
https://www.poder360.com.br/economia/brasil-produz-24-bilhoes-de-cedulas-para-a-argentina-em-4-anos/
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/voce-sabe-quanto-custa-imprimir-uma-cedula-de-real/
CUBA passa por GRAVE ESCASSEZ de COMBUSTÍVEIS, e precisa recorrer à RÚSSIA:
https://www.youtube.com/watch?v=qpaMJmaZ9oE
As verdades não contadas sobre o embargo cubano (parte 1):
https://www.youtube.com/watch?v=jwfqtd6iDY8