New York Times diz “Liberdade é escravidão”. 1984 vem aí!

New York Times avisa: o grande irmão está de olho! Será que estamos preparados para sermos vigiados?

Os acontecimentos recentes em Israel, mostram que a qualquer momento podemos ser surpreendidos. Nunca se pode duvidar do que pessoas ruins no poder podem fazer, e isso nos sinaliza que devemos nos preparar buscando algum meio de segurança, mas que esteja fora do controle estatal.

É baseado nisso que o New York Times nos alerta com a seguinte manchete - “A vigilância governamental nos mantém seguros”, onde diz que o avanço governamental, sobre câmeras e meios de vigilância, garante a segurança do povo. O incentivo do governo está dado, ele buscará garantir sua segurança supostamente te protegendo, talvez você não precisará mais de armas, ou melhor, talvez eles saberão onde o ladrão está antes do ladrão agir. A vigilância do estado é seu fiel escudo. Bem, é o que diz o New York Times. Da mesma maneira, devem enxergar a vigilância como forma de prevenir outros problemas, como o trânsito ou prevenir que você não andará em lugares inadequados, vai que você se perde, não é?

Claro, grande baboseira, não acha? Onde se viu o governo, que formado por políticos corruptos e autoritários, buscar sua segurança? Bulhufas! O desespero e a catástrofe do dia 7 de outubro em Israel é realmente preocupante. O que não é apontado, é que a catástrofe é motivada pelos interesses de estados e terroristas. Quem paga o pato nesses conflitos é sempre o cidadão comum, aquele que foi roubado via impostos. Pois imagina, o estado que te vigia, para garantir sua segurança, é o mesmo que causa guerras e te coloca na linha de frente. Usam a causa nobre, que é você defender seu povo de agressores, mas pelos motivos errados, que é a vitória de governos corruptos e que na prática não conseguem proteger sua família.

Veja que pela própria notícia, é dito: “Felizmente, o Congresso, num raro ato bipartidário, votou no início do sábado para reautorizar um importante poder de inteligência que fornece informações críticas sobre estados hostis e ameaças que vão do terrorismo ao tráfico de fentanil.”

Dão a notícia como “felizmente”, como se fosse um grande avanço. Eles querem adaptar o avanço tecnológico, associando uma hipotética falta de avanço das leis no mesmo sentido, de vigilância.


Alguns deputados conseguem enxergar a situação e dizem que há um problema sério e extremamente delicado envolvendo isso. A deputada Zoe Lofgren diz: “Durante muito tempo, as agências federais de inteligência e de aplicação da lei tiveram acesso quase irrestrito aos dados pessoais dos americanos”. Ou seja, eles estão indo além do que o cidadão espera das autoridades, e querem mais maneiras de invadir a privacidade.

Isso me lembra muito o livro 1984 do George Orwell, no qual o personagem Winston Smith vive num mundo distópico, em que nem ele mesmo sabe como chegou a tal situação de autoritarismo. Ele vive um dia após o outro, e começa a notar que sua vida está sendo monitorada o tempo todo pelas chamadas tele-telas. E como dizem, a arte imita a vida, o que nos faz pensar e nos preocupar, com a possibilidade ínfima disso, que não está tão distante. Será mesmo que estamos atentos a isso? Imagine que, aos poucos, a vigilância vai aumentando e, quando menos se espera, já está registrado todas as suas transações, todos seus passos estão sendo registrados por GPS. Isso é meio assustador, eu sei. O grande irmão está de olho, aquele que finge ser seu grande amigo, mas o grande irmão quer te vigiar a troco de quê? A segurança do indivíduo não está garantida a partir de câmeras ou rastreios, é o poder do estado que está.

Ludwig Von Mises comenta sobre a obra de Orwell: “Uma revolução semântica converte o sentido tradicionalmente dado a determinadas palavras em seu exato oposto. George Orwell engenhosamente descreveu essa tendência em seu livro 1984.”

Ao defender a vigilância em nome da segurança, o que estão defendendo é o controle; é a falta de segurança a partir da própria vigilância estatal.

Não há desculpa de vigilância estrangeira, o mesmo que defendia essa ideia, tinha um bigode peculiar e não deixou de perseguir um povo pela raça, eliminando milhões de inocentes em nome de uma ideologia pseudocientífica. Ao escolher quem vigiar, com essa grosseira ideia de defender o povo, cria-se o julgamento de critério do político, para escolher os vilões da história.


Como na ficção 1984, na qual os poderosos se sustentam pela criação de ministérios, como o Ministério da Verdade ou o Ministério do Amor - os ministérios que implementaram o controle sobre as pessoas. O Ministério da Verdade era responsável por dizer o que é a verdade, e o fazia por meio da reescrita da história e dos eventos. A verdade legítima não importa, o que se torna verdade é o que o ministério diz - é tudo sobre a narrativa que convém ao regime, a grande inimiga se torna a realidade. A partir do momento que as pessoas tivessem contato com a verdade sobre os eventos, o regime perderia forças e apoio - e os tiranos na cúpula do poder sabiam perfeitamente disso.

É típico de governos socialistas desejarem o monopólio sobre o que você pensa. Eles não querem que você crie família a seu gosto e com seus princípios e se torne autossuficiente, por isso que, além de defenderem o sistema de ensino público e compulsório, são contra o empreendedorismo. Essa é a grande ameaça ao regime totalitário: pessoas independentes, que se educam e prosperam juntas.

Por isso, na obra 1984, um dos slogans do governo é “Liberdade é Escravidão”, pois você fica submetido ao que os ministérios decidem por você, a sua liberdade é decidida pelos vigilantes estatais.

Isso corrobora com a ideia de que tentam distorcer a natureza humana. Eles culpam a natureza do homem, como a ideia de você nascer como é, isso faz de você culpado por existir, um absurdo, eu sei. Mas ao querer te proteger, eles esquecem que você deve ter o direito de se proteger primeiro, se quiser ser livre.

O jornal New York Times ainda diz que uma das motivações da vigilância é a abertura de informações que empresas gigantes como Meta e Google já conseguem, violando a liberdade. O jornal levanta questões sobre se as regras se aplicam ao local onde os alvos de ataques estão ou onde os seus dados são recolhidos.

As empresas já fornecem dados ao governo americano. Isso se aplica a outros países facilmente, como o Brasil. Então, na cabeça deles, é justificada a intensificação de algo que já existe. Ué, já conseguimos vigiar o fulano, por que não controlar mais a vida dele?

Um absurdo! Com esse aumento da tecnologia, ao invés de atender ao livre mercado, o genuíno interesse das pessoas, em que cada um poderia escolher o que usar e como usar, eles querem apenas promover o autoritarismo. O governo atrapalha a escolha de cada pessoa por sua própria segurança e intensifica o controle estatal. Realmente, o caminho da liberdade é fora das garras estatais; é se proteger com novas tecnologias disruptivas e descentralizadas desse crescente e ameaçador poder político em nossas vidas.

A resposta para solucionar qualquer ataque terrorista é o incentivo que os proprietários privados têm de proteger seus bens. Além disso, a cooperação baseada na divisão do trabalho e competição de mercado promovem a paz entre os povos, sendo a melhor forma de unir interesses para criar laços. São os negócios capitalistas no âmbito internacional que promovem colaborações pacíficas entre as nações em vez de novas guerras.

Para uma sociedade sem um governante central, sem um político, o ataque não faria o menor sentido. Atacar quem? Todos? Sem um objetivo claro, os criminosos e invasores perderiam tempo e recursos em vão, ou poderiam nem ter um plano concreto. Além do quê, uma sociedade próspera e fortemente armada saberia se defender com certa facilidade, desincentivando o invasor a cometer o ato. Não por menos, os países que normalmente são prósperos, que defendem mais o livre mercado, são os que têm menos conflitos e o povo está mais seguro, como a pequena e segura Suíça.

Nos Estados Unidos, o mecanismo para recolher dados, é a seção 702 da chamada "FISA Amendment Act", de 2008, que teve sua vigência ampliada pelo Senado até 2017, por uma ampla maioria de votos. Permitindo, por base “legal”, a contemplação das intimidades alheias dentro dos Estados Unidos. Isso lembra muito o Brasil e o seu aumento constante de leis abusivas.


O que é encontrado através da Seção 702 é enviado da Agência de Segurança Nacional para o FBI. Nisso, é investigado ameaças à segurança nacional em território americano. A mesma seção que foi denunciada pelo Snowden, lembra? Ele revelou aos jornais "The Guardian" e "The Washington Post" o modo operacional do programa. Com isso, esse funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança expôs a facilidade ao acesso às comunicações eletrônicas por sites de Internet, entre eles Google, Facebook e os que pertencem à Microsoft. Como foi dito, eles já conseguem acessar as suas informações mais íntimas, o que mais eles querem?

O FBI já violou feio a base de dados, quebrando repetidamente as regras, especialmente aquelas da seção 702. Os agentes fizeram perguntas nas investigações com intenções ideológicas, sobre políticos e protestos. Não só isso, houve também as escutas telefônicas do Carter Page, aquele ex-conselheiro do time do Trump, cheia de violações das regras da FISA. Só que as escutas do Page foram sob ordens tradicionais da própria FISA, não pela Seção 702, o que entrega a ilegitimidade do mecanismo.

Por fim, a intensificação na vigilância só deixa evidente a intenção dos políticos, aproveitando os avanços tecnológicos e o papel que as redes sociais e sites da internet tem em nossas vidas. O estado, por natureza, vai tentar expandir esse controle, exatamente como aconteceu em 1984.

De acordo com o próprio Edward Snowden, o que eles querem é controlar sua vida e seus Bitcoins, querem pôr uma tele tela na sua casa e levar seus preciosos satoshis.

Por isso, ao ouvir o mantra “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força.” Fuja, há um ditador por trás.


Referências:

https://rothbardbrasil.com/liberdade-e-escravidao/

https://www.nytimes.com/2024/04/21/opinion/fisa-section-702-fbi-privacy.html

https://www.wyden.senate.gov/news/press-releases/wyden-lee-davidson-and-lofgren-introduce-bipartisan-legislation-to-reauthorize-and-reform-key-surveillance-law-secure-protections-for-americans-rights


https://exame.com/mundo/quase-desconhecida-secao-702-permite-espionagem-online/