Recentemente o congresso brasileiro aprovou a reforma tributária que visa centralizar o poder fiscal no antro chamado Brasília. Várias aberrações estavam inclusas no pacote da reforma que passaram despercebidas pela sociedade civil, tais como: imposto do pecado — que visa aplicar uma tributação mais pesada em produtos que o governo considere nocivo —, imposto verde — que tem como base a agenda globalista 2030 para punir qualquer produto que não seja amigável ao ambiente —, e um IVA que pode chegar a 27%, se tornando o mais caro do mundo. Não contentes em trucidar o povo brasileiro com esses tributos, o governo federal vem em uma sanha crescente em aumentar os impostos o máximo possível, acabando com as poucas coisas boas que ainda existem no país. Com a apresentação do pacote de corte de gastos, que de corte não há nada, o Brasil fica próximo de se tornar um inferno fiscal. Uma das propostas mais canalhas é a tributação de dividendos a partir de 50 mil reais por mês. Com a desculpa de “taxar o rico para dar ao pobre” , o governo acabará com a não tributação de dividendos.

Além disso, propostas de taxação de lucros não realizados e imposto progressivo sobre ganhos sondam os noticiários, ganhando força em Brasília. Como tudo que é ruim ainda pode piorar, no dia 29 de novembro o Banco Central abriu uma consulta pública na qual uma das sugestões dos burocratas visa proibir a auto custódia das stablecoins como o USDT, DePix, EURx e outras. Essa medida não só dificulta a evasão fiscal como também dá poder de controle ao estado. Mas por que isso importa tanto? Hoje o USDT é uma das formas de pagamento utilizadas na 25 de março para os comerciantes não terem que lidar com a mão pesada do estado sob seu trabalho. Como o próprio nome sugere, as stablecoins tem paridade de 1 para 1 com moedas fiduciárias, então, a transação entre elas se torna mais fácil e dificulta a identificação estatal de quem e quanto está circulando.

A presença do dólar Tether não se restringe somente a 25 de março em São Paulo. Já é possível encontrar diversos comércios Brasil afora que aceitam pagamento com esses tokens. Com essa prática se espalhando o governo perde alguns milhões em arrecadação, vendo-se sangrar por ver o cidadão comum aprendendo novos métodos para evitar a tributação descontrolada. Muitos desses tokens são a porta de entrada para várias pessoas que nunca ouviram falar sobre o mundo das criptomoedas. Por causa delas, leigos chegam no bitcoin e conseguem entender o valor da moedinha laranja de Satoshi Nakamoto. Com a proibição da auto custódia de algumas moedas, quanto tempo levará até o estado proibir a custódia de bitcoins e criptos em geral? Se isso não for suficiente, o governo iniciará no final de 2025 a implementação da sua CBDC, moeda digital do seu Banco Central, para finalmente chegar ao controle fiscal absoluto. O DREX facilitará o bloqueio de contas, pagamentos de multas direto da fonte, restrição geográfica de gastos, para utilizar o saldo em determinada área, imposição de que forma poderá gastar seu dinheiro e outras loucuras burocráticas.

Para piorar a implementação do DREX pressupõe o fim do dinheiro físico, uma das poucas formas de privacidade e liberdade monetária para o cidadão comum. Com a digitalização total do sistema financeiro brasileiro o governo será detentor de um poder descomunal para obliterar qualquer tipo de opositor. É claro, tudo isso será feito em nome da democracia. Afinal, esse é só o último prego no caixão para tornar todo brasileiro em um escravo governamental. O Brasil, na contramão de tudo que dá certo no mundo, está entrando no rumo dos países conhecidos como “infernos fiscais” para investidores e trabalhadores. Além da alta carga tributária, as proibições sobre o seu próprio dinheiro tendem a afastar qualquer tipo de inovação e empreendimento para o avanço de qualquer setor da economia. Assim como muitos países da África e da Europa, nossa nação já presenciou uma perda significativa de contribuintes aumentando a pobreza e a arrecadação do estado, uma situação insustentável.

E não muito distante do Brasil, vemos o exemplo contrário acontecer, e como é benéfico, não apenas para o cidadão, mas para o governo. Na Argentina, atualmente com seu presidente libertário, o país vem afrouxando as regras fiscais e captando investimento estrangeiro pela sua vontade de simplificar as regras tributárias. Além disso, Milei é um dos presidentes mais pró bitcoin da atualidade. O atual presidente da Argentina já disse que não vê nenhum problema em utilizar o bitcoin para pagamentos em todo território argentino, além de ter reduzido a imposição de utilizar o peso no país, além de aumentar o incentivo da dolarização nos nossos hermanos. Não obstante, Milei declarou diversas vezes ser a favor da competição de moedas para o povo decidir qual seria a melhor para ser adotada como forma de pagamento, tirando a restrição de uso da moeda. O resultado disso? A bolsa argentina foi uma das que mais se valorizou durante todo o ano de 2024, atraindo diversos empresários com a esperança de criarem um novo país baseado no livre mercado. Dessa forma, em vários lugares do mundo vemos surgir novos paraísos fiscais. Diferente do que entendemos como paraíso fiscal, que seria um local para fugir e alocar seu dinheiro, esses novos locais de liberdade são totalmente amigáveis ao dinheiro e ao empreendedorismo, criando vantagens para viver e empreender por lá.

Observamos também o retorno dos Estados Unidos para o eixo de um país realmente amigável para quem trabalha e gera riqueza. Trump falou sobre a importância dos indivíduos possuírem seus bitcoins e seu plano de criar uma reserva estratégica com essa moeda. Também é possível ver o futuro presidente falando em cortar gastos e a criação do DOGE, departamento de eficiência governamental, que será comandado por Elon Musk com a intenção de acabar com todos os setores ineficientes do governo. Para os brasileiros, resta apenas torcer pelo fim desse desgoverno, e para o próximo ser voltado à liberdade financeira, pois só assim poderemos sair deste buraco que o PT e seus amigos nos colocaram. Com os exemplos mundo afora o Brasil pode se tornar um desses novos paraísos fiscais e prosperar. Entretanto, sempre recomendamos a todos que votem com seus pés, e saiam desse manicômio a céu aberto, caso possam.

A frase “O Brasil voltou” dita pela esquerda após a vitória de Lula faz realmente sentido. O país voltou para velhas teorias e práticas que já demonstraram ser ineficientes em qualquer lugar do mundo. Com isso, voltamos a ser o eterno país do futuro por sempre viver no passado. As projeções para os próximos anos não são nada animadoras. Analistas da XP já projetam o dólar chegando em 7 reais em um período de um ano e meio. Os leilões de títulos do governo despencaram e a busca por saída fiscal aumenta a cada dia que passa. De fato eles vão fazer o Brasil ficar anos atrás de seus vizinhos e das potências mundiais. Mas, atualmente, com a possibilidade de uma continuação deste governo, só resta os desavisados que não tiraram o “Brasil do seu dinheiro” e os mais pobres para sustentar essa pesada e ineficiente máquina burocrática. Com isso, podemos dizer com clareza que de fato Paulo Guedes estava certo quando falou “Isso aqui em 6 meses irá virar a Argentina e em 4 anos uma Venezuela”.

Referências:

https://br.cointelegraph.com/news/brazilian-central-bank-may-ban-p2p-from-operating-with-usdt-usdc-and-other-stablecoins
https://portaldobitcoin.uol.com.br/nao-deixem-que-os-estados-controlem-as-criptomoedas-diz-javier-milei/
https://x.com/leiatheinvestor/status/1865011662803140608
https://x.com/otaviolot/status/1852755569943138524
https://portaldobitcoin.uol.com.br/nao-deixem-que-os-estados-controlem-as-criptomoedas-diz-javier-milei/
https://www.infomoney.com.br/mercados/cripto-explica-como-o-usdt-virou-moeda-da-25-de-marco/
https://br.cointelegraph.com/news/brazilian-federal-police-are-investigating-usdt-users