"Trovão Magnitsko": o contra-ataque libertário

No longo prazo a arma mais poderosa sempre foram as ideias. Trovão Magnitsko é a bomba que veio cair sobre a dita-toga e mostra a força que os princípios de liberdade já dispõe no Brasil.

O que fazer quando acabam as esperanças? O que fazer quando tudo à sua volta parece perdido? Em um cenário de devastação institucional como o entendemos agora, a alternativa tentadora parece ser mesmo a luz que vem do portão de embarque do aeroporto. Ou naquela situação de defesa mental que nos faz negar a própria realidade e fechar-se em si mesmo.

E veja, não estamos fazendo nenhum tipo de condenação às pessoas que saíram ou desejam sair do país ou a essas outras que simplesmente fecharam-se em si mesmas. Elas, tanto quanto nós, são vítimas de um sistema que há muito tempo faliu e que agora luta, tão desesperada quanto inutilmente, para sobreviver.

Mas é quando tudo parece realmente perdido que surgem os heróis. São essas pessoas que nutrem uma esperança inabalável e um desejo de luta invencível.

Sim meus caros, Trovão Magnitsko é uma música da banda Garra Libertária: uma união potente entre estética, rock metal, cultura pop e uma corajosa mensagem política. O vídeo já conta com mais de 160 mil visualizações em portugues. Também fizeram uma versão em inglês e inclusive uma segunda música que trata das sombras no poder. Depois veja lá esse exímio trabalho, o link segue na descrição.

Em tempos tão sombrios para a liberdade de expressão no Brasil, onde se tenta impor uma narrativa unificadora a qualquer custo, iniciativas como essa são mais do que bem-vindas: são necessárias. São um respiro.

Adolescentes e jovens normalmente se mantêm distantes do embate de ideias e por isso são presas fáceis para retóricas baratas e simplificadoras. Eles vivem imersos no fluxo veloz das redes sociais, um universo de conteúdos efêmeros que raramente os convida a refletir sobre os perigos do autoritarismo ou sobre como decisões tomadas nos gabinetes distantes de Brasília podem destruir seus próprios futuros. É por isso que nossa missão é mostrar para todos e em todos os lugares do mundo, como a destruição da lei natural não é uma abstração teórica, mas uma força capaz de silenciar vozes, esmagar sonhos e acorrentar sociedades inteiras pela tirania do medo.

E aqui é onde a lógica se funde com a arte! A arte é, e sempre foi, uma grande trincheira contra a tirania. A música e a mensagem do Garra Libertária são provas vivas disso. O simples fato de ter sido criado com ferramentas de Inteligência Artificial já é um ato de rebeldia, uma forma de usar a vanguarda tecnológica para contornar os portões da velha mídia e suas cartilhas. Inspirado em clássicos que marcaram gerações, o clipe abre com uma imagem familiar e opressora: uma construção que remete à sede do STF, o lugar que deveria ser o guardião da Lei, mas que hoje simboliza a própria censura e o fim da própria constituição que juraram defender.

Não que acreditemos muito nesse negócio de Constituição e Estado Democrático de Direito. Desde Platão já se sabe que a democracia é um sistema cheio de problemas e que fatalmente descamba para tirania. Pois é, descanse em paz Platão, aconteceu de novo! O problema é que as instituições do estado moderno nunca funcionaram como Montesquieu as imaginou. E agora perplexos, vemos ruir com nossos próprios olhos o deus que falhou, como bem nos explica Hans Hermann Hoppe.

Mas voltando à nossa obra-prima. Então, surge o vilão. De costas, arrogante, ele profere a infame frase: “E agora o grosso vai entrar”. É a personificação de um poder que se julga acima do povo. Ao seu redor, os rostos de Xi Jinping, Maduro e Ortega não deixam dúvida sobre a aliança que se forma nas sombras – uma rede de autocratas que se aplaudem mutuamente enquanto esmagam as pessoas em seus países. A mensagem é cortante e direta.

A trilha sonora, um heavy metal cantado em português, é o coração pulsante da obra. É mais que música: é um grito de guerra, um lembrete de que o rock, em sua essência, nasceu para ser a voz da inconformidade. As cenas de caos se sucedem, pintando um retrato sombrio do nosso tempo: a primeira-dama gargalha embriagada com uma taça de vinho caríssimo, enquanto a cidade arde ao fundo; o vilão se afoga em montanhas de dinheiro; e guerreiros, com armaduras que parecem saídas de Cavaleiros do Zodíaco, surgem como um chamado à luta que dialoga diretamente com o imaginário jovem.

Em meio à narrativa, a figura de um mestre espiritual emerge, uma clara homenagem ao filósofo Olavo de Carvalho. Para muitos, ele foi uma voz que ousou desafiar a hegemonia do pensamento de esquerda, um farol em meio à escuridão. No clipe, ele é o guia que aponta o caminho da verdade, uma simbologia poderosa que nos lembra que ideias não podem ser presas ou mortas. Podem atacar o homem, ridicularizá-lo, censurá-lo, mas suas palavras continuam a ecoar, inspirando aqueles que se recusam a viver de joelhos.

A metáfora mais dolorosa talvez seja a cena em que uma figura de capa preta – a personificação de um poder sem rosto – arrasta uma idosa, que segura a bandeira do Brasil, para uma masmorra. É o cidadão comum, pacífico e trabalhador, sendo aprisionado, nossa identidade e esperança sendo confiscadas. Ao lado, um cavaleiro dourado, símbolo de lideranças populares caladas pela perseguição judicial, aguarda em outra cela.

Quando a esperança parece perdida, o Cavaleiro Trump surge em uma armadura dourada, como um trovão que rasga o céu. A batalha é simbólica: a força da liberdade contra o braço do autoritarismo. Ele derrota o agente da censura e liberta o cavaleiro dourado, Bolsonaro. Juntos, eles se levantam para devolver a dignidade ao povo. A vitória culmina com a fuga desesperada dos ditadores, que são finalmente consumidos pela luz verde e dourada da nossa bandeira.

O clipe tem apenas quatro minutos, a duração perfeita para a geração do imediatismo. Mas cada segundo é denso de significado. Jovens e adolescentes se divertem e alguns reconhecem as referências. Mas ninguém sai o mesmo depois de ter assistido esse clipe. A provocação é forte demais. Jovens e adolescentes antes ignorantes do quadro político geral, agora querem saber quem são aquelas figuras, por que estão ali? A arte cumpriu seu papel: não apenas entreteve, mas instigou, tirou da zona de conforto, provocou uma mudança, educou.

No fim das contas, o que está em jogo vai muito além de um clipe, de memes ou de posicionamentos políticos. O que está em jogo é o pilar de qualquer sociedade que se pretenda livre: o direito de expressar uma ideia sem medo da prisão. Uma sociedade minimamente saudável não é feita de consensos, mas do direito ao dissenso. Ela floresce quando todas as vozes podem ser ouvidas, e não apenas as que agradam ao poder.

Por outro lado, muitas vezes o totalitarismo não chega de uma vez; ele se infiltra sorrateiramente, sempre em nome de um suposto “bem comum” ou a favor de um "bem maior". Ai começa com um inquérito que não termina mais, prende políticos, prende jornalistas, prende manifestantes, prende pipoqueiros, prende dona de casa e velhinhas com bíblia. Ai censura a um clipe, avança para um artigo, depois para um livro e, quando nos damos conta, até o humor se tornou crime. Abraços ao Leo Lins.

Por isso obras como o Trovão Magnitsko são tão vitais. Elas provocam, incomodam, desafiam. Elas nos forçam a pensar. E essa é a função mais nobre da arte. Nesse momento, resistir ao avanço do autoritarismo não é uma escolha, é um dever. A liberdade não é um bem perpétuo; é uma chama frágil que precisa ser protegida todos os dias. Se nos calarmos, se normalizarmos a censura, entregaremos às futuras gerações um país de sombras e silêncio.

Enquanto nos for permitido, seguiremos usando cada ferramenta ao nosso alcance – seja um texto, uma música, ou um clipe de quatro minutos feito por IA – para lembrar que a liberdade não se negocia. E se uma pequena obra de arte digital consegue despertar reflexões tão profundas, é sinal de que ainda há esperança. É a prova de que, apesar de tudo, a chama continua acesa. Que cada um de nós se mantenha um guardião dessa chama.

E para conhecer nossa visão sobre Olavo de Carvalho, veja agora o vídeo: "Será que OLAVO ainda tem RAZÃO?". Ou então se você gosta de temas musicais, veja o vídeo: "Dos ACORDES do METALLICA à Bandeira de MILEI: Um Encontro de RESISTÊNCIA". Os links seguem na descrição.

Referências:

Será que OLAVO ainda tem RAZÃO?
https://www.youtube.com/watch?v=XhVRLy3vqpA

Dos ACORDES do METALLICA à Bandeira de MILEI: Um Encontro de RESISTÊNCIA
https://www.youtube.com/watch?v=1kqQ1KhCpH0

Trovão Magnitsko - Garra Libertária
https://www.youtube.com/watch?v=r9u4kx5dCjE