Pablo Marçal FOGE de pergunta sobre MORAES e Cancela entrevista

Depois do showzinho nos debates, fazendo o Boulos de palhaço e o chamando de cheirador de pó, alguns da direita e até alguns libertários estão se perguntando se ele é uma boa opção (Haha). Eu digo: não se enganem...

Se você clicou nesse vídeo, é bem provável que já saiba todo o cenário envolvendo as eleições deste ano para a prefeitura de São Paulo, no qual estão envolvidos o Ricardo Nunes, atual prefeito e o barbudo mais jovem, Guilherme Boulos, do partido PSOL. Os dois estavam no topo das pesquisas e eram os maiores nomes para ir ao segundo turno. Porém, um terceiro nome ficou tecnicamente empatado nas pesquisas anteriores junto com Tabata Amaral, do PSB.

Estamos falando do Coach Pablo Marçal, que antes era visto como uma piada na internet por suas palestras com histórias estapafúrdias e mirabolantes como a história sobre ele detectar problemas de helicóptero telepaticamente. Hoje ele é visto como uma opção por muitos eleitores pela sua retórica forte contra a esquerda e por ser a favor de uma economia mais focada no setor privado. Enquanto isso, Ricardo Nunes, mesmo com o apoio de Bolsonaro, ainda se mantém menos agressivo contra adversários, focando mais em se defender dos ataques.

Em uma pesquisa recente bastante suspeita do Datafolha, o atual prefeito estava com 19% das intenções de voto, enquanto Marçal tinha 21%. Ao mesmo tempo, a pesquisa também mostrava Boulos com 23%, indo na contramão de outras pesquisas anteriores que mostravam o esquerdista atrás de Nunes. Enquanto isso, a pesquisa da Atlas, que foi feita após os debates, mostrou Marçal com 16,3%, consolidando-se no terceiro lugar das pesquisas.

Diversas cenas icônicas surgiram das falas de Marçal durante os debates e rapidamente se espalharam pelas redes sociais. Um exemplo foi a inusitada cena em que ele "exorcizava" Boulos com uma carteira de trabalho, enquanto Boulos tentava, em vão, tomar a carteira de sua mão, resultando em uma cena mais parecida com uma brincadeira infantil do que com um debate político sério. Mais polêmica ainda foi a acusação de Marçal de que Boulos e outro candidato seriam "cheiradores de pó branco".

A repercussão foi tão grande que Ricardo Nunes, sentindo-se pressionado, apressou-se em realizar um exame toxicológico para comprovar que jamais havia usado cocaína.
Entre as propostas mais destacadas que Marçal apresentou, está o incentivo à iniciativa privada na cidade de São Paulo, juntamente com a promoção do empreendedorismo nas comunidades e favelas como forma de enriquecer a população comum. São propostas que, em contraste com as promessas habituais de "asfaltar estradas, construir mais hospitais, melhorar as escolas, etc.", realmente trazem uma perspectiva diferente e, à primeira vista, parecem ser ideias promissoras.

Mas, embora ele tenha dado um show contra Boulos e proposto um foco no setor privado, ele pode não ser tão bom assim quanto parece. Temos um vídeo aqui no canal contando a história dele desde a adolescência até sua carreira como Coach, cujo link estará abaixo na descrição para quem quiser ver. No entanto, na questão principal, ele já foi acusado de fazer parte de uma quadrilha bancária quando mais jovem, além de ter sido irresponsável ao liderar uma trilha em grupo sem nenhum preparo, na qual um de seus funcionários idosos morreu de ataque cardíaco após uma "corrida obrigatória de exercício da empresa".

Embora esses sejam detalhes menores da vida anterior dele, também podemos olhar pelo seu lado ideológico, já que ele foi chamado por muitos de "o candidato mais libertário para prefeito de São Paulo", um título extremamente exagerado, considerando que ele próprio se declarou contra o Bitcoin, dizendo que "99% de quem mexe com Bitcoin é bandido".

Não é só por um político exaltar ou priorizar a iniciativa privada e o empreendedorismo que ele se torna algo perto de um libertário, já que até alguns social-democratas propõem o empreendedorismo nas escolas na forma de "empreendedorismo social sem lucros", algo que, como ex-aluno dessas matérias, posso dizer que é uma plena encheção de linguiça e não traz nada útil para ser ensinado.

Marçal sempre mantém sua postura séria, com terno e atitude comprometida, mas basta alguém com mais poder do que ele aparecer para ele se abrir de quatro ou sair correndo de medo. O jornalista Paulo Figueiredo, que atualmente está nos Estados Unidos devido à perseguição do "Alexander Luthor de Moraes", ia fazer uma entrevista com Pablo Marçal. No entanto, sua assessoria alertou para que o jornalista não perguntasse nada relacionado a Alexandre de Moraes. Quando o jornalista recusou o pedido, o próprio Marçal cancelou a entrevista em cima da hora, e o caso foi exposto por Figueiredo no X.

Isso aconteceu logo após Marçal acusar Datena, Boulos e Nunes de arregarem no debate contra ele por medo de suas críticas durante futuros debates. Marçal disse no Twitter que "é muito fácil para Paulo Figueiredo falar de coragem morando nos EUA", enquanto ele, como candidato, estaria supostamente "lutando pelo Brasil real daqui". Eu respondo com o contrário: o difícil é mostrar coragem estando aqui no Brasil e sem usar Bitcoin, já que o próprio Marçal demonstrou não ter tal coragem com esse ato e prefere não criticar e correr o risco de ficar na mira do Xandão.

Você poderia até argumentar que ele está preferindo não correr o risco de também ser perseguido pelo "Todo-poderoso Sinistro do STF", já que ele tentou concorrer diversas vezes nas eleições passadas e quase se tornou deputado federal na última, mas teve sua candidatura cassada. Estando sem o apoio de Bolsonaro e praticamente sozinho, seria uma má estratégia sair batendo para todos os lados. No entanto, eu respondo que isso mostra que ele só paga de "machão" quando não é o botão dele que está em perigo.

Ele sempre deixa claro e fala abertamente que quer se tornar presidente um dia e que o sistema impede sua candidatura por medo de que isso se concretize. Da mesma forma que o "Jão das carça apertada", conhecido também como João Dória, se mostrou como alguém mais técnico e inclinado para a direita, exibindo sempre em seus olhos o desejo de se tornar presidente do Brasil. Quem garante que Marçal só não está dizendo o que ele sabe que o pessoal da direita quer ouvir de um político para conseguir mais poder?

Na opinião pessoal do autor deste artigo, a melhor opção para nós, paulistas, seria a candidata Maria Helena, do NOVO, que é apoiada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Ao contrário de Marçal, ela se posicionou abertamente contra Alexandre de Moraes e também foi impedida de participar do debate na Band por motivos toscos.

Em quesitos técnicos, ela é a pessoa que teria melhores chances de fazer um bom governo na prefeitura. Porém, sabemos que não é isso que faz alguém ganhar no jogo da democracia. Até mesmo Marçal disse que "se vocês não gostam de mim, então votem na Maria". Mas o candidato mais popular contra Boulos continua sendo Ricardo Nunes, que, embora não seja fortemente de direita, ainda mantém o apoio de Bolsonaro, talvez por medo de apoiar um candidato mais alinhado e acabar sem a maioria dos votos, talvez até atrapalhando a corrida eleitoral.

Para o futuro, temos que formar mais candidatos libertários e continuar incentivando a parte mais economicamente liberal da direita, para que o Estado atrapalhe menos a vida das pessoas e elas possam prosperar sem depender de boas ações de algum burocrata qualquer. Tomara que São Paulo tenha um futuro bem longe de políticos como o nosso molusco e o cheirador de farinha.

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=ftVnqkby4yg&t=1s&pp=ygUgdmlzw6NvIGxpYmVydMOhcmlhIHBhYmxvIG1hcsOnYWw%3D