Governo Biden, mesmo em seu fim, segue deturpando o Livre Mercado americano!

Empresas especializadas estão identificando e fazendo os consumidores pagarem mais?

As empresas de tecnologia atuais, relacionadas a todo tipo de troca voluntária na internet, têm oferecido a outras empresas a opção de preços "personalizados" online, com base na disposição de pagamento do cliente.

Esse tipo de serviço se chama "Surveillance Pricing" e consiste, na teoria, em uma estratégia de precificação que coleta informações sobre os consumidores em nível individual para saber suas preferências, com o objetivo de aumentar a vontade de compra e o lucro dos vendedores.

Foi dito no jornal MarketWatch que o governo de Joe Biden está usando da ação estatal para reprimir isso. Agora, imagine você lá, sem muito tempo para pesquisar suas compras e os algoritmos conseguindo definir o quanto você pode pagar. Preocupante? Talvez!

Mas não é desconhecido o fato de que existem lugares mais caros que outros. O custo de vida é sempre variável, dependendo do lugar onde você está. Basta observar os países com maior liberdade comercial; países mais livres economicamente normalmente são mais caros. Países como Hong Kong, Singapura e até o Uruguai, aqui do lado, são países com alto custo de vida.

Brasileiros costumam ter dificuldades ao tentar entrar em um desses países, pois o dinheiro acaba rápido; as despesas são altas em comparação ao nosso poder de compra, já que são padrões de vida mais altos se tratando de um indivíduo que está acostumado a morar no Brasil. Mas será que é caro ou a moeda daqui vale menos? Essa é uma ótima pergunta!

Ao analisar a qualidade de vida desses países de forma empírica e objetiva, é possível afirmar que ela é mais elevada mesmo; os salários são maiores, por exemplo. Mesmo vivendo no Brasil, quando se ganha em dólar com os padrões salariais de lá, acaba-se tendo uma qualidade de vida maior. Muito por causa disso, as profissões crescentes no momento são relacionadas às vendas de produtos e serviços para o exterior, além da criação de conteúdo para plataformas estrangeiras.

Muito repercutiu, por exemplo, a ida do Monark aos EUA, que fez reclamações sobre cada coisa que teve que pagar ao tentar se acomodar no país norte-americano. Ele estava acostumado a receber em dólar, pagar em real e, muitas vezes, nem pagar, já que era famoso por aqui.

A notícia do MarketWatch diz que o governo Biden não gosta do fato de as empresas escolherem quanto cobrar para cada cliente individualmente; porém, mesmo que preços altos sejam ruins, não é culpa do mercado isoladamente. Tanto que um fenômeno muito comum é a chamada inflação real, que é quando o cidadão vai ao mercado e, mesmo com o aumento do salário mínimo, ainda parece que as coisas estão mais caras. Não adianta ganhar mais se a desvalorização da moeda é mais rápida.

Esse fenômeno, causado pela impressão de dinheiro, só isenta os políticos e pune quem quer comprar. Se Biden impedir a livre troca de produtos, qual será a alternativa?

É dito na notícia: “A tecnologia que rastreia o histórico de pesquisas e compras das pessoas, sua localização e até mesmo o dispositivo que elas usam pode personalizar não apenas os anúncios que elas veem, mas também os preços oferecidos quando fazem compras online”.

Sim, é preocupante! Seus dados merecem atenção, mas não é de hoje que as mídias sociais coletam os dados dos clientes. Já houve conflito entre Trump e o TikTok por isso. Se você utiliza redes sociais como o Facebook, elas coletam seus dados livremente. Isso se tornou preocupante especificamente pelo aumento do preço ou pelos dados expostos?

Punir empresas que buscam oportunidades comerciais não parece viável. De maneira alguma deve ser o melhor caminho. Aquele que busca uma oportunidade com seu trabalho é mais culpado que o político que desvalorizou a moeda?

O tempo é decisivo para qualquer negócio. Tanto que ao escolher coisas pequenas, que você não se dispõe a gastar seu tempo, você paga mais. Uma caneta de 2 reais, ao invés de 1 real, você nem nota a diferença, não terá tempo para isso.

As empresas já conseguem usar seus dados para identificar aquilo que você precisa, não é de hoje. Quantas vezes, ao pesquisar um celular, ele começa a aparecer no seu navegador com propagandas atraentes. É um mercado que cresce muito e, cada vez mais, percebemos a intensificação de propagandas especializadas.

O problema que surge é de onde tiram os dados, isso sim é preocupante! Porém, é algo natural. Ao instalar um aplicativo de celular ou acessar uma rede social do seu computador, você está aceitando os termos da empresa. É de sua livre decisão fornecer seus dados.

Ao contrário do imposto de renda, que permite ao estado saber cada transação sua, não há muita escolha; o estado não permite você ter privacidade sobre seu dinheiro.

Como dito, em 23 de julho, a Federal Trade Commission iniciou uma investigação dessa manobra de "preço de vigilância". Votaram unanimemente para ordenar que oito empresas financeiras, de tecnologia e consultoria, revelem quais serviços de preços oferecem, quais dados coletam, quem está usando e qual efeito isso está tendo nos preços.

A expansão da tecnologia teve muitos benefícios, mesmo com o estado tentando controlar e dificultar o empreendimento digital ao todo. Talvez uma questão que é preocupante sim, é que empresas como o Google têm grande vantagem justamente pelo favorecimento do estado.

A instituição que mais atrapalha empresas novas de entrar na concorrência é o estado. Vira uma parceria entre gigantes da tecnologia e o estado, e por isso a preocupação com esse tema é justa. Tanto que a punição para essas empresas provavelmente vai ser direcionada. Já vemos governos investindo em tecnologias consideradas pelos especialistas como benéficas para o meio ambiente. Será que o estado não irá favorecer setores como esses?

O carro elétrico, por exemplo, ainda não superou e nem parece ter incentivos naturais para superar os carros de combustíveis fósseis, pelo menos não até o atual momento. Se os governos, que já fazem um tremendo esforço, quiserem forçar a população a não comprar os carros convencionais, como já tentam taxar, eles podem usar ferramentas novas para aprimorar essa tentativa desproporcional que já fazem.

O humor de políticos sempre deve ser um método de avaliar se algo é bom ou ruim. Se um político está insatisfeito por algo, deve ser algo bom. Sempre desconfie de político contente; ele sobrevive de uma ferramenta parasita. O governo é, por definição, um mecanismo de poder.

O aumento de preço por meio de tecnologia não parece bom mesmo; ninguém quer pagar mais caro. Agora, o preocupante é uma tecnologia com poder centralizado, como é o PIX, por exemplo. Nesses casos sim, essa é a hora dos indivíduos se preocuparem mesmo.

Em uma sociedade justa e saudável, nenhum governo — seja o de Biden ou de qualquer outro líder — tem o direito de interferir nas trocas voluntárias entre indivíduos. A interferência estatal distorce o mercado, favorecendo uns em detrimento de outros, e mina a liberdade de escolha que deveria ser garantida a todos. Cada pessoa deve ser livre para negociar, comprar e vender conforme suas próprias condições, sem ser forçada a seguir regras impostas por políticos que, mesmo querendo ajudar, acabam atrapalhando.

Quando grandes empresas agem de maneira injusta ou desonesta, o remédio mais eficaz não é a intervenção governamental, mas sim o boicote e a livre concorrência. O poder do consumidor, quando direcionado corretamente, é capaz de punir empresas antiéticas e imorais. Ao escolher onde gastar seu dinheiro, o indivíduo exerce um controle direto sobre o mercado, algo que regulamentações e políticas estatais jamais poderiam alcançar sem causar novas distorções.

Se a liberdade de buscar o cliente que atende ao preço ofertado se mantém, existem meios de você usar outra loja, evitar as propagandas. Não se deve obrigar os comerciantes a usarem ferramentas que não existam violência alguma; o estado não deve inutilizar nenhuma dessas tecnologias. Os políticos vão deturpar qualquer coisa que entrega o valor real, o valor da moeda que eles desvalorizam e impedem a prosperidade daqueles que trabalham.

Somente a Escola Austríaca e a filosofia libertária são capazes de promover um mercado genuinamente livre, onde as distorções estatais são eliminadas e a liberdade individual é garantida. Esses preceitos defendem que o mercado deve ser guiado por escolhas voluntárias e não por mandatos governamentais. Em um ambiente assim, a inovação é incentivada, os piores são naturalmente expurgados com ostracismo e a prosperidade se torna uma possibilidade real para todos, sem as amarras que os regulamentos estatais impõem.

Essa é a única forma de oferecer as soluções verdadeiramente sustentáveis para um mercado sem interferências violentas, onde a liberdade individual e as trocas voluntárias são o alicerce de uma sociedade justa e próspera. Sem essas bases, qualquer tentativa de regular ou controlar a economia resultará em mais problemas, favorecendo aqueles que estão no controle da manipulação em vez de respeitar a vontade dos indivíduos. A liberdade de mercado é, portanto, não apenas uma questão econômica, mas também ética e moral: é o direito de cada um ser dono das próprias escolhas.

Referências:

https://www.marketwatch.com/story/what-is-surveillance-pricing-and-why-is-the-biden-administration-cracking-down-on-it-f55c5845?mod=mw_rss_topstories

Link adicional

https://phys.org/news/2024-07-surveillance-pricing-consumers-pay.html#google_vignette