Tem algo de muito errado com os dados do EMPREGO no BRASIL

Mais uma vez, os dados divulgados pelo governo Lula não parecem estar de acordo com a realidade que vemos ao nosso redor.

Petistas e seus aliados têm comemorado, de forma efusiva, os dados do desemprego no Brasil - que dão conta de que a taxa de desocupados, no país, é a menor em uma década. O Brasil fechou o ano passado com uma taxa de desemprego de 7,8% - menor valor desde 2014, e que representa uma queda de 17,6%, na comparação com o ano de 2022. É claro que isso virou motivo de propaganda para o governo Lula - que anda muito carente de bons dados econômicos para apresentar. Mas, afinal de contas, isso é uma coisa boa, certo? Um número menor de desempregados é sempre positivo para um país, não é mesmo?

Bem, a verdade é que dados costumam ser enganosos. No caso de dados fornecidos por um governo de esquerda, então, a tendência é que a coisa seja ainda pior. Em primeiro lugar, precisamos nos lembrar de que esse tipo de dado oficial, aqui no Brasil, é fornecido pelo IBGE - que é comandado, atualmente, pelo Sr. Marcio Pochmann. Nome próximo do PT e - o pior de tudo - economista formado pela Unicamp, Pochmann já teve uma passagem por outro instituto torturador de dados nos governos anteriores do Lula: o IPEA.

Naquela época, sua atuação foi muito questionada, por conta do viés político dado às pesquisas realizadas pelo órgão. Mais recentemente, Pochmann afirmou que o IBGE vai reformular a metodologia de avaliação do PIB - vai vendo. Porém, justiça precisa ser feita: nem todas as distorções nos atuais dados do desemprego no Brasil podem ser diretamente atribuídas ao atual presidente do IBGE. Acontece que esse órgão se utiliza de uma metodologia bastante estranha para chegar a esses resultados, e isso não é de hoje.

Vejamos: em 2018, o vampirão Michel Temer, então presidente do Brasil, afirmou que o aumento no desemprego em terras tupiniquins representava, naquela época, uma melhoria na economia. É óbvio que todo mundo caiu matando em cima do Temer, afirmando que aquilo era uma loucura que, simplesmente, não fazia o menor sentido. Porém, a verdade é que o vampirão poderia até mesmo estar certo em sua constatação, uma vez que a metodologia usada para medir o desemprego no Brasil é uma bizarrice só.

Afinal de contas, como é que o IBGE chega ao número e ao percentual de desempregados? Bem, existe uma série de macetes que permitem a esse órgão considerar pessoas que não estão trabalhando como mão de obra empregada; porém, o pulo do gato está, realmente, na definição de “desalentados”. Esse grupo representa todos aqueles indivíduos que, sem conseguir uma colocação no mercado de trabalho, simplesmente desistiram de procurar emprego. Na prática, eles realmente são desempregados. Porém, para fins de estatísticas, eles não são considerados como tal. É genial, não é mesmo?

Ou seja: o que o Michel Temer tentou explicar é que, como a economia brasileira estava começando a melhorar, após a crise do governo Dilma Rousseff, mais pessoas passaram a ter esperanças de conseguir encontrar um emprego. Ou seja, esses indivíduos voltaram a espalhar currículos e a bater na porta das empresas, deixando, portanto, de ser desalentados, para se tornarem desempregados. Eu sei, a coisa é realmente bizarra; mas perceba, levando em consideração essa metodologia esquisita, que Michel Temer provavelmente estava certo em sua constatação.

Ok, mas o que dizem os números do desemprego no Brasil, atualmente? Nós sabemos que o ano de 2023 foi bastante atípico, principalmente em seu primeiro semestre - quando o carrego estatístico do governo anterior coloriu os números apresentados pelo governo Lula. Então, para deixar a coisa mais honesta, vamos utilizar os dados do desemprego do quarto trimestre de 2023 - ou seja, outubro, novembro e dezembro do ano passado. De forma geral, nesse período, o desemprego no Brasil foi reduzido em 0,3 pontos percentuais. Não é grande coisa, mas é um resultado ok.

Porém, se analisarmos esse mesmo período, só que no nível dos estados, veremos que a coisa não é tão positiva assim. Na verdade, apenas 2 estados brasileiros apresentaram queda no número de desempregados - Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Todos os demais estados tiveram estabilidade, ou então aumento na taxa de desocupação. Ou seja: a notícia da queda constante do desemprego, em nível nacional, tem sido utilizada para disfarçar a terrível realidade do desemprego nos estados brasileiros.

Vamos, agora, analisar os dois estados que conseguiram diminuir suas taxas, nesse período. O Rio de Janeiro teve uma redução de 10,9% para 10,0% na taxa de desocupação. Tudo bem, estamos falando de um estado com uma grande população e com uma economia forte em que, tipicamente, o turismo aumenta ainda mais durante o verão. A sazonalidade pode explicar esse fenômeno: empresas contrataram mais funcionários no fim do ano, já antevendo o movimento do Natal, do Ano Novo e do subsequente verão. Até aí, os números parecem fazer sentido. Mas, e quanto ao Rio Grande do Norte?

Bem, no estado da Fátima Bezerra, a redução na taxa de desemprego foi realmente drástica - saindo de 10,1%, no trimestre anterior, para 8,3%, no fim ano. Mas, afinal de contas, o que explica essa redução considerável, em tão pouco tempo? Na verdade, não há explicação real para isso - talvez, o mais provável mesmo é que a economia desse estado tenha ficado ainda pior do que já era. Acontece é que essa redução toda na taxa de desemprego no Rio Grande do Norte se deve, quase que exclusivamente, ao aumento no número de desalentados. E essa não é uma conclusão minha: o próprio IBGE afirma isso! Ou seja: o número de desempregados nesse estado nordestino diminuiu porque o povo desistiu de procurar emprego!

Olhando para esse cenário, portanto, não é difícil concluir que, talvez, o quarto trimestre, em nível nacional, tenha tido um resultado ruim - se desconsiderarmos a bizarra metodologia usada pelo IBGE, e olharmos a realidade. Mas, se isso é verdade para esses últimos meses, será que isso também não se aplica ao restante do ano? Será que é possível confiar na integridade dos dados apresentados, no que se refere ao desemprego? Quanto da atual taxa, a menor em uma década, não se deve a esse tipo de manipulação estatística?

O pior de tudo é que, muito provavelmente, o número de desalentados no Brasil tem sido aumentado, de forma artificial, pelo excesso de programas assistencialistas estatais - que funcionam como um ímã para essas pessoas. Em 2023, o número de beneficiários do Bolsa Família aumentou em 2 milhões, se comparado com o ano anterior. Já o gasto com esse programa foi quase duas vezes maior, no ano passado, que em 2022 - ano em que o gasto já tinha sido muito alto. Obviamente, o governo brasileiro está comprando dados de desemprego mais satisfatórios, por meio de esmolas assistencialistas.

A verdade é que, independente da ideologia, as estatísticas estatais são mesmo pura mentira institucionalizada. Essa tortura numérica representa, apenas, uma enganação descarada, cujo objetivo é alimentar a propaganda do governo. Inclusive, não são raras as situações em que os números apresentados pelo estado não condizem com a realidade que vemos ao nosso redor. E isso não se restringe ao desemprego! Crescimento da economia, abertura de empresas, taxa de inflação… todos os dados apresentados pelo estado, de forma rotineira, parecem não ter qualquer tipo de verossimilhança. É como se eles tivessem sido concebidos em uma realidade alternativa.

Da parte do PT, podemos esperar, realmente, números cada vez mais fantasiosos. Com a atual direção do IBGE, a tendência é que os pobres-coitados dos dados sejam torturados até que confessem tudo o que o Lula quer ouvir. O que as informações do desemprego no Brasil nos demonstram é que, ao que tudo indica, a atividade econômica está desacelerando, e as pessoas simplesmente desistiram de procurar emprego em troca de migalhas estatais. Mas não é isso o que vai aparecer na propaganda oficial, nem nos memes ridículos do Geraldo Alckmin. E, infelizmente, é nessa mentira estatal que seu amigo que fez o L vai continuar acreditando.

Quanto a nós, porém, devemos sempre ter um alto grau de ceticismo quanto a dados estatais - ou, por precaução, devemos sempre ler a coisa ao contrário. Desemprego caindo, logo, economia piorando. Ter essa atitude fez bem para a alma – e para o cérebro. Números estatais servem apenas para enganar e para iludir; tolo mesmo é quem compra esse barato, como se fosse uma verdade gravada na pedra. Se a realidade aponta para um lado, e as estatísticas do governo apontam para o outro, desconsidere as estatísticas. Faça valer a pena o cérebro que você recebeu de Deus, e nunca se esqueça de que, não importa a propaganda estatal, o rei sempre está nu.

Referências:

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/39022-taxa-de-desocupacao-cai-a-7-8-em-2023-menor-patamar-desde-2014

https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202312/2023-e-o-ano-com-maior-media-de-beneficiarios-de-valor-medio-e-de-investimento-federal-na-historia-do-bolsa-familia