O DESMELHORA do governo do MILEI pela mídia BRASILEIRA

A mídia brasileira não fala mais diretamente das atitudes de Milei. Agora, estão usando terceiros para mostrar que o país está desmelhorando.

No dia dois de junho, a mídia tradicional iniciou uma série de reportagens sobre o atual presidente argentino, Javier Milei. A princípio, nos primeiros minutos, a matéria parecia ser isenta de viés político. Contudo, depois de algum tempo, para o espectador atento, as coisas começam a degringolar. Sempre há uma intenção de convencimento latente, especialmente quando se trata de figuras que não são aliadas do sistema.

A mídia brasileira não desistiu, e nunca desistirá, de desmerecer os resultados alcançados por Milei. No entanto, foquemos no primeiro episódio dessa série de reportagens, que conta com a participação de uma estrela do cinema argentino, o renomado ator Ricardo Darín. Logo no primeiro minuto, a matéria se transforma em uma propaganda do ator, que já mostra que está ali para tecer críticas ao governante. Aparentemente, a mídia percebeu que ataques diretos já não surtem o efeito desejado. Anteriormente, quando a mídia possuía o monopólio da informação, esta tática funcionava perfeitamente. Contudo, nos tempos atuais, este tipo de engajamento torna-se um tiro pela culatra, favorecendo o alvo das detrações. Portanto, o repórter não chama Milei de ultra-direita, neofascista liberal ou qualquer outro termo que a esquerda ama rotular quem não compartilha de seus valores. Assim como em “Game of Thrones”, a princesa Daenerys era anunciada como “Rainha dos Dragões”, “Nascida da Tormenta”, “Quebradora de Correntes”, Milei teve, nesta reportagem, uma bela apresentação: “Anarco-Capitalista”, “O Louco”, “O Homem da Motosserra, cortador de gastos públicos”. Esta última denominação, para nós libertários, soa como música para os ouvidos. Foram diretos e corretos ao chamá-lo de anarco-capitalista. Que continuem a divulgar esse termo na mídia mainstream para que assim cada vez mais pessoas busquem informações na internet e acabem em sites como o “Visão Libertária” e o canal “ANCAPSU”. Quanto mais as pessoas se informam sobre esse assunto, maior é o número de libertários em nosso país.

Seguindo com a reportagem. A isenção da emissora acaba neste momento. Posteriormente, começa o seu conhecido e previsível posicionamento, bem sutil no início. Fizeram questão de não bater de frente, pois como citado, ficou provado para eles que essa é uma vã atitude. Podemos observar que agora a estratégia é ser discreto no processo de convencimento. Por esse motivo, estão utilizando o astro de cinema como uma figura fora da mídia, um não jornalista, para criticar o governo libertário e suas medidas, abordando indiretamente. O próprio ator diz que as medidas eram necessárias, contudo, são muito austeras. Em outro momento, até o repórter admite que a economia está melhorando, dando sinais de recuperação, como a redução da inflação, mas logo em seguida mostra relatos de pessoas que foram às compras e se depararam com aumentos de preços. Claro que não poderiam deixar de falar dos cortes de subsídios realizados, enfatizando apenas o impacto negativo para a população. Nós, libertários, sabemos que esse tipo de subsídio envenena o livre mercado, distorcendo a economia inteira, gerando escassez em certos setores, excesso de demanda em outros, além de beneficiar os amigos do rei. Contudo, a maioria das pessoas se conecta aos entrevistados que, em algum momento, tiveram aumentos significativos na conta de água, luz, gás ou no transporte público, sem um aumento correspondente em sua renda.

O foco é nunca desmerecer diretamente o presidente ou afirmar que ele está errado, mas indicar que suas ações não chegaram à população. Eles entrevistam pessoas fazendo compras e mostram as alterações de preços. Para o brasileiro mais velho, calejado com os anos 1970 e 1980, é um retrospecto da temida hiperinflação. Mostrar um pouco da vida pregressa de Javier Milei na política foi uma forma de diminuir a imagem do presidente. Uma figura excêntrica, como diz um outsider na política. Entretanto, se for competente para ajustar a economia em frangalhos da Argentina, isso pouco importa. Em algum momento, alegaram que Milei desvalorizou o peso argentino propositalmente, o que não é uma verdade. O que fez foi apenas retirar as restrições cambiais absurdas que o governo socialista de Alberto Fernández havia implementado em relação ao dólar americano. A moeda já estava fraca e desvalorizada em função da massiva impressão de moeda pelo governo anterior. O corte de gastos públicos promovido por Milei gerou um superávit para o país. Isso e parar de gerar moeda do nada é o que está causando a queda gradual na inflação. Mas esses detalhes a mídia não quer explicar.

Há uma interpretação errada ao apresentar uma breve história da Argentina. Eles mostraram sua trajetória política e econômica entre vários presidentes. O golpe militar, os planos econômicos mirabolantes como o “Corralito”, que limitou saques nos bancos, algo tão traumático para os argentinos como o congelamento das poupanças na época do Fernando Collor para os brasileiros, até a ascensão do populismo com os peronistas. A reportagem faz parecer que toda a crise argentina se originou da crise da bolsa americana de 1929. Parece que somente a Argentina sofreu com isso. Mas, para qualquer um que der um Google sobre este período, verá que o mundo inteiro foi afetado. A Argentina escolheu o caminho do populismo para tentar recuperar a sua economia, e isso foi a sua ruína.

Quando finalmente dão a palavra a Ricardo Darín, ele faz questão de legitimar o governo, afirmando que foi escolhido pelo povo e que nunca escondeu que tomaria tais medidas. Notem que, novamente, direciona o espectador para o ponto de vista político da emissora, medidas precisavam ser tomadas, mas elas são duras demais. Chegando quase ao final da reportagem, são apresentados dois médicos, um que votou em Javier Milei e outro que votou em Sergio Massa, sucessor do peronista Alberto Fernández. Com histórias parecidas, sendo ambos aposentados, adivinhem quem está arrependido de seu voto? O cidadão que votou no presidente que há anos segue a cartilha do populismo peronista, que vem destruindo o poder de compra da população e implementando medidas socialistas na economia, sendo elas completamente antieconômicas? Claro que não, o arrependido é o eleitor de Javier Milei. Alegam que o atual presidente traiu seu eleitorado, pois na campanha sempre indicou combater a casta política, conhecida por nós como a elite socialista, mas que agora está fazendo acordos com eles. Na época de Bolsonaro, aqui no Brasil, ele era acusado de “estelionato eleitoral”, principalmente pela isentosfera que queria desconstruir sua figura de liderança. Basicamente, é a mesma estratégia utilizada para desgastar a imagem deste político. Posteriormente, na reportagem, apresenta-se um padrão sempre mostrando um dado positivo para Javier Milei, mas com um contraponto de uma pessoa específica. E para essa pessoa, sempre algo está ruim. O povo está sem dinheiro, falta comida, falta atendimento e sobra mês para o salário.

É óbvio que a estratégia é descredibilizar as ações do atual governo argentino sem ataques frontais. A tática é sempre indicar o caminho para o espectador, utilizando algumas pessoas para mostrar que o rumo que o governo está tomando é extremo, e que a população está sofrendo. Mas nunca mencionarão que a população está sofrendo agora por conta disso ser o fruto de anos de populismo peronista. Entretanto, mesmo com todo malabarismo midiático, a visão positiva de Javier Milei continua crescendo na Argentina. Talvez porque a população está vendo que o remédio amargo está fazendo efeito e que, lentamente, a vida do argentino médio começa a melhorar. Problemas como os dos aluguéis estão sendo resolvidos, e a tendência da inflação é de constante queda. O desafio de Milei em aprovar seu pacote de medidas no congresso argentino é enorme, visto que sua base aliada não é tão grande assim. Mas é notório que nessa reportagem há um desejo de descredibilizar qualquer conquista do governo. A falha de Milei é o desejo da esquerda brasileira. Porém, pelo andar da carruagem, mesmo com todas as dificuldades, a única coisa que eles vão fazer, é quebrar a cara!

Referências:

https://globoplay.globo.com/v/12644295/