V de Vingança e a vitória da narrativa infinita

Baseado na obra de Allan Moore, o filme V de Vingança é uma propaganda das narrativas de esquerda, na tentativa de glorificar uma anarquia imaginaria. Vale então uma análise mais critica sobre a obra. Sente que lá vem história!

O filme V de Vingança estreou em 2005, sob direção de James McTeigue e é baseado em uma história em quadrinhos escrita em 1982 por Allan Moore. O objetivo da obra original era fazer uma critica contra o governo de Margareth Thatcher. Era na origem nada mais que uma propaganda política descarada, acusando o governo de Thatcher de ser uma ditadura nacional socialista, ou bigodista. A importância da obra original e do filme é lembrar que Alan Moore se fornicou! Absolutamente nada do que ele tentou acusar o governo Thatcher ocorreu. Onde mais acusam a direita de coisas que nunca se realizam? Porém, devemos lembrar que absolutamente tudo o que Alan Moore descreveu em sua obra, ocorreu em ditaduras socialistas.
Em V de Vingança, o governo britânico é um amalgama de tudo o que somos adestrados a acreditar sobre a direita. Típico caso de decálogo de Lênin. Acuse seus inimigos do que você faz, chame seus inimigos do que você é!
O problema é que o decálogo de Lênin talvez nunca tenha existido enquanto obra escrita, mas nascido de uma critica a tudo o que Lênin fez contra seus inimigos em vida. Na falta de um documento evocando ordens de Lênin, devemos utilizar outro documento histórico irrefutável, que são os livros do demônio Joseph Goebbels!
Ao chamar esses indivíduos malignos de demônios, deixamos claro nosso posicionamento contrário a tudo o que de nefasto eles defenderam e praticaram, assim também nos protegemos por legislação referente ao direito de crença. Se bem que ninguém dessa gente liga ser chamado de demônio... Agora chama de antidemocrático pra você ver! Assim também se conhecem os deuses a quem eles prestam culto!
Mas então, chamar os nacional socialistas de demônios, dificulta que as palavras sejam recortadas, editadas e usadas contra nós. Protegendo todas as pessoas que assistem a este vídeo e deixaram o seu like!
Allan Moore desenhou sua visão de uma ditadura de acordo com o livro "A Arte da Propaganda" escrito pelo demônio Goebbels, segundo o qual todos os males do mundo deveriam ser tratados como seus inimigos. E que se deveria acusar os inimigos de tudo o que de mal se produz na sociedade. Exatamente o que Allan Moore fez.
Allan Moore então descreve uma ditadura conservadora que persegue os homossexuais, comunistas, opositores e todas as pessoas que não seguem a fé cristã. Allan Moore seguiu a narrativa, a fórmula mágica aperfeiçoada pelo demônio Goebbels, para demonizar quem discordava. Isso é o que narrativas podem fazer por você.
Mas calma, vamos mais fundo na toca do coelho.
O nome do partido é Fogo Nórdico, seria formado de ultraconservadores e fanáticos religiosos que controlam toda a mídia e perseguem as minorias. A obra foi escrita entre 1982 e 1984. Sua história se passava nos anos 1990, mas o filme se passaria entre 2025 e 2035. Logo, 2030. De Agenda 2030. Ah deixa quieto, são só coincidências certo?
Allan Moore utilizou absolutamente tudo o que acontecia em regimes socialistas para acusar seus opositores. Exatamente o que se passava nos regimes por detrás da cortina de ferro, os 18 infelizes países que formaram a União Soviética, todos perseguindo e exterminando suas minorias. A única diferença é que no bloco comunista os cristãos também se tornaram uma minoria a ser perseguida.
Neste cenário, temos uma jovem que caminha pelas ruas de Londres e é abordada pelos bandidos do próprio estado. Porém, a menina acaba salva por um terrorista mascarado. E como todo terrorista em histórias socialistas, ele é gentil e charmoso. Seu nome é apenas V. Aparecendo com longa capa, chapéu e mascara de Guy Fawkes. Fawkes inclusive foi um militar que lutou contra desmandos do governo britânico no início dos anos 1600.
É quando nosso iluminado V convida a moça para ver a explosão do Old Bailey, a corte central criminal inglesa! Quem diria que ditaduras teriam a ajuda de cortes de justiça? Eu não sei onde isso pode ter ocorrido. Na América do sul? Talvez num país de língua portuguesa.
Então o atentado terrorista com a explosão do STF inglês é visto por toda a cidade, enquanto o governo fica desesperado para tentar criar suas narrativas. Nunca esquecendo que a narrativa é uma ferramenta do demônio Goebbels, cujos livros “O ano 2000” e “A Arte da Propaganda”, são peças-chave para a formação de todos os cursos de política e jornalismo socialista. É o amalgama entre mídia e estado, é a cooptação da mídia como braço de propaganda do estado. Assim, toda a mídia dará a mesma narrativa sobre o atentado.
O filme então progride da toca do coelho para a caverna de Platão. Que é a TV. Acompanhamos a invasão de V, adentrando a Rede Goebbels de televisão inglesa, que lá chamam de BBC, algo como barbacue and babacas center. Finalmente V se apresenta nas televisões de todo o país. Onde ele aponta para o fato de que a Inglaterra vive uma ditadura, onde as pessoas são dominadas pelo medo!
E então ele chama a população para seu plano. No próximo dia 5 de Novembro, ele vai explodir o Parlamento da Inglaterra! Gente, o parlamento inglês é o símbolo da nação moderna inglesa, que se espraiou pelo resto do mundo, é o fim da monarquia, da ordem e da segurança. É o início do avanço das oligarquias, da concentração de poder, da perda da natureza humana. É onde leis positivadas, tiradas dos orifícios mais obscuros, são escritas em papéis anti-higiênicos.
E então, V numa fuga alucinada envolve a morte de policiais, de reféns, explosão de bombas e o sequestro de Evey. E, mesmo com a mídia estatal mostrando alguém morrendo usando a mesma roupa de V, ninguém acredita! Como a fábula de Pedrinho e o Lobo, ou o mito de Cassandra. O governo mentiu tanto e por tantos anos, que ao anunciar explosões, bombas e a morte de pessoas, ninguém mais acredita! O que as pessoas esperaram agora é pelo próximo 5 de Novembro!
A partir dessa premissa, a história vai calmamente mostrando que o Pais das Maravilhas era só um Asilo Arkham. Com direito a V levar a garota para a sua galeria das sombras. Mostrando as inspirações heroicas do terrorista, temos o livro e filmes clássicos como “O Conde de Monte Cristo”, onde um homem inocente é preso por anos. Com sua jornada pessoal de vingança ignorando a mulher que já amou e tudo o que construiu. Não deixa de ser alguém triste, vencido pela amargura e cego pela vingança.
Vamos fazer dois adendos sobre a obra original. Numa parte dos quadrinhos originais V assassina um membro do governo que obcecado por bonecas, mas que não achava nenhum problema em ver pessoas levadas para serem queimadas em fornos. Em outra parte da revista original, V conversa com a estátua de Têmis, Deusa da justiça, quando obcecado pela letra V, se define como o vilão da história e está disposto a matar qualquer um para alcançar seus objetivos. É a velha máxima comunista de que os fins justificam os meios, assim se destrói Têmis e todo o ideal de justiça.
Noutra parte do filme se vê o jornalista chefe, responsável pelas principais narrativas da mídia. O chefe das mentiras dentro da Caverna de Platão. Na mitologia clássica, todos viveriam dentro da mesma caverna sem conhecer o mundo de fora. E as pessoas ali só poderiam saber do mundo exterior através de mentiras e jogos de sombras dentro da narrativa. V faz uma visita a este mestre da mídia. E como o fantasma dos natais passados, corta das cordinhas que manipulam as marionetes.
Outra parte é o filme narrar o assassinato de um Bispo corrupto e que gostava de meninas novas, até demais. Agora se fosse um padre de esquerda, que gostasse de meninos e que tivesse se filmado no amor próprio, tipo, pedindo carona pro céu, Allan Moore o defenderia.
A partir deste ponto, vamos descobrindo o quão este Admirável Mundo Novo se parece com o Asilo Arkham. O filme mostra as pessoas que são sequestradas em casa, levadas para prisões sem julgamento, torturadas, sofrendo com experiências bizarras, para em seguida serem mortas e descartadas. Mas e as narrativas? As narrativas criadas por Goebbels escondem os fatos e horrores de nosso Asilo Arkham. O mundo em escombros é pintado em colorido, lugares assombrados recebem nomes bonitos como Terra do Nunca ou Pais das Maravilhas. Atentados são protestos pacíficos, protestos pacíficos são ameaças! A verdade é extremamente perigosa para nossa democracia!
A obra também foca em afirmar racismo e preconceito contra islâmicos. Só tem o problema óbvio. A Europa inteira está sofrendo um problema grave por causa de islâmicos, que imigram trazendo sua religião intolerante. Que prega violência física, psicológica e sexual. Lembrando que o herói da obra ainda é um terrorista! Isso traz a discussão sobre islamofobia. Se a religião islã realmente prega o ódio, a violência e a intolerância através de terrorismo. Então, o medo é justificado. Islamofobia é justificada. E nenhum estado pode te forçar a não ter medo de uma ameaça real, inclusive causada por ele mesmo! Mas estão crentes que vão ensinar a onça a comer salada, enquanto isso ela está devorando carne, carne humana!
Outro ponto a se falar sobre a obra é seu belíssimo final com o povo fazendo protesto e comemorando a derrubada de um palácio símbolo da ditadura. É um final lindo, emocionante e que faz refletir. Faz refletir que verdadeiros protestos para derrubar ditaduras nunca são apoiados nas narrativas. Veja a Venezuela, onde há mais de 20 anos a mídia apoia as tropas de Maduro a massacrar o povo. Narrativas tem lado.
Aparece também nos quadrinhos alusões à experiências progressistas, que seguem os horrores da Biologia Hereditária, da Higiene Racial e do extermínio de seres humanos. São ideias progressistas disseminadas pela Escola de Frankfurt que se baseiam na eugenia, defendidas por Alfred Ploetz, Fritz Lenz e Heinrich Himmler. Cada um deles com centenas de discursos socialistas!
O filme mostra experiências progressistas contra opositores na busca de uma arma biológica perfeita. Um vírus criado em laboratório. Se é errado utilizar seres humanos como cobaias para se produzir uma arma biológica. Então, por que seria correto usar homossexuais como arma política?
O filme mostra pessoas torturadas, usadas e descartadas, tudo para se fazer um vírus letal, chamado de Santa Maria. E, se você tem o vírus e a única cura, então você tem o poder. E o alvo deveria ser o próprio país! Sendo assim, a arma biológica foi usada para os piores chegarem ao poder. Este é o enredo do filme.
Mas e se V de Vingança fosse no Brasil?
Lembrando que estamos apenas imaginando um cenário fictício. Teríamos uma endemia! Eles teriam um vírus mortal criado pela Fiocruz. O B-viru-luz! Lançado no Brasil bem na época do Carnaval com direito a um pseudo-médico do Fanático afirmar que é só uma gripezinha. O Brasil depois é tomado por zumbis. A mídia reproduziria a narrativa de não existir nenhuma cura! Mas aos poucos, alguns médicos iriam apontar medicamentos reais capazes de livrar o mundo de todos os males. Ovo de pato, paçoca e catuaba!
Do BR para o mundo, agora toda mídia em uníssono proíbe o ovo de pato, a paçoca e a catuaba! Pior ainda se forem consumidas juntas! Mesmo sendo a única esperança para quem entrava nas emergências! Por outro lado, as pessoas que lá chegavam eram entubadas em máquinas caríssimas, que as levavam pra vala.
Ao final de um ano, teríamos a cura aprovada por quem fez o B-viru-luz. Seria o Ozonal, o ozônio anal! Agora a mídia comemora! Você quer a cura do B-viru-luz? Ozonal! A partir desse ponto, com as primeiras doses transformando os zumbis em lambe-zomem, alguns se perguntariam se o Ozonal realmente funciona.
Mas calma. O Curinga dá uma entrevista na TV explicando que está tudo sob controle. E para resolver a situação, agora os Ministros da Injustiça vão censurar, perseguir e prender pessoas por crime de opinião. Vão soltar bandidos da cadeia para que voltem ao poder. E como na Venezuela, vão fraudar as eleições e prender quem questionar.
Enquanto isso, já tem gente na quinta dose de Ozonal!
Mas calma. É só um filme ou um cenário fictício que nunca aconteceu. Isso é o que narrativas fazem por você!

Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/V_de_Vingan%C3%A7a_(filme)
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-58911/