Mesmo com rombo de 68,7 Bi, governo Lula libera 800 milhões para o audiovisual

Mesmo com rombo bilionário, o governo continua seguindo a estratégia estatal do "Pão e Circo"!

É um verdadeiro contrassenso. Mesmo com um rombo de mais de 68 bilhões somente no primeiro semestre, o governo do Molusco de Nove Dedos confirmar que vai liberar oitocentos milhões para produções audiovisuais. Mas não é para qualquer uma, não; tem que seguir critérios específicos alinhados com os interesses da "democracia relativa" do PT.

No dia 21 de agosto, o Ministério da Cultura, em conjunto com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), aprovou mais um oba-oba para a classe artística de plantão. Agora, foram 800 milhões do nosso dinheiro somente para produções audiovisuais.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes — aquela mesma que corre para não dar entrevistas, demonstrando assim o seu “elevado” nível de preparo — afirmou: “Passamos por momentos difíceis e acho importante que entendamos o processo em que estamos — o processo de escuta, o processo de acolhimento — onde buscamos fazer uma política alinhada às necessidades do setor.”

Só esqueceu de falar que o “momento difícil” foi criado pelo próprio governo e que as políticas "alinhadas" do setor não são bem referentes às necessidades do setor, não é verdade?

A própria destinação dos recursos já dá uma pista disso, quando estabelece que serão para filmes e séries que obedeçam a critérios como regionalização e lacra... ops, diversidade.

Mas se o dinheiro já está curto — na verdade, mais que curto, já está é devendo mesmo — não seria melhor primeiro colocar as contas em ordem para depois liberar esse tipo de recurso?

Sabe de nada, inocente. Essa estratégia dos petralhas tem no mínimo três objetivos:

Primeiro, é o mais fácil de ser percebido: o circo mesmo, uma estratégia que foi muito utilizada na Roma Antiga. Eita, lembrei do aeroporto, mas essa é uma outra história.

Os governos romanos durante a fase imperial, para manter a população sob controle, forneciam gratuitamente pão à população e realizavam espetáculos públicos em arenas para entretenimento, como lutas de gladiadores e corridas de bigas no Coliseu e no Circo Máximo.

O objetivo era apaziguar a população, na sua maioria a plebe. Promoviam grandes banquetes, festas e eventos esportivos e artísticos.

A política do pão e circo tinha como objetivo DISTRAIR E SILENCIAR a população para que ela não se revoltasse contra as suas péssimas condições de vida.

Se bem que a maioria das produções que recebem os incentivos do governo são bem fraquinhas, para não dizer que são ruins, e pouco servem de circo. Acredito que o maior objetivo mesmo dessa política tem mais relação com o segundo, que vou falar daqui a pouco.

Também não posso generalizar. Existem, sim, produções que receberam incentivo do governo e que são muito boas, mas a maioria não tem muito compromisso com o público, não. Até porque, em muitos casos, se a produção entrega entretenimento ou informação de qualidade, é um mero detalhe.

Tudo bem, não dá para competir com Hollywood, e nem é esse o foco, nem precisa ser. A indústria cinematográfica e muito do material que vemos aqui mesmo no YouTube mostram como é possível produzir excelentes obras sem ter que desembolsar uma fortuna e sem a necessidade de nenhum tipo de incentivo. Basta não atrapalhar.

A criatividade e a paixão de seus idealizadores, da equipe e dos artistas fazem toda a diferença, mas o principal aspecto é que essas produções têm que gerar lucro. É bem verdade que a produção de material audiovisual de qualidade não importa muito para governos marxistas. O que precisam mesmo é de mecanismos que contribuam com a manipulação das pessoas, mas daqui a pouco vamos falar sobre isso.

A conta é simples: Custo + Lucro + IMPOSTOS = Preço. Quando o governo atribui uma alta carga tributária aos ingressos, o valor de venda só tem uma direção: para cima, e o do consumo é para baixo.

Segundo o site impostometro.com.br, cinemas e teatros têm tributação de 20,8% sobre o ingresso. Serviços de TV por assinatura têm agregado em seus valores a carga tributária de 24,2%. Já pensou o quanto a simples diminuição da carga tributária impactaria de forma positiva no consumo?

Com a diminuição da carga de impostos incidentes nos ingressos, o seu valor diminui, e o consumo cresce, aumentando o lucro para os produtores.

Mais lucro permite produções de melhor qualidade, mais alinhadas à demanda, o que gera mais consumo, que fortalece o segmento, melhora a qualidade e..., bom, você já entendeu que é assim que o mercado estabelece um ciclo virtuoso de crescimento contínuo.

Mas isso não vai acontecer, não com este governo. Até porque ele precisa arrecadar mais e mais e ter a gestão desses recursos em suas mãos para que seja possível estabelecer as regras do que deve ser produzido e “comprar” a lealdade de influenciadores. Esse é o segundo objetivo da estratégia.

Fortalecer os laços com os artistas da panelinha — ou melhor, da panelona — e ainda premiar alguns pelos bons serviços prestados durante a última campanha presidencial. Sim, todos consagrados, ricos e famosos que apoiaram o Molusco de Nove dedos; alguns destes certamente irão pegar um bom pedaço do bolo.

Nomes já consagrados como: Bruna Marquezine, Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Marieta Severo, Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Wagner Moura, etc etc etc...

Sou capaz de apostar que essa grana só vai cair, pelo menos a maior parte dela, na mão de quem já tem fama e dinheiro. E para artistas desconhecidos? Não, esses não servem.

Quem não tem poder de influenciar a massa não serve para nada na visão de quem usa emprestado a credibilidade de famosos para endorsar suas ações ou implantar suas doutrinas.

Quanto mais famoso o artista, maior a sua credibilidade, até mesmo quando dão opinião a respeito de temas dos quais não têm o menor conhecimento. Pasmem, se alguém como Anitta — exemplo, tá, pessoal, não que isso tenha acontecido — falar que a fórmula mágica para a economia é limitar a quantidade de dinheiro que uma pessoa pode ter, tem muita gente que vai acreditar.

Não conheço as ações filantrópicas da referida “artista”, mas bem que ela poderia dar o exemplo e contar pra gente qual foi o resultado, principalmente se ela se sentia motivada a continuar a produzir seus “espetáculos” ou faria somente o mínimo para receber o máximo permitido. Essa teoria tirada de algum lugar de onde o sol não bate — se bem que, nesse caso, deve bater sim — não considera que, se houver limite de ganho, também haverá limite de esforço.

Mas isso não importa. No fundo, o que importa é ter a classe artística alinhada com as ideias do Name e da sua corja. Essa fala, talvez hipotética, talvez não, tem outra função que é alinhada ao terceiro objetivo de qualquer amante das ditaduras de “sucesso”. É claro que o sucesso é apenas para o alto escalão do governo.

O terceiro objetivo tem a pretensão de disseminar suas narrativas e implantar aos poucos a ideologia tóxica do regime. Ideias como a de um governo soberano e provedor de tudo: “Aceite a sua insignificância e deixe que eu cuido de você; não te faltará nada que eu entenda que você precisa”.

Esses governantes, para se perpetuarem no poder, precisam disseminar a sua doutrina, e nada é mais eficiente que usar o trampolim da classe artística para isso.

Dúvida da importância? 800 milhões é somente uma pequena parcela liberada em 2024. Em 2023, projetos aprovados para captação via Lei Rouanet totalizaram R$ 16,6 bilhões. Isso equivale a tudo o que foi liberado por Bolsonaro em 4 anos.

Durante a campanha para a presidência de 2022, o que mais se via eram artistas hostilizando com unhas e dentes Bolsonaro e defendendo com muito afinco que Lula era a melhor opção para o Brasil. Sabemos agora que era para um Brasil bem específico.

O que é possível perceber com bastante clareza é que a Lei Rouanet, bem como os mais diversos projetos de incentivo à cultura, se tornaram uma das estratégias políticas das mais eficientes.

Se o objetivo do governo fosse realmente o desenvolvimento do setor e disponibilizar mais acesso a pessoas carentes, por que não há, como contrapartida, por exemplo, um acesso gratuito, um tipo de ingresso solidário que pessoas carentes teriam acesso?

Por que os projetos de incentivo cultural beneficiam muito mais artistas já consolidados do que os desconhecidos? Se um dos objetivos é descobrir talentos, não seria melhor incentivar 100 projetos de artistas desconhecidos com 50 mil do que um único de 5 milhões?

Mas o que é a cultura, as artes, o desenvolvimento intelectual e artístico quando comparados com a necessidade de alienação da massa? O governo precisa controlar para que todo o poder não seja mais emanado pelo povo.

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=djqUaYQXE_g
https://revistaoeste.com/politica/com-rombo-de-r-687-bi-governo-lula-libera-r-800-milhoes-para-o-audiovisual/
https://www.estadao.com.br/politica/famosos-que-apoiam-bolsonaro-lula-eleicoes-2022/
https://revistaoeste.com/economia/governo-lula-estatais-tem-rombo-de-quase-r-3-bilhoes-no-1o-semestre/

https://impostometro.com.br/home/relacaoprodutos
https://www.poder360.com.br/poder-governo/governo/lula-autoriza-r-165-bi-maior-valor-da-rouanet-em-21-anos/