Porque a Esquerda chama Milei de Fascista?

Sim, isso mesmo! Agora, quem quer diminuir o poder do estado é chamado de fascista. A ideologia dos regimes estatistas e autoritários, que buscam controlar seu povo, está sendo associada àqueles que defendem o aumento da liberdade individual.

Todos nós já sabemos a história do fascismo na Itália e do nacional-socialismo na Alemanha durante as décadas de 20 e 30, tendo impulsionado o revanchismo na Europa. Defendendo um estado centralizador e todo-poderoso, criando bodes expiatórios, usando de desculpas de união do povo e de um passado de conquistas para invadir vários países, os fascistas perseguiram minorias e hoje são odiados pelo mundo inteiro. Ao menos o fascismo estilo Benito Mussolini e Hitler, pois o novo fascismo que usa da ideologia woke (ou progressismo), que se aproveita de uma simbiose com grandes empresas privadas e estatais, está com seu poder consolidado. A diferença é que a propaganda desse novo regime despótico é politicamente correta e bonitinha para não afugentar os apoiadores. Temos como inclusão, tolerância, democracia e vontade popular são usados para esconder todo o viés autoritário.


Com a queda do Terceiro Reich Alemão, muitos ex-oficiais nazistas fugiram para a América Latina, se instalando em países como Argentina e Brasil, como o caso de Josef Mengele e Adolf Eichmann. Por aqui, no continente sul-americano, tivemos regimes como o do paraguaio Alfredo Stroessner, e do argentino Juan Péron, abrigando esses fugitivos alemães em seus países, em troca de dinheiro. Com essa breve conexão histórica, surgiu a famosa piada de que os argentinos seriam simpatizantes do nacional-socialismo, e até mesmo teorias da conspiração de que o ditador bigodudo teria fugido para lá após a derrota da Alemanha na guerra.


Mas como já é bem conhecido, a esquerda adora acusar a todos que discordam deles de "totalitário" e "fascista", de uma maneira completamente criminosa e equivocada. Deturpando o sentido real e desrespeitando as vítimas que viveram os horrores de regimes realmente fascistas, eles acabam banalizando esse termo tão sério. Inclusive, não é difícil observar nos militantes e demais simpatizantes da esquerda as características autoritárias e coletivistas típicas dos apologistas do fascismo. Ou seja: a visão do estado acima de tudo e de todos, e os direitos e as liberdades individuais subjugados pelas vontades políticas e do coletivo ou de interesses nacionais.


Portanto, não é de se impressionar que logo que o atual presidente libertário da Argentina, Javier Milei, disparou nas pesquisas presidenciais em 2023, a mídia tradicional socialista saiu em busca de imputar no candidato os piores rótulos.

As empresas e jornalistas de esquerda o intitularam de ser um "fascista agente do capitalismo" e usaram frequentemente termos como "ultra-direita" ou “extremista”, somente por não ser de esquerda, bem como fizeram com o Bolsonaro e Donald Trump. Esses manipuladores da esquerda não apresentaram quaisquer provas disso, e o fazem apenas para propaganda política, objetivando pintar o outro lado como "vilão" para os desavisados que não estudam sobre política. Seus métodos de difamação apenas se parecem com aqueles usados pelo ministro da propaganda durante o Terceiro Reich, o antissemita Joseph Goebbels. A fórmula desses tiranos é: repetir maciçamente termos e narrativas até que o público em geral os aceite como verdadeiros, sem qualquer tipo de avaliação.


É extremamente comum ver que a maioria desse pessoal sequer sabe definir o que é fascismo quando você pergunta a eles. Tanto que os poucos motivos explicados sobre o porquê Milei seria um fascista, parecem até uma piada de mal gosto de tão genéricos e ridículos que são. Parece que tudo virou fascismo desde que você não faça parte do establishment político e midiático, e não seja subserviente à esquerda política e sua agenda nefasta. Afinal, defender ditadores como Vladimir Putin, Daniel Ortega, Miguel Díaz-Canel e chamar Nicolás Maduro para visitar o Brasil e recebê-lo com pompas e muito prestígio, isso não é nada fascista.


Então, aproveitaremos isso para responder a esses argumentos fracos de quem compara o libertarianismo com o fascismo, mesmo isso sendo como comparar o seco e o molhado e falar que os dois são iguais.


O primeiro deles seria de que o Milei seria fascista, pois seu foco principal é o econômico, querendo diminuir impostos, regulamentações e reduzir a interferência do estado na economia, se tornando, assim, um "agente do capitalismo". Mas isso de fato está certo, não? Afinal, não é como se o lema do fascismo fosse "tudo pelo estado, tudo dentro do estado e nada fora do estado"? Aparentemente, Mussolini e Hitler não tomaram indústrias para o seu governo e controlaram a economia ao máximo, não é mesmo? O que esses socialistas ocultam é que a planificação econômica foi um projeto político dos nazistas e isso é inegável para aqueles que tem compromisso com a verdade histórica sobre o que aconteceu na Alemanha.


É irônico como quem acusa os libertários de fascismo seja justamente aqueles que concordam com a maioria das pautas de Mussolini na economia, de um estado grande e intervencionista que controla a economia. Além de toda a regulamentação trabalhista e do discurso pró-trabalhador que, aqui no Brasil, foi implementado por Getúlio Vargas, copiando a Carta del Lavoro de Benito Mussolini.


Milei, então, já pode pegar sua boina de Mussolini, pois o próximo argumento é irrefutável! O de que ele é um líder popular, principalmente entre a juventude, assumindo com um discurso radical em um país em colapso econômico, assim como Mussolini e o Bigodinho. Eu sei, nem precisamos citar. Será que esse mesmo pessoal considera líderes como Josef Stalin, Lenin, Mao, Fidel Castro, Hugo Chávez, Peron, Getúlio Vargas e até o próprio Lula como fascistas? No caso de Milei, a verdade é que o que tornou essa figura libertária tão popular foi um conjunto de fatores, entre eles: a informação descentralizada das redes sociais como o Tik Tok, e a grande insatisfação popular de décadas com o regime socialista dos peronistas. O povo apenas viu em Milei um bom representante de sua insatisfação genuína, pois ele dizia de forma sincera o que pensava, e criticava os verdadeiros causadores dos problemas na Argentina.


É óbvio que somente popularidade não torna ninguém similar ao bigodinho da Alemanha. Afinal, o objetivo de qualquer político é justamente esse: ter popularidade e apoio em suas ideias para poder se eleger. Isso é visto tanto na direita quanto na esquerda e vale para qualquer um, independente de suas ideologias e bandeiras partidárias.


Outro argumento sobre a relação de Milei quanto ao fascismo italiano, seria das privatizações que ele tem feito e quer fazer futuramente, mesmo contra a vontade dos sindicatos, como foi no caso da Aerolíneas Argentinas. Esses socialistas tipicamente se comportam como histéricos e mentirosos, gritando até o slogan de "nosso país não está à venda", como se uma empresa estatal deficitária representasse ou pertencesse ao povo.


Eles usam esse argumento tanto relacionando com a história de "agente do capitalismo" quanto com a falsa história propagada de que Hitler teria adotado as privatizações como política econômica, o que é um grande erro. O regime nazista não tinha nem um pouco de livre mercado, controlando os níveis de produção das fábricas e permitindo a existência de empresas privadas apenas nominalmente. Tanto é que foi prática comum durante o nazismo condenar os judeus por muitos destes terem uma cultura empreendedora e de independência em relação ao estado. O sucesso empresarial dos judeus sempre foi motivo de ódio e inveja nos adeptos do nacional-socialismo alemão. Por outro lado, alguns proprietários que eram amigos do governo nazista poderiam receber privilégios por meio de regulações ou subsídios, mas o que podemos afirmar é que a última palavra sobre as decisões econômicas era do regime.


É óbvio que, diferente do libertarianismo, o fascismo e o nacional-socialismo não consideravam a propriedade privada como algo essencial e como um direito natural do ser humano. Para eles, a propriedade era apenas algo a ser usado para o bem comum, da nação, e quem deveria decidir sobre isso é o estado. Ou seja, na prática, a propriedade era uma concessão do estado, não sendo um direito absoluto. A qualquer momento a polícia privada de Mussolini ou a Gestapo de Hitler poderiam invadir sua casa, ou empresa, apenas nos provando a ilusão de propriedade que havia nesses regimes. E era o que acontecia com frequência.


Além disso, os esquerdistas no Brasil também argumentaram que Milei estaria indo contra a constituição e a vontade popular com seus decretos e a Lei de Bases, impondo reformas na Argentina sem uma votação do Congresso.


Porém, é um erro comparar a Argentina com o Brasil nesse quesito, pois na Argentina existe ainda em vigor um processo diferente do Brasil, sendo bem similar ao que antes era o decreto-lei, que existia até a reinterpretação da constituição pelo STF. O presidente poderia fazer um decreto que passaria a valer automaticamente e só deixaria de valer caso o congresso se reunisse e votasse para derrubar o decreto. Então, como seria possível ele seguir o sistema que vigora no país e ser contra a constituição argentina?


Javier Milei é tão contra a vontade popular que ele afirmou que, caso o congresso votasse contra, por este ser em maioria de oposição, ele colocaria em forma de plebiscito para que a própria população votasse se queria ou não as tais reformas. Para não deixar de mencionar, essas reformas apareceram com maioria de aprovação nas pesquisas de opinião, assim, é algo que muitos argentinos desejam para o país.


Agora, veremos um dos últimos argumentos que seria sobre um suposto autoritarismo de Milei, após o libertário proibir manifestações. O que aconteceu de fato foi uma Fake News descarada e amplamente divulgada pela iluminada mídia brasileira. A narrativa propaganda foi que o governo de Milei estaria supostamente proibindo manifestações contra ele, ao ameaçar tirar os benefícios sociais de pessoas que participassem de protestos. Mas o presidente libertário se posicionou apenas contra quem bloqueasse as ruas ou que causassem destruições, o que é mais do que compreensível.


Eu sei, que absurdo não? Como assim, o presidente argentino quer que as manifestações não atrapalhem a vida de pessoas que só querem usar as ruas para chegar ao trabalho ou que precisem ir ao hospital, não é mesmo?


Ou, pior ainda, proibir manifestantes violentos de quebrarem à vontade, ruas, monumentos públicos e lojas de pessoas que não tem nada a ver com esses mesmos protestos? Como ele ousa responsabilizar pessoas por ferirem a propriedade privada de outras? Realmente, tá muito “autoritário” esse presidente que preza pela propriedade privada e pelo princípio de não-agressão.


Como vimos, as comparações parecem ridículas, e é porque são! Utilizam de termos genéricos ou de interpretações enviesadas dos fatos para se adequar à sua realidade e ver o inimigo conforme for mais conveniente. Isso é uma estratégia antiga para manipular o público e confundi-lo. A distorção do significado dos conceitos é muito comum pelas seitas comunistas para imputar no adversário aquilo que eles próprios são - afinal, é assim que todo sistema de lavagem cerebral funciona.


Argumentos desse tipo só servem para mostrar o óbvio para nós, de que são apenas tentativas de ligar as ideias da liberdade ao totalitarismo para parecer algo ruim, pois eles já sabem que o que as pessoas buscam é justamente a liberdade. O hilário é que todos esses movimentos de esquerda costumam sempre se travestir e dizer que estão "libertando os trabalhadores", pois sabem que a maioria não quer ser escrava do governo voluntariamente. Assim, eles sabem que precisam enganar os mais ingênuos e desavisados que apenas repetem o que escutam sem questionar ou estudar sobre os fatos e políticas defendidas pelos sindicalistas. A verdade é que ninguém quer o socialismo, nem mesmo aqueles que fazem parte de um governo socialista como o próprio ditador. Esses hipócritas vivem um estilo de vida extremamente luxuoso e capitalista, se beneficiando dos melhores produtos e serviços que o mercado pode proporcionar. O que eles querem é socialismo para o povo e capitalismo para eles.


Enfim, o verdadeiro perigo para a sociedade é esse modus operandi criminoso da esquerda de transformar seus adversários em monstros piores que o capiroto. Esse é o método de incitar ódio na juventude militante adestrada e histérica que sofreu lavagem cerebral nas universidades, e nunca estudaram nada além de marxismo, e passam a odiar os próprios pais. Para eles, a história não importa; os massacres, injustiças e opressões do comunismo parecem que nunca existiram. A violenta divisão da Alemanha em dois regimes políticos, a cruel ditadura de Mao Tsé-Tung, dos ditadores soviéticos e do tirano de Camboja, Pol Pot, nem sequer são lembrados por esses manipuladores, que apenas querem reescrever a história e imputar a pessoas inocentes o crime de buscar a liberdade.

Referências:

https://www.brasil247.com/entrevistas/em-pouco-tempo-milei-provou-que-e-fascista-e-que-so-se-viabiliza-num-regime-de-forca-diz-fernando-horta