A atual MORTE ENCEFÁLICA da Esquerda Brasileira

A esquerda sofre uma morte encefálica ao abandonar a realidade social, distorcendo conceitos e impondo ideias autoritárias, desconectadas dos anseios populares...

Estamos chegando ao final do ano e caminhando para o terceiro ano do mandato do Molusco de Nove Dedos. O dolar está alcançando patamares recordes, a bolsa de valores em queda livre, o poder de compra do pobre sendo dilúído por tributações absurdas e um deficit fiscal irrecuperável. Mesmo assim, alguns ainda insistem em defender as pautas e ideias da esquerda nesse país.

Nas últimas décadas, os políticos e grupos de esquerda, tradicionalmente vinculados à luta por direitos sociais e igualdade, não refletiu na prática a teoria dos seus discursos. A promessa de uma sociedade mais justa e democrática deu lugar a discursos que contradizem a própria essência do que é uma democracia, mostrando suas garras autoritárias. Este afastamento não é por acaso: são consequências de pautas populistas e ideológicas que, além de não representarem as necessidades reais da sociedade, têm gerado um efeito de longo prazo que desintegra a confiança na esquerda como força de transformação genuína.

Ao analisar essa transformação, percebe-se um conjunto de fatores: a desconexão com as necessidades populares, o abandono de pautas culturais representativas, a manipulação de conceitos como “democracia” e a distorção de palavras e valores fundamentais. Estes elementos, em conjunto com o crescimento da informação descentralizada e distribuída da internet, contribuíram para uma espiral de perda de credibilidade, que afeta não só o presente, mas também os caminhos futuros dos esquerdistas.

A esquerda incorporou uma série de pautas populistas que, à primeira vista, visavam atrair novos eleitores e captar o interesse de segmentos sociais mais amplos. No entanto, a superficialidade dessas pautas revelou-se uma armadilha. Em vez de construir políticas estruturais e duradouras, a esquerda optou por soluções rápidas e convenientes que pouco ou nada se conectam com os verdadeiros anseios da população.

Programas de subsídios e assistencialismo exagerado, embora promovidos como solução para a pobreza, têm frequentemente resultados devastadores a longo prazo, gerando uma população dependente do Estado e minando a iniciativa privada e o empreendedorismo. O populismo, aqui, assume a forma de promessas vazias, desprovidas de uma análise de sustentabilidade e sem considerar o impacto econômico sobre o tecido social. Essa abordagem impede o crescimento de uma sociedade autossuficiente, criando um ciclo vicioso de dependência e estagnação econômica.

Além disso, ao centrar suas pautas em aspectos secundários, como políticas de linguagem ou regulação excessiva do discurso público, a esquerda aliena parcelas que buscam mudanças reais e práticas, não debates acadêmicos e artificiais sobre terminologias. Essa forma de populismo não atende ao cidadão comum que quer trabalho, segurança e condições para prosperar.

A imposição de pautas progressistas como uma verdade inquestionável é um dos erros mais visíveis da esquerda. Embora a sociedade evolua constantemente e o debate sobre temas sociais seja importante, a insistência em agendas que não são prioritárias para a maioria da população cria um abismo entre os representantes e os representados.

O foco em identidades específicas, por exemplo, contribui para a fragmentação social, onde o indivíduo é valorizado mais por sua identidade coletiva (como gênero, etnia ou orientação sexual) do que por sua individualidade e mérito. Esse tipo de divisão vai de encontro ao desejo da maioria, que busca uma sociedade igualitária na busca por direitos. Essa política de divisão da sociedade em gênero, etnia ou orientação sexual é contraditória até com o que pregam os esquerdistas que se dizem lutar por igualdade.

Essa desconexão também se reflete na abordagem econômica. Em vez de fomentar um ambiente que incentive a produção e a independência financeira, a esquerda frequentemente promove políticas que incentivam a miséria e colocam a culpa da miséria em quem produz riqueza, distanciando-se de quem deseja prosperar por mérito próprio.

Seria isso tudo uma falta de habilidade que foge de um ser humano racional ou um mau-caratismo que não tem limite? Eu acredito que seja uma mistura dos dois e o que intensifica isso é a falta de adaptação à realidade, que está em constante movimento.

Para se ter uma ideia, a cultura sempre foi um dos terrenos mais férteis para a esquerda. Porém, o que antes era uma ferramenta eficaz, hoje parece ter se tornado um campo onde a esquerda paga para apanhar, mesmo investindo milhões em propaganda. Estas propagandas, em sua maioria, acabam servindo apenas para que um cidadão qualquer com apenas um aparelho de celular e internet, consiga contra-argumentar e bater de todas as formas e ainda fazer piadas que geram muito engajamento.

A imposição de pautas culturais que desconstroem tradições e rejeitam valores conservadores gera uma ruptura que está convertendo até mesmo os esquerdistas de carteirinha. Um exemplo claro é o Elon Musk, que de financiador da esquerda dos EUA, se tornou um dos maiores cabos eleitorais de Trump.

Ao rejeitar elementos culturais que deterioram a sociedade, a esquerda se aliena dos próprios valores que dizem defender. A insistência em desconstruir acaba desconstruindo o que ela mesma cria. Mas o fator de maior peso é a falta de respeito pelo que o povo valoriza: a família, a religião e os costumes locais.

Em vez de criar uma conexão com as massas, a esquerda afunda-se a cada dia que passa, ignorando que, para a maioria da sociedade, as tradições não são um problema, mas sim um pilar de identidade e estabilidade.

Por exemplo, a esquerda era vista com um forte discurso na defesa da democracia. No entanto, quando se observa a prática, muitas vezes o discurso é apenas retórico, sem verdadeiro compromisso com a pluralidade e a liberdade de expressão. Ao contrário, é comum ver movimentos de esquerda defendendo a censura de ideias contrárias e promovendo a uniformidade ao invés da pluralidade de ideias.

A tão defendida e idolatrada democracia depende de vozes discordantes e de um bom espaço para que todas as perspectivas possam ser discutidas abertamente. Mas, na prática, a esquerda frequentemente adota uma postura autoritária, onde a divergência é tratada como um ataque, e as vozes dissidentes são reprimidas. Essa prática é visível na tentativa de censura nas redes sociais, no cerceamento de opiniões em universidades e até mesmo na perseguição midiática contra indivíduos que questionam o status quo.

A contradição entre discurso e prática fica evidente. Esse autoritarismo velado mina a confiança e também aliena a esquerda em uma bolha que não compreende a realidade.

Ao invés de ouvir as pessoas que têm vozes discordantes, preferem coagir, ameaçar e intimidar. São um leão para bater em quem pensa diferente e um gatinho quando a internet se revolta com este tipo de postura. Só resta fingir-se de vítima. Por exemplo, a “tolerância” (bem entre aspas) defendida por setores da esquerda parece limitada apenas às ideias que já concordam com a visão marxista, seja ela progressista ou comunista.

A “diversidade” (também entre aspas) é promovida apenas para aqueles que se encaixam em uma narrativa específica, enquanto vozes contrárias, mesmo dentro dos grupos minoritários, são perseguidas.

O termo “igualdade” (também entre aspas), outrora sinônimo de oportunidade para todos, tornou-se uma justificativa para políticas de favorecimento de alguns em detrimento de outros.

A contradição entre o discurso e prática deixa esse espectro político em uma atmosfera de confusão e hipocrisia. Como confiar em uma ideologia que redefine os significados e muda as regras conforme seus interesses políticos?

As pautas populistas e ideológicas deixam claro quem são e o que defendem. Não é possível confiar em quem não tem princípios e fica mudando os significados. O caminho da esquerda é um só neste novo mundo, cada vez mais digital, a irrelevância.

O autoritarismo disfarçado, a manipulação semântica e a falta de caráter não sobrevivem no ambiente público, e isso é potencializado a dimensões mundiais na internet. A esquerda é aquele gordinho dono da bola que, se está perdendo, ele acaba com o jogo.

Enquanto isso, a direita samba na cara dos esquerdistas com essas pautas encefálicas, zuação sem limites, e isso se propaga em nível estratosférico. Enquanto o povo tiver acesso a informação descentralizada e distribuída, essa turminha continuará passando a vergonha enorme que passou na última década!

Referências:

https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-02-10/como-a-esquerda-brasileira-morreu.html