Depois de toda a repercussão que o Elon Musk causou, o mundo finalmente começou a ver as ações que Alexandre de Moraes tem feito em nome da "Democracia"...
A Audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que foi realizada na terça-feira dia 7 de maio de 2024, debateu sobre a censura escancarada que Alexandre de Moraes tem aplicado nas redes sociais do Brasil com um objetivo político óbvio.
Você já deve saber sobre como tudo isso começou, com Elon Musk abrindo uma discussão pública ao perguntar diretamente a Moraes no X / Twitter o porquê de ele estar aplicando censura na plataforma, acompanhado posteriormente de um enorme documento mostrando pedidos de censura sem qualquer precedente ou citação da lei que se aplicaria ao caso. Com o próprio bilionário alegando ameaças de prisão e perseguição feitas aos funcionários da empresa, em um óbvio assédio e abuso de autoridade por parte do STF, que já vem extrapolando limites há muito tempo.
Várias figuras brasileiras exiladas nos EUA foram chamadas para depor e, durante a comissão de terça-feira, a deputada republicana Maria Elvira Salazar, mostrou em suas mãos uma foto do ministro Alexandre de Moraes enquanto citava que ele deu explicitamente ordens para derrubar e atacar perfis de direita para benefício político.
Uma das coisas mais impressionantes é a afirmação clara dela, que dizia “Há dois fatos aqui que eu acho que podem esclarecer quem é o senhor de Moraes. O primeiro fato: ele deu a ordem para derrubar um post que dizia que Lula da Silva (o presidente Luiz Inácio Lula da Silva) apoiava Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua. Por que os brasileiros não podem saber disso? O segundo fato: ele deu uma hora para o Twitter derrubar posts de políticos conservadores ou eles receberiam US$ 30 mil de multa. E se o e-mail chegasse 30 minutos depois? Eles teriam outros 30 minutos ou receberiam multa de US$ 30 mil”.
Mas mesmo com os inúmeros casos que podiam ser usados como exemplo, ainda teve a deputada democrata Susan Wild passando pano para as ações de Moraes dizendo que aquilo poderia prejudicar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos e que nada foi feito pelo governo americano sobre a suposta tentativa de golpe de estado conduzido por Bolsonaro no dia 8 de Janeiro, cuja narrativa nem o próprio povo brasileiro acredita, como mostrado em pesquisas.
Mas nós também concordamos que isso pode piorar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos, pois em uma ditadura, você mantém boas relações entre as instituições, puxando o saco de seus membros de alto escalão e os elogiando sem parar! Enquanto que as críticas são vistas como ataques e pioram as relações de ambos. Então, de fato, você criticar uma ditadura pode fazer com que ela fique ressentida com você.
O próprio presidente republicano do colegiado, Michael McCaul, respondeu indiretamente a esse tipo de coisa, afirmando que os EUA devem agir vigorosamente para garantir maior liberdade aos políticos que estão sendo perseguidos pelo judiciário no Brasil.
Ele disse: “É um ato de democracia pela liberdade no Brasil que exigirá que o governo dos EUA se envolva mais vigorosamente com o Brasil na luta pela liberdade e pelos direitos humanos. A grande realidade do Brasil é que a democracia está morrendo em plena luz do dia”.
Outro congressista americano, Chris Smith, afirmou que desde 2022, "os brasileiros têm sido alvo de graves violações dos direitos humanos com o abuso político de procedimentos legais para perseguir a oposição, prendendo políticos sob acusações espúrias e atacando o direito à liberdade de expressão, até perseguindo jornalistas".
É realmente assustador como os políticos dos Estados Unidos estão representando mais a vontade do povo do que nossos próprios políticos, que deveriam, supostamente, nos representar e falar por nós no Congresso. Mas que se mantém, em grande maioria, em silêncio diante de tudo isso ou, até mesmo, aproveitando do cenário de distração para "passar a perna" na população e botar em votação projetos impopulares.
Um grande exemplo agora é a ideia de acabar com a isenção na taxa de todas as importações, que ficou camuflada dentro de um projeto sobre importações de automóveis. Sem a isenção, seria ainda aplicado um imposto desumano de 92%! Isso sim é uma afronta ao direito humano de existência e poderia muito bem ser tipificado como trabalho escravo para sustentar uma casta elitista em Brasília, mas como é o estado fazendo, então, isso nem passa pela cabeça das pessoas médias.
A própria Shein disse que não irá arcar com esse imposto de 92% caso a isenção seja eliminada, e vocês podem esperar muito mais empresas dizendo o mesmo em breve, visto que com isso poderemos estar regredindo para a época final do regime militar, onde as importações eram raras de serem feitas e os produtos brasileiros eram só uma versão porca dos importados, cobrando muito mais caro pelos mesmos.
Mas voltando à discussão sobre o Congresso Americano, um dos que foi convocado para falar sobre o tema foi o jornalista Paulo Figueiredo Filho, neto de João Figueiredo, o último presidente durante a ditadura militar. Ele foi acusado de fazer parte de um grupo responsável por incitar militares a aderir a um suposto golpe e impedir a posse de Lula em 2023.
Uma deputada democrata questionou, durante a sessão, se ele repudiava o período em que os militares governaram o Brasil, ao que Paulo Figueiredo se recusou a dizer, afirmando que isso não tinha nada haver com a discussão. Nós podemos entender a situação ali, embora seja óbvio que ele tenha uma opinião mais positiva sobre o período por causa de seu parentesco, a acusação é de que ele agiu a favor de um golpe e não sobre a opinião que ele possui.
Ele achar o período da ditadura militar como algo positivo para o Brasil é um direito dele e é algo diferente de ele agir ativamente para aplicar um golpe de estado no país. Mas ainda foi curioso o exemplo que ele deu na sessão sobre esse período.
Paulo Figueiredo afirmou que a ditadura no Brasil foi implementada como uma medida de proteção da época contra o avanço do comunismo no país, “Não queríamos que comunistas fizessem parte do Brasil como fez em Cuba e em outros países. Venho de uma família que luta pela democracia há muito tempo e esse é o legado do meu avô restaurando a democracia plena no Brasil”.
É engraçado que, justamente, o mesmo cenário reverso pode ser visto hoje na prática, onde a esquerda e os velhos burocratas no Brasil estão querendo implementar sua própria forma de ditadura para impedir "o avanço do fascismo e da extrema direita" a fim de, supostamente, "salvar a democracia", assim como os próprios militares disseram que estavam fazendo aquilo como um meio de salvar esse deus mágico chamado de democracia.
Vamos continuar acompanhando esse caso conforme novos fatos forem surgindo pois, dificilmente, essa imagem suja que ficou para o mundo sobre o governo brasileiro será limpada tão cedo. Até a esquerda moderada europeia não gosta mais da companhia de Lula por conta de suas falas que ficaram paradas no tempo. Além de ser fácil para eles, que já tiveram muitas ditaduras ao longo do tempo, perceberem que o discurso de Moraes de "ações ditatoriais para salvar a democracia" são somente uma farsa para justificar seu abuso político.
Embora dê para ver o esforço da esquerda e da mídia brasileira para passar pano nessa situação, o desgaste só aumenta para aqueles envolvidos. Eles vão tentar se debater e fazer todas as ações possíveis para evitar seu fim, mas isso só demonstra seu desespero e fracasso iminente.
https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/camara-estados-unidos-aciona-oea-sobre-decisoes-de-moraes
https://www.poder360.com.br/internacional/deputada-dos-eua-exibe-foto-de-moraes-no-congresso-e-o-chama-de-tolo/
https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/relatorio-da-camara-dos-eua-acusa-moraes-de-censurar-direita-no-x/