Estados Unidos sinalizam que estão PRONTOS a entrar na GUERRA ao lado de ISRAEL

Nos últimos dias, as declarações do presidente americano, Donald Trump, elevaram o tom contra o Irã, deixando claro que os americanos podem entrar na guerra caso o Irã não se renda incondicionalmente.

Se você não mora debaixo de alguma pedra, em alguma caverna ou isolado no meio da floresta amazônica, com certeza tem visto, nos últimos dias, notícias sobre a mais nova guerra que eclodiu no Oriente Médio, envolvendo Israel e Irã. Mas caso você ainda esteja por fora do que está acontecendo, vamos contextualizar.

Na última sexta-feira, dia 13 de junho, Israel deflagrou uma operação militar envolvendo bombardeios em território iraniano, visando impedir o avanço do programa nuclear do país. Tal programa nuclear é alvo de muitas polêmicas, contradições e vem dividindo opiniões ao longo de sua existência. Tendo sido lançado em 1950, ironicamente, com a ajuda e incentivo dos Estados Unidos da América, o programa nuclear iraniano não visava o desenvolvimento da bomba nuclear em si, mas, tão somente, o domínio da tecnologia para fins pacíficos, já que o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

Mas como todos sabemos, o mundo não gira, ele capota, e com o passar dos anos, o pequeno monstro em forma de programa nuclear iraniano que os americanos alimentaram, acabou se virando contra eles e também se tornando uma ameaça pra todos os países do ocidente. Até 1979, o Irã era uma monarquia autocrática pró Ocidente, chegando a essa condição com ajuda dos Estados Unidos, porém, no final da década de 70, a população insatisfeita começou a protestar nas ruas, forçando o líder do regime apoiado pelos americanos a deixar seu cargo. Esses acontecimentos históricos foram denominados de Revolução Iraniana, e o auge desses eventos foi a transformação do Irã de uma Monarquia Autocrática, pra uma República Islâmica Autocrática, governada por aiatolás, que são títulos dados ao alto clero dos religiosos islâmicos.

Em resumo, o programa nuclear que antes foi criado e mantido com incentivo do Tio Sam, agora acabou se tornando uma enorme pedra no sapato do Ocidente, sendo inclusive a causa alegada pelo governo de Israel para dar início aos bombardeios ao Irã.

Todos sabem como o Oriente Médio é um grande barril de pólvora geopolítico, que pode explodir a qualquer momento. Mas agora, mais do que nunca, o temor de que os conflitos do Oriente Médio escalem e evoluam para uma guerra de proporções mundiais, acabou por se tornar uma realidade iminente.

Na última terça-feira, dia 17 de junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou a reunião do G7, que ocorria no Canadá, antes da data prevista, e voltou às pressas para seu país, visando tratar do conflito entre Israel e Irã. A partir desse momento, os indícios de que os americanos estão prontos para entrar na guerra ao lado de Israel, começaram a se multiplicar.

Já durante o voo de volta para os Estados Unidos, dentro do próprio avião, o presidente americano afirmou que não busca um cessar-fogo, mas sim um fim real para a guerra. O que será que o homem laranja quis dizer com um “fim real” da guerra? Muitos entenderam isso pelo lado pacífico, como um grande acordo de paz envolvendo Israel e o Irã, já outros, veem isso como uma ameaça contra a vida do aiatolá Ali Khamenei e até mesmo contra todo o regime iraniano.

Outro sinal de que os Estados Unidos podem entrar nessa guerra, foi dado por Trump antes de sua fala sobre “um fim real” da guerra. No dia 16 de junho, Trump alertou em suas redes sociais que "Todos deveriam se retirar de Teerã imediatamente", o que foi entendido por muitos como um aviso de preparação para possíveis bombardeios americanos ou israelenses na capital iraniana.

Donald Trump também publicou em suas redes sociais o seguinte texto: “Nós agora temos controle total e completo dos céus do Irã”. O uso do termo “nós”, sugere que a operação de controle sobre os céus do Irã já não teria sido feita exclusivamente por Israel, mas contado com o apoio norte-americano. Outra publicação do presidente, que também é um sinal da possibilidade do ingresso americano na guerra, foi a seguinte: “Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está se escondendo. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos eliminá-lo (matá-lo), pelo menos, por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. A nossa paciência está se esgotando.”.

Como ficou claro, Trump elevou o tom da conversa com o Irã, fazendo claras ameaças ao líder árabe e ao regime iraniano. Mas as ameaças de Donald Trump não pararam por aí. Logo após ter declarado que poderia facilmente eliminar o aiatolá, Trump postou a mensagem que causou mais alvoroço na geopolítica mundial: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL”, escrito em letras maiúsculas e dando a entender que o tem dessa fala foi de alguém gritando.

Se fossem apenas ameaças e declarações feitas nas redes sociais, alguém poderia dizer que o laranjão está blefando. Mas o problema é que na esteira desses acontecimentos, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou o envio de mais um porta-aviões para o Oriente Médio, com capacidade para mais de 100 caças embarcados.

Todos esses conflitos que vêm eclodindo no mundo nos últimos anos, acabam ceifando a vida de muitos jovens soldados, além de tantos outros civis que talvez jamais apoiaram as atitudes de seus governos. Uma frase que ilustra muito bem o que a guerra é, diz o seguinte: “⁠A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam”. Os “velhos” mencionados nessa frase, são os parasitas que governam os países e impõe suas vontades sobre a vida de todos, e o único motivo pelo qual eles têm tal poder, é pela existência da estrutura do estado.

O estado permite, como bem dizia Friedrich Hayek, que os piores cheguem ao poder. Claro que grande parte da população iraniana, se não a grande maioria, apoia o regime e as ações do aiatolá, assim como grande parte da população israelense apoia as ações de Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel. Mas ainda assim, existem muitas pessoas inocentes nesse meio, muitas crianças e quem sabe muitos que discordam dessas ações belicistas dos parasitas que os governam.

Além dos tantos motivos para o estado acabar, que são mencionados diariamente aqui no Visão Libertária, as guerras de grandes proporções são mais uma demonstração da crueldade e da ilegitimidade do estado.

Claro que alguém pode argumentar: mas sem o estado, quem controlaria a proliferação de armas nucleares? Um libertário é a favor da liberdade total do indivíduo, então significa que uma pessoa muito rica poderia ter uma bomba nuclear em sua casa? E se essa pessoa jogar essa bomba em um inimigo, não vai atingir a vizinhança?

Todas essas perguntas já foram feitas em fóruns e canais libertários, e pra elas não existe uma única resposta. Porém, podemos refletir um pouco acerca dessa questão. Pra início de conversa, ser libertário é ser contra a iniciação de violência. Veja que eu não disse contra a violência, mas sim contra a iniciação dela, pois em certas ocasiões é necessário usar violência, seja pra se defender, ou pra defender outras pessoas e até mesmo sua propriedade. Partindo do pressuposto de que no libertarianismo não se pode iniciar violência, podemos afirmar que uma arma serve pra se defender, e não pra atacar. Se uma arma, ao ser usada, não pode direcionar seu poder de fogo a um ou mais agressores específicos, logo seu uso não é adequado para aquele ambiente.

Por exemplo, usar uma bazuca em um espaço aberto, pra se defender de alguém que está vindo contra você com um tanque de guerra, por exemplo, é um uso adequado da arma, que dificilmente vai afetar pessoas inocentes. Agora, usar a mesma bazuca em uma pessoa que está querendo brigar com você no meio de uma rua movimentada, é uma ameaça contra a vida das pessoas que estão em volta do agressor, e o portador da tal bazuca pode e deve ser parado por qualquer um que se sinta ameaçado, sem que isso fira o PNA. Da mesma forma, é muito difícil, se não impossível, uma situação na qual o uso de uma bomba nuclear cause um dano controlado contra um agressor específico, seja ele uma pessoa, um exército ou um veículo militar. Portanto, se o seu vizinho guardar uma bomba nuclear no quintal, isso é claramente uma ameaça a sua vida, pois essa bomba pode explodir e arrasar toda uma vizinhança, e até mesmo se ela fosse jogada em um local longe de onde você vive, a radiação poderia se espalhar de maneira descontrolada e causar danos às propriedades e vidas de terceiros.

Claro que ainda dá pra forçar o argumento, dizendo que qualquer arma, na verdade, pode ter impactos indesejados. Uma bala pode ricochetear, uma bomba pode lançar fragmentos em alvos indesejados ou explodir por alguma falha. Porém, aqui cabe uma questão de bom senso, pois se for levar à risca a questão do dano potencial de algo como fator proibitivo, teríamos que proibir o uso de carros, de aviões, de energia elétrica, de facas, de desodorantes e de qualquer coisa que tenha possibilidade de causar danos indesejados. Enfim, a questão da bomba nuclear é algo que requer certa maleabilidade dos libertários, pra aceitar que não dá pra ser absolutamente rígido nesse conceito de liberdade total, e é algo que pode ser muito discutido ainda, afinal, o libertarianismo não é a resposta absoluta pra tudo, mas é unicamente a maneira ética de conviver em sociedade. Do ponto de vista do autor desse artigo, os danos da bomba nuclear são incontroláveis e não mitigáveis em qualquer cenário, portanto qualquer um que quisesse portar tal arma, estaria passível do direito de defesa de qualquer um que se sentisse ameaçado. Se você discorda dessa opinião, por favor, deixe o seu ponto de vista nos comentários.

Mas deixando a teoria de lado, o que sabemos na prática é que estados sequer pensam nesse tipo de coisa, e usam armas de todos os tipos sem jamais pensar nos danos causados às pessoas inocentes. O que nos resta nesse momento, é torcer que essa guerra termine o mais breve possível e que vidas inocentes deixem de ser ceifadas pela vontade de um bando de velhos que querem se exterminar, mas não têm a coragem de sair de seus luxuosos palácios ou de seus seguros bunkers.

Referências:

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/06/17/eua-envia-porta-avioes-israel-o-que-se-sabe-sobre.htm
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/todos-deveriam-se-retirar-de-teera-imediatamente-alerta-trump/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_nuclear_iraniano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_do_Iraque_em_2003
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Iraniana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aiatol%C3%A1