"Os Novos Vingadores" NÃO vão ser WOKE?

Saiu recentemente um novo filme da Marvel, o Thunderbolts, tendo sido divulgado inteiramente como um filme que quebraria o padrão de filmes da Marvel. Hollywood está mesmo largando o osso do progressismo ou isso é só uma false flag?

Não precisamos te entediar com longas explicações, você já sabe que desde Vingadores: Ultimato os filmes e séries de Super-heróis da Marvel tem sido amplamente criticados por seus enredos desinteressantes que focam mais em dar alguma lição de moral genérica no telespectador do que em desenvolver os personagens e contar uma boa história. Isso quando a crítica da obra não é hipócrita ao ponto de soar como "nós somos uma empresa multibilionária, mas nós estamos criticando o capitalismo, então compre nossos produtos".

Tirando exceções como o filme do Deadpool, todo o resto dos lançamentos foram tão sensacionais e profundos quanto a série da She-Hulk. E após tantos anos recheados de fracassos, a empresa percebeu que para uma obra ter sucesso você precisa agradar o público (uma grande surpresa, não?) e então o filme de agora, Thunderbolts, é um teste para mostrar as reformas internas do estúdio e preparar terreno para o futuro Vingadores 5, que já estava tendo tropeços no meio do caminho há muito tempo e até teve o ator de seu principal vilão substituído, devido a acusações de assédio.

As críticas dos cinemas têm sido bastante positivas, com 88% de aprovação da "crítica especializada" e 95% do público. Mas a questão é: esse índice alto é mérito de ele ser bom como um filme ou é só mais uma aprovação inflada? A verdade é que Thunderbolts é sim um bom filme e de bônus sem militância óbvia, sem discursos forçados, personagens "queer negro trans cadeirante" apenas para cumprir cota e a narrativa dá profundidade aos personagens com temas sobre depressão e enfrentamento de seus próprios demônios. Você pode até não gostar desse tipo de tema, mas isso mostra minimamente uma preocupação dos roteiristas em explorar os personagens.

E mais recentemente, o filme foi renomeado para "Os Novos Vingadores" , consolidando o novo time como os sucessores dos antigos vingadores. Embora eu, como fã, não ache o título do time devidamente merecido, ainda é uma boa guia para o que os próximos filmes dos Vingadores se tornarão, ao invés de algum grupo feministo genérico liderado por uma super heroína empoderada como a Capitã Marvel, por exemplo. O que poderia ser apontado como “agenda” nesse filme, já vem de filmes anteriores, como o fato da Treinadora ser mulher, que já ocorria no filme da Viúva Negra. Mas nesse filme em si, esses elementos são usados de forma funcional e sem atrapalhar a história.

Ninguém antes ligava para a cor ou raça de um protagonista - até porque, duvido que alguma criança fã do Relâmpago Mcqueen se identificava como um Carro -, mas nos últimos anos, algo mudou. O cenário cultural foi invadido por uma onda rosa que foi fomentada pelo lado político da esquerda, e há muito a se falar sobre isso. Muita gente critica esse fenômeno, mas poucos se perguntam: por que exatamente produções “woke” falham? Não é só porque tem política ou personagens LGBT, é bem mais profundo.

É sim verdade que a arte sempre teve política, desde o neoclassicismo liberal aos cartazes soviéticos, da estética fascista ao romantismo tradicionalista e até o FBI utilizou arte como propaganda contra a União Soviética, financiando um curta animado do livro "A Revolução dos Bichos". Ideologias sempre usaram arte pra comunicar emoções e valores. Gramsci entendeu isso como ninguém e disse que "se você quer mudar a sociedade, mude a cultura primeiro". E a esquerda aprendeu muito bem com isso, infiltrando suas ideias na mídia, educação e entretenimento, até que pareçam “naturais”.

O discurso é sempre o mesmo: eles dizem estar lutando contra o ódio, pela justiça, pela inclusão, mas no fundo, essas palavras funcionam só como escudo, uma sinalização de virtude usada para justificar atitudes autoritárias. Afinal, como se mede a justiça social? Quando saberemos que o preconceito e a desigualdade acabaram no mundo? Se uma porcentagem X de cargos de liderança forem ocupados por mulheres, isso significa que o machismo acabou? Se a porcentagem de negros presos for igual à proporção de brancos, o racismo desapareceu? São questões legítimas, é óbvio, mas o problema dos militantes atuais é outro: eles acreditam que se combate a injustiça praticando ainda mais injustiça.

E não é apenas a mensagem que é falha, é a obra como um todo que é falha, mas porquê? A mídia woke não fracassa por causa que não tem "representatividade o suficiente", ou algo do tipo, mas sim porque é desprovida de alma, não tem paixão, não tem amor genuíno pelas histórias ou pelos personagens. Não são criadores, são propagandistas querendo usar a arte como disfarce, e o público percebe isso! Dá pra ver quando algo foi feito com amor e quando foi feito apenas pra pregar ódio contra quem o dono da obra odeia. O público se sente tratado como um idiota e facilmente manipulável na visão dos criadores da obra.

Não ache que o problema é ter uma mensagem, já que tem até mesmo jogos que possuem uma mensagem contraditória mas mesmo assim todos amam porque a qualidade não se baseia puramente na moral que ele quer passar. Bioshock poderia ser interpretado como uma crítica ao capitalismo e, mesmo que tudo não soe convincente, já que todos os elementos da crítica não pertencem ao livre mercado, ainda é um bom jogo e tem uma história genuína. Caso queira ver mais sobre Bioshock, temos um vídeo aqui no canal chamado “ Seria BioShock uma crítica ao anarcocapitalismo?", link na descrição.

Outro exemplo maravilhoso é o do filme Wall-E, no qual a principal crítica é obviamente o tal "capitalismo consumista" que encheu a terra de lixo e a deixou inabitável, mas a história não é toda somente construída no clichê "corporações são malignas uuuuuu", mas desenvolve uma história de amor entre os dois robôs que é linda de se assistir. Mas para que fazer uma boa obra? Basta apenas cancelar as pessoas por tweets antigos, exigir que influencers neutros se manifestem contra quem você não gosta e punir qualquer um que discorda e isso funcionará, eu acho...

Um exemplo disso foi o caso de Hogwarts Legacy, no qual pessoas foram ameaçadas de morte pelo pessoal anti ódio do Twitter, apenas por cogitarem jogar o game, e tudo por causa da opinião da J.K. Rowling, autora de Harry Potter, que nem sequer participou do projeto do jogo. Kim Belair, cofundadora da Sweet Baby Inc, uma empresa que financia a agenda progressista em jogos AAA, chegou a declarar que o correto era intimidar a equipe de marketing de jogos para que aceitassem essas pautas, sem necessidade de argumentação ou dados, apenas com medo. Isso é assustador, isso é uma batalha para impor artificialmente uma cultura.

Eles nunca buscaram aliados políticos e mesmo que você queira pedir desculpas pelo passado, eles não se importam. Eles não querem seu arrependimento, querem a sua cabeça numa bandeja. O próprio boicote ao jogo deu terrivelmente errado e a máscara caiu. Eles não querem um mundo mais justo, eles só querem destruir o mundo atual para construir novas estruturas sociais pelo próprio termo de "desconstrução". Eles fazem tudo isso sob o disfarce da bondade, da empatia e da justiça.

No fim de tudo, nunca se tratou de justiça e sim sobre controle. A esquerda reclama sempre que não tem espaço nas redes sociais e tem que se fechar em bolhas de grupos privados porque não suportam a coexistência com pessoas que têm outras opiniões, e eles por sua vez querem tentar impor sua visão através de quaisquer filmes, séries e até jogos. O Público está reagindo e rejeitando tudo isso, e os estúdios sentem o impacto, pois afinal, dinheiro fala mais alto pra uma empresa do que meia dúzia de lacradores no Twitter.

A Militância progressista não constrói nada pro mundo, são apenas parasitas que sugam a arte e deixam apenas um panfleto ideológico em seu lugar. O boicote é um poderoso instrumento libertário, é o livre mercado agindo em sua essência. Nenhum protesto é mais eficiente do que aquele feito com o dinheiro. 

Por isso, essas obras sem alma, feitas sem amor, precisam ser rejeitadas, para que novas e boas histórias possam florescer novamente ao invés de fazerem continuações medíocres ou reescreverem antigos contos.

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=YhFTK1mRDwg&pp=ygULdHJhZ2ljb21pY28%3D
"Seria BioShock uma crítica ao anarcocapitalismo?"
https://www.youtube.com/watch?v=-iu8-FRlPJE