Seu direito à saúde, garantido pela Constituição, vale menos do que papel higiênico quando o Estado decide quem vive, quem espera e quem morre na fila. Descubra o motivo do fracasso dos sistemas públicos de saúde.
Enquanto o Conselho Federal de Medicina amplia os critérios para cirurgia bariátrica, beneficiando potencialmente milhões de brasileiros, o SUS - esse monumento à ineficiência estatal - realiza apenas 10% dos procedimentos no país. Mais uma prova de que quando o estado promete "saúde para todos", o que entrega é fila, escassez e sofrimento. O cenário é tão previsível quanto trágico: de um lado, médicos e especialistas reconhecem a necessidade de ampliar o acesso à cirurgia bariátrica, procedimento que pode literalmente salvar vidas de pessoas com obesidade severa e comorbidades associadas. De outro, a máquina estatal, com seu monopólio sobre a "saúde pública", mostra-se completamente incapaz de atender à demanda, deixando milhares de brasileiros à própria sorte, presos em intermináveis filas de espera.
Os números não mentem e são estarrecedores: nos últimos quatro anos, o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil aumentou impressionantes 42%. Parece uma ótima notícia, não? Até descobrirmos que 90% desses procedimentos foram realizados por planos de saúde ou de forma particular. Apenas míseros 10% foram feitos pelo SUS, esse mesmo sistema que consome bilhões dos nossos impostos anualmente e que é vendido como a grande conquista social brasileira. O Conselho Federal de Medicina (o CFM) recentemente atualizou suas diretrizes, ampliando o público elegível para a cirurgia bariátrica. Agora, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) a partir de 35, mesmo sem comorbidades, ou com IMC a partir de 30 com doenças associadas, podem ser candidatas ao procedimento.
Mas de que adianta ampliar os critérios se o sistema estatal de saúde é incapaz de atender até mesmo à demanda anterior? É como anunciar que todos têm direito a um carro novo, mas só entregar um a cada dez pessoas - e após anos de espera. O restante que se vire, ou morra tentando. A realidade é que o SUS, como todo monopólio estatal, sofre dos mesmos problemas crônicos: ineficiência, desperdício, corrupção e falta de incentivos para melhorar. Enquanto hospitais privados e planos de saúde precisam satisfazer seus clientes para continuar existindo, o SUS continua a receber bilhões independentemente de seu desempenho. Afinal, você é obrigado a financiá-lo através dos seus impostos, quer utilize seus serviços ou não, quer esteja satisfeito ou não.
(Sugestão de Pausa)
É o paradoxo da "saúde gratuita": custa caríssimo aos contribuintes e, quando mais precisam, descobrem que, na prática, não está disponível. Pergunte a qualquer pessoa que já tentou marcar uma consulta especializada ou um procedimento cirúrgico pelo SUS. A resposta quase sempre envolve meses ou anos de espera, quando não a completa impossibilidade de acesso. No caso específico da cirurgia bariátrica, a situação é ainda mais cruel. A obesidade severa não é apenas um problema estético - é uma condição que compromete seriamente a saúde e a qualidade de vida, aumentando o risco de diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e diversas outras complicações. Para muitos pacientes, a cirurgia não é uma opção, mas uma necessidade urgente. E o Estado, com sua arrogância característica, os condena a esperar indefinidamente por um procedimento que poderia transformar suas vidas.
Enquanto isso, o setor privado, mesmo sufocado por regulamentações absurdas e uma carga tributária extorsiva, consegue atender à demanda com muito mais eficiência. Os planos de saúde e hospitais particulares, que precisam competir entre si e satisfazer seus clientes para sobreviver, realizam 90% das cirurgias bariátricas no país. Imagine o que seriam capazes de fazer se fossem realmente livres para inovar, e se não tivessem que carregar o peso do estado nas costas. A solução para esse problema, como para tantos outros, não está em mais estado, mais impostos ou mais "programas sociais". Está na liberdade de empreender. Está em permitir que as pessoas decidam como gastar seu próprio dinheiro com saúde, em vez de confiscá-lo para financiar um sistema ineficiente. Está em abrir o mercado de saúde à competição real, eliminando as barreiras regulatórias que protegem monopólios e cartéis. Está em responsabilizar os prestadores de serviços pelos resultados entregues, algo que só acontece quando os clientes podem escolher livremente.
Imagine um cenário em que você pudesse escolher para onde vai o dinheiro que hoje é confiscado para financiar o SUS. Você poderia contratar um plano de saúde que realmente atendesse às suas necessidades, poupar para eventuais procedimentos ou ainda contribuir para instituições de caridade que cuidam dos verdadeiramente necessitados. As possibilidades seriam infinitas — e todas, certamente, mais eficientes do que o atual modelo estatal.
(Sugestão de Pausa)
Os defensores do status quo argumentarão que, sem o SUS, os mais pobres ficariam desassistidos. Trata-se de um argumento falacioso, que ignora completamente como a intervenção estatal distorce o mercado e encarece os serviços de saúde.
Em um mercado verdadeiramente livre, os preços tenderiam a cair drasticamente, tornando os cuidados médicos acessíveis a muito mais pessoas. Além disso, a caridade voluntária — que já faz muito mais pelos necessitados do que qualquer programa governamental — floresceria ainda mais em um ambiente em que as pessoas pudessem manter uma parcela maior de seus próprios recursos.
O caso da cirurgia bariátrica no SUS é apenas um sintoma de uma doença muito maior: a crença irracional de que o estado pode e deve prover todos os serviços essenciais à população. É uma crença que ignora a realidade econômica, os incentivos perversos criados pelos monopólios estatais e a superioridade moral e prática da cooperação voluntária sobre a coerção. Enquanto continuarmos a acreditar nessa fantasia, continuaremos a ver cenas como as descritas na reportagem: pessoas que precisam desesperadamente de um procedimento médico, têm direito a ele no papel, mas, na prática, são deixadas à própria sorte por um sistema que promete muito e entrega pouco.
(Sugestão de Pausa)
A situação da cirurgia bariátrica no Brasil é um microcosmo perfeito dos problemas inerentes a qualquer sistema de saúde estatizado. Quando o estado monopoliza um setor tão vital, eliminando ou restringindo severamente a competição, os resultados são sempre os mesmos: escassez, filas, deterioração da qualidade e frustração generalizada. É a famosa "tragédia dos comuns" aplicada à saúde - quando todos supostamente são donos de algo, na prática, ninguém é responsável por seu bom funcionamento. O mais revoltante nessa história é que os mesmos políticos e burocratas que defendem ardorosamente o monopólio estatal da saúde raramente utilizam o SUS quando eles próprios ou seus familiares precisam de atendimento médico. Com seus salários generosos e planos de saúde premium pagos com dinheiro público, recorrem ao sistema privado que tanto criticam em seus discursos. É o velho "faça o que eu digo, não faça o que eu faço" tão característico da classe política brasileira.
Enquanto isso, milhões de brasileiros que realmente dependem do SUS enfrentam a dura realidade de um sistema cronicamente subfinanciado e mal gerido. No caso específico da cirurgia bariátrica, pacientes que preenchem todos os critérios médicos para o procedimento são forçados a esperar anos em filas que parecem não ter fim. Muitos desenvolvem complicações graves durante essa espera, alguns até morrem, vítimas das complicações da obesidade. O mais triste é que essa situação não é exclusiva do Brasil. Em praticamente todos os países onde o estado assumiu o controle da saúde, vemos problemas semelhantes. No Canadá, pacientes esperam meses por procedimentos que nos Estados Unidos podem ser realizados em dias ou semanas. No Reino Unido, o NHS (National Health Service) enfrenta crises recorrentes, com pacientes sendo tratados em corredores de hospitais superlotados. Na Suécia, modelo de welfare state para muitos, as filas para cirurgias eletivas são tão longas que o governo teve que implementar uma "garantia de cuidado" - que frequentemente não é cumprida.
(Sugestão de Pausa)
A razão para esse fracasso universal dos sistemas estatais de saúde é simples: eles violam princípios básicos de economia e incentivos humanos. Quando você remove o mecanismo de preços e a competição de um setor, elimina justamente os sinais e incentivos que permitem a alocação eficiente de recursos escassos. Quando você financia um serviço mediante impostos compulsórios, em vez de pagamentos voluntários, cria uma desconexão fatal entre o custo e o benefício percebido pelos usuários. No caso da cirurgia bariátrica no SUS, vemos claramente como essa desconexão leva a resultados desastrosos. O sistema não tem incentivos reais para aumentar sua capacidade de realizar esses procedimentos, mesmo sabendo que eles são custo-efetivos a longo prazo (pois previnem complicações caras da obesidade). Sem a pressão da competição e sem o feedback direto dos preços, o SUS continua a operar em um ritmo muito lento, indiferente ao sofrimento daqueles que esperam na fila. Enquanto isso, aqueles senadores e deputados que têm auxílio de plano de saúde privado, custeado com o dinheiro dos nossos impostos, e nunca usam o sistema público de saúde, continuarão a gritar: Viva o SUS!
https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/03/21/fila-do-sus-para-cirurgia-bariatrica-cai-mais-da-metade-mas-tempo-de-espera-pode-levar-um-ano.ghtml
https://sbcbm.org.br/apenas-02-da-populacao-brasileira-que-necessita-de-cirurgia-bariatrica-recebeu-o-tratamento-em-2023/