A farra no Banco do Nordeste: Mais Cabides de Empregos para Você BANCAR!

Com a desculpa esfarrapada de inovar o setor financeiro público, o governo Lula pretende criar cabides de emprego usando o Banco do Nordeste. Claro que tem uma pegadinha muito cara nesse tipo de política. E Viva a festa ostentosa da democracia!

O Banco do Nordeste do Brasil, o BNB, conhecido por sua atuação focada no desenvolvimento regional do Nordeste, agora se vê no centro de uma polêmica sobre gastos públicos e gestão ineficiente. Com a recente aprovação do Projeto de Lei 1708/2025 pela Câmara dos Deputados, a instituição poderá ter a autorização para criar subsidiárias estatais, ampliando o aparato governamental no setor financeiro. O projeto tramitou de forma surpreendentemente acelerada na Câmara dos Deputados, ignorando debates essenciais sobre seus verdadeiros impactos. Agora, aguarda apreciação no Senado Federal, onde se aprovado, confirmará o desejo dos aliados do presidente Lula e abrirá portas para possíveis cabides de empregos e um aumento significativo do custo para o pagador de impostos. Enquanto a população enfrenta dificuldades econômicas, aumento da carga tributária, corrupção e incompetência na gestão pública, a aprovação desse projeto levanta dúvidas sobre suas reais intenções.
Segundo o governo federal, o qual foi o autor da proposta, a criação de subsidiárias é uma prática adotada pelas principais instituições financeiras do mercado brasileiro, como o Banco do Brasil; que contem as seguintes subsidiárias: Ativos S.A, BB Administradora de Cartões de Crédito S.A, BB Consórcios, BB seguridade, e outros mais. No caso da Caixa Econômica Federal; as entidades ligadas a ela são: Caixa Seguridade, Caixa Lotérica, Caixa Capitalização, Caixa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Durante a sessão de plenário em que o projeto foi analisado, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), relatou o projeto e deu parecer favorável ao texto e afirmou que criar subsidiárias na BNB é uma necessidade de mercado. Segundo o parlamentar petista: "Esse esforço visa ampliar ferramentas de atuação no mercado financeiro para colocar o banco dentro da perspectiva de disputa nesse mercado; e adaptar o banco às práticas das grandes instituições públicas, porque ele é um banco de desenvolvimento". A justificativa do substitutivo é assinada pelos ministros da Economia, Fernando Haddad, e pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
(Sugestão de Pausa)
Em menos de dois meses, o projeto passou pelas comissões sem grandes discussões e com aprovação expressiva, o que levanta suspeitas sobre articulações políticas por trás da iniciativa. Foram poucas vozes representativas no Congresso que fizeram oposição ao projeto de criação de cabides de emprego. Uma delas foi o deputado Luiz Lima (Novo-RJ). Para o congressista, o histórico de nomeações políticas do banco deve ser encarada com muita preocupação em relação à criação dessas subsidiárias. Em sua conclusão o deputado disse; "Ele [o Projeto de Lei 1708/2025] não vale, mediante os escândalos que se apresentam nos últimos anos, dar manutenção e ampliação desse setor".
O rápido andamento contrasta com outras pautas que afetam diretamente o trabalhador e o pagador de impostos. Quando se fala de uma autêntica reforma tributária, redução da burocracia estatal e privatizações, o Congresso tende a se arrastar por anos sem soluções definitivas. No entanto, quando se trata de expansão do Estado, especialmente aumento de salários e benefícios para os servidores do governo, os políticos agem com muita urgência e sem debates longos e necessários. Logo, o que se pode perceber, é que o Congresso nunca foi a casa do povo, mas sim um grande ninho de burocratas que só pensam nos interesses do Estado e deles mesmos. Eles são representantes das suas ambições, ganâncias e projetos de poder, nunca foram do povo. 
(Sugestão de Pausa)
A criação de subsidiárias estatais pelo Banco do Nordeste do Brasil representa um aumento direto na estrutura estatal, com impactos que podem se refletir no orçamento público e na cobrança de mais impostos para sustentar a nova gestão. Embora o governo argumente que o intuito da medida seja modernizar a governança, os custos dessa iniciativa recairão sobre o povo brasileiro, que financia todo esse circo de horrores do Estado. Isso apenas comprova que há um forte incentivo por parte do governo para continuar expandindo o Estado e concentrando a renda nas mãos de uma elite que vive dos impostos.
Historicamente, a criação de estatais e subsidiárias não se traduz em maior eficiência. Ao contrário, muitas dessas instituições acabam sendo deficitárias, exigindo sucessivos aportes de recursos públicos para manter sua operação. No caso do Banco do Nordeste, os possíveis setores de atuação das novas subsidiárias são similares as entidades vinculadas ao Banco do Brasil e a Caixa, como: seguros e previdências, capitalização e serviços financeiros complementares. O argumento oficial é que essa diversificação permitirá maior competitividade no mercado. No entanto, a experiência com outras estatais mostra que, na prática, essas subsidiárias se tornaram dependentes do Tesouro Nacional, gerando déficits que, em última instância, são cobertos pelos impostos roubados pela população.
(Sugestão de Pausa)
A burocracia nas subsidiárias estatais pode afastar o investimento privado de diversas formas. Primeiro, processos internos excessivamente complexos e demorados dificultam a tomada de decisões estratégicas e a implementação de inovações. Empresas privadas, que operam com maior agilidade, acabam evitando parcerias ou investimentos em setores dominados por estatais, pois enfrentam dificuldades para competir com regras pouco transparentes e entraves administrativos. Além disso, a necessidade de cumprir regulamentos rígidos e a interferência política na gestão dessas empresas geram insegurança jurídica, desestimulando investidores que buscam previsibilidade e eficiência. Outro ponto que revela a problematização do aumento das subsidiárias é a limitação da competição no mercado. Ao usufruírem de vantagens das quais as empresas privadas não possuem, como o dinheiro dos impostos que podem ser utilizados para cobrir rombos, benefícios fiscais e acesso facilitado de crédito público, elas acabam criando um ambiente injusto de concorrência. Isso pode levar à formação de monopólio ou oligopólio estatais, impedindo que empresas privadas prosperem e ofereçam serviços melhores do que as instituições financeiras estatais.
Outro aspecto preocupante é o risco de que essas novas subsidiárias se tornem cabides de empregos, usados para acomodar aliados políticos e manter redes de influência dentro da máquina pública. Esse modelo já foi visto em diversas outras estatais, onde o preenchimento de cargos ocorre por indicações políticas em vez de competência e resultados. Apesar de a maioria dos cargos públicos serem destinados aos concursados, as posições elevadas de empresas e órgãos estatais, são geralmente segregadas para indicações políticas. Isso pode levar as entidades públicas a serem governadas por pessoas desqualificadas; e o pior, por pessoas de má-fé. Com a criação das subsidiárias do Banco do Nordeste, abre-se um novo espaço para esse tipo de estratégia, o que significa mais burocracia, menos produtividade e maiores custos. Como resultado, temos um setor estatal inchado, com baixa competitividade e incapaz de se adaptar às demandas do mercado.
(Sugestão de Pausa)
E por último e não menos importante; no Brasil, há um triste histórico de escândalos de corrupção em subsidiárias. A Operação Lava Jato, iniciada em 2014, revelou um esquema bilionário de desvio de verbas públicas na Petrobrás e suas subsidiárias como a Transpetro e BR Distribuidora. O esquema envolvia pagamento de propinas para obtenção de contratos superfaturados. Outras empreiteiras envolvidas foram a: Eletronuclear e Furnas: subsidiárias da Eletrobras. Ela também foi alvo de investigação por corrupção da usina nuclear de Angra 3. Os executivos foram presos por envolvimento em fraudes e desvios de recursos. Como, por exemplo: Othon Luiz Pinheiro da Silva; Ex-presidente da Eletronuclear, acusado de receber 4,5 milhões de reais em propinas. Outra pessoa envolvida foi o Flávio David Barra; Executivo da Andrade Gutierrez, envolvido no consórcio de Angra 3. Além destes, diversas refinarias da Petrobras, como: Abreu, Lima e Pasadena Refinery, estiveram no centro de escândalos de superfaturamento e pagamento de propinas. No caso da Pasadena, nos Estados Unidos, gerou prejuízos bilionários para a estatal.
O cidadão, que deveria ser - teoricamente - o principal beneficiado por qualquer iniciativa governamental, foi deixado à margem dessa decisão. Mas isso só nos comprova a natureza exploratória e corrupta do estado. Com o Projeto de Lei 1708/2025 agora em análise no Senado Federal, há o risco de aprovação sem qualquer questionamento por parte dos senadores, já que não há indícios de articulação para obstruir a proposta.
Infelizmente, o Brasil segue na direção de mais gastos públicos, sustentados pelo suor dos empreendedores e trabalhadores que já não suportam carregar nas costas a pesada máquina estatal. É fundamental a disseminação de informações como esta, que escancaram a hipocrisia de um governo que jamais representou verdadeiramente os pagadores de impostos — apenas pensam na sua própria e luxuosa “festa da democracia”, na qual poucos se beneficiam.

Referências:

https://oantagonista.com.br/economia/a-nova-jogada-do-governo-lula-para-ampliar-cabides-de-emprego-no-banco-do-nordeste/

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2887413&filename=PL%201708/2025