Joe Biden Perdoa Filho e Abala os EUA: Nepotismo ou Justiça?

Em um ato que está dividindo a América, Joe Biden concede perdão total ao filho Hunter, acusado de crimes fiscais e compra ilegal de arma. Seria um gesto de compaixão ou o maior exemplo de nepotismo na história recente dos EUA?

No dia 1 de dezembro de 2024, o velho velhaco e presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (vulgo Creepy Joe), concedeu um perdão total e incondicional ao seu filho, Hunter Biden, que enfrentava condenações federais por compra ilegal de armas e sonegação de impostos. Essa decisão, que impede uma possível sentença de prisão para Hunter, denota a mentira e hipocrisia do véio babão, que havia afirmado que não interferiria nos processos judiciais envolvendo seu filho.

As acusações contra Hunter Biden vem desde 2018, durante um período tumultuado de sua vida, marcado por problemas com o abuso de substâncias e questões financeiras. No mês de outubro de 2018, Hunter Biden adquiriu um revólver em uma loja de artigos esportivos localizada em Delaware. No momento da compra, ele foi obrigado a preencher um formulário federal que é necessário para qualquer aquisição de armas nos Estados Unidos. Esse documento inclui uma série de perguntas para determinar a elegibilidade do comprador, incluindo histórico criminal e uso de substâncias controladas.

Hunter respondeu "não" à pergunta sobre se ele era um usuário de drogas ou dependente de substâncias controladas. Essa declaração foi posteriormente contestada com base em evidências de que, naquele período, ele estava lutando contra o vício em crack, conforme relatos documentados em seu próprio livro de memórias e em depoimentos públicos.

A alegação de falsidade documental ganhou força à medida que as investigações mostraram que Hunter havia sido internado várias vezes para reabilitação de drogas antes e depois de 2018. Fotografias, mensagens de texto e outros registros eletrônicos incluídos no processo corroboraram as alegações de que ele estava em um estado de abuso ativo de substâncias no momento da compra da arma.

Além disso, a arma em questão se tornou objeto de controvérsia adicional quando foi descartada, pela sua namorada, em uma lixeira próxima a uma escola. A mulher estava preocupada com os riscos associados à posse do objeto por Hunter. Esse incidente foi investigado separadamente, mas não resultou em acusações criminais adicionais.

O filhinho do papai, muito provavelmente, é mais ancap do que eu e você juntos, já que ele enfrentou acusações de não pagar impostos federais entre 2017 e 2018. Ele teria recebido uma quantia significativa de dinheiro durante esse período, principalmente de negócios realizados no exterior, incluindo atividades na Ucrânia e na China, mas não declarou nem pagou os impostos correspondentes.

Os promotores federais alegaram que ele acumulou uma dívida tributária superior a US$ 1,4 milhão. Embora Hunter tenha, posteriormente, quitado os valores devidos, a ação foi considerada insuficiente para anular as acusações, dado que o pagamento foi realizado apenas após a abertura das investigações formais.

As investigações contra Hunter Biden foram impulsionadas por controvérsias políticas durante a campanha presidencial de Joe Biden em 2020. O laptop de Hunter, supostamente contendo e-mails, fotos e mensagens pessoais, tornou-se um ponto central das acusações feitas por adversários políticos, incluindo o ex-presidente Donald Trump e seus aliados. Muitos argumentaram que as transações comerciais de Hunter no exterior, particularmente em países como a Ucrânia e a China, poderiam indicar conflitos de interesse e até mesmo corrupção.

Embora as acusações relacionadas a esses negócios internacionais não tenham resultado em condenações criminais, os detalhes de sua vida pessoal, como uso de drogas e problemas fiscais, foram amplamente divulgados e se tornaram munição para seus críticos.

Antes da concessão do perdão, Joe Biden havia declarado publicamente que não utilizaria seus poderes presidenciais para intervir nos processos legais de seu filho. Em junho de 2024, após a condenação de Hunter, o presidente afirmou: "Vou acatar a decisão do júri. Não vou perdoá-lo." Essa posição foi reiterada pela Casa Branca em diversas ocasiões, enfatizando o compromisso de não interferência nos assuntos judiciais.

Ao anunciar o perdão, Joe Biden justificou sua decisão alegando que "as acusações contra Hunter foram politicamente motivadas e representaram um erro judicial". Até parece a história de um certo Molusco de Nove Dedos que não foi oficialmente inocentado, mas teve suas acusações removidas num certo país da américa latina, não é mesmo? Biden argumentou que as acusações surgiram após adversários políticos instigarem investigações com o objetivo de atacá-lo e se opor à sua eleição.

A decisão de Joe Biden de conceder um perdão total e incondicional a seu filho Hunter Biden teve um impacto profundo no cenário político dos Estados Unidos. O Partido Republicano, liderado pelo presidente eleito Donald Trump, reagiu com veemência à decisão. Trump utilizou as plataformas digitais para criticar Biden. Ele classificou o perdão como um "abuso de poder" e questionou a moralidade de proteger um membro da família enquanto outras pessoas enfrentam punições rigorosas por crimes semelhantes.

Além de Trump, outros líderes republicanos apontaram a concessão do perdão como um exemplo de hipocrisia e nepotismo. Eles argumentaram que Biden, enquanto presidente, deveria manter a imparcialidade no sistema de justiça, mas que sua decisão comprometeu a percepção de integridade da presidência. Alguns congressistas republicanos também prometeram investigar o uso do poder de perdão presidencial, considerando-o um abuso potencial.

Dentro do Partido Democrata, embora muitos líderes democratas tenham expressado solidariedade ao presidente em um contexto pessoal, também houve críticas contundentes à decisão, especialmente entre os membros mais moderados.

O governador do Colorado, Jared Polis, resumiu o sentimento de muitos ao afirmar que, embora entendesse o desejo de Biden de proteger seu filho, a decisão representava um precedente perigoso para futuros presidentes. Outros democratas temem que a concessão do perdão enfraqueça os argumentos do partido sobre o compromisso com a transparência e a justiça imparcial, especialmente à luz das acusações de corrupção e abuso de poder frequentemente dirigidas ao Partido Republicano durante a administração Trump.

A decisão de Biden foi recebida com uma cobertura midiática extensa e polarizada. Enquanto veículos de comunicação alinhados à esquerda, como MSNBC e CNN, enfatizaram o caráter humano e a complexidade do perdão, destacando a difícil luta de Hunter contra o vício, veículos conservadores como Fox News e Breitbart classificaram a ação como uma traição à justiça.

Os comentaristas conservadores reforçaram a narrativa de que a administração Biden usou o poder executivo para proteger membros da família de consequências legais, algo que foi criticado severamente durante o mandato de Trump. Essa cobertura contribuiu para aumentar a percepção de parcialidade na política americana, aprofundando ainda mais a divisão entre os dois principais partidos.

A decisão de Joe Biden de perdoar seu filho complicou ainda mais sua situação política nos últimos meses de mandato. Com Donald Trump assumindo a presidência em janeiro de 2025, Biden enfrenta ataques republicanos e promessas de investigações no Congresso.

Os republicanos planejam explorar o perdão para questionar a integridade de sua gestão, o que pode enfraquecer os democratas nas próximas eleições, especialmente entre eleitores independentes preocupados com ética e transparência.

Historicamente, presidentes dos EUA utilizaram o poder de perdão em situações controversas envolvendo familiares. Em 2001, o presidente Bill Clinton perdoou seu meio-irmão, Roger Clinton, por acusações de tráfico e posse de cocaína. Em 2020, Donald Trump concedeu perdão ao pai de seu genro, Charles Kushner, condenado por evasão fiscal e outros crimes. No entanto, em ambos os casos, os indivíduos já haviam cumprido suas penas quando receberam o perdão. No caso de Hunter Biden, o perdão foi concedido antes da sentença, evitando a prisão.

Justificada como uma resposta à perseguição política, a medida gerou debates sobre ética e transparência, especialmente em um momento de transição para uma administração republicana. A proximidade da posse de Donald Trump amplifica as tensões, prometendo um cenário político ainda mais polarizado.

Este caso expõe o que há de pior no sistema estatal: a concentração de poderes permite que líderes manipulem leis para proteger interesses próprios ou familiares, enquanto cidadãos comuns enfrentam um sistema implacável e parcial. Quando o presidente, a figura máxima do governo, utiliza um recurso extraordinário como o perdão para atender questões pessoais, a mensagem é clara: existem dois sistemas de justiça, um para os poderosos e outro para o restante da população.

Do ponto de vista libertário, essa situação é um exemplo contundente da falência do Estado como guardião da justiça. O poder de perdoar, originalmente pensado como um mecanismo de compaixão, se torna uma ferramenta de injustiça governamental, evidenciando o abuso estrutural inerente ao sistema. Ao invés de proteger direitos e garantir justiça com igualdade, o Estado reafirma sua verdadeira natureza: um aparato que privilegia os poucos em detrimento de muitos.

Referências:

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/01/biden-concede-perdao-total-e-incondicional-ao-filho-hunter-e-evita-que-ele-seja-preso.ghtml
https://www.terra.com.br/noticias/biden-concede-perdao-presidencial-ao-filho-hunter%2Cd7d8881d5998034e1b167ad2b7d3a21bncuuqqz5.html