Com popularidade em queda, governo Lula tenta, de forma desesperada, enfrentar o maior de seus desafios: a informação descentralizada e distribuída.
Certamente, você tem acompanhado o resultado das pesquisas mais recentes, a respeito da popularidade do Lula - ou melhor, da queda dessa popularidade. Para nós, isso soa como música para os ouvidos; contudo, esses novos resultados caíram como uma bomba no governo do Molusco. A coisa foi tão séria para os petistas, que o Lula convocou uma reunião com os seus ministros para conversar sobre esse tema.
Mas, afinal de contas, por que o governo PT considera isso um problema tão grande? Muitos podem afirmar que isso não deveria fazer diferença, uma vez que os petistas sempre governaram à revelia da vontade popular mesmo. Acontece que, atualmente, Lula não tem qualquer capacidade de governo - isso é, inclusive, bastante óbvio. Por um lado, ele e seus ministros têm apanhado, com consistência, no Congresso Nacional. Por outro lado, o pouco que o governo conseguiu fazer, foi com as bênçãos do STF.
Veja, por exemplo, que as únicas medidas relevantes para o governo Lula, do ponto de vista econômico, foram aprovadas a duras penas no Congresso - às custas de muitos cargos e emendas. E as medidas em questão - a saber, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - só foram aprovadas, porque eram interessantes para os parlamentares - mais grana no bolso de todos. Até então, o único trunfo político do Lula era sua suposta popularidade; só que isso é cada vez mais questionável. Enquanto a aprovação do Lula despenca, Bolsonaro continua arrastando multidões. Esse enfraquecimento da imagem do Nine Fingers pode significar o seu fim, do ponto de vista político.
Mas, o quão grande foi essa queda? E o que a explica? Bem, vamos aos dados: de acordo com a pesquisa mais recente, realizada e divulgada pela Genial/Quaest, a aprovação do Lula caiu de 54% para 51%, desde a última pesquisa - realizada em dezembro de 2023. Em meados do ano passado, inclusive, essa aprovação chegou a ser de 60%. Já a reprovação da ‘Alma mais honesta do Brasil’ subiu de 43% para 46%, no mesmo período.
De forma geral, o percentual dos que consideram o governo Lula positivo caiu de 36% para 35%; já o dos que o consideram negativo, subiu de 29% para 34%. Ou seja: as avaliações nos extremos da opinião pública já estão praticamente empatadas, dentro da margem de erro. É importante frisar, também, que essa queda na popularidade foi observada em todas as regiões do país, e em todos os extratos sociais.
Também o número dos que acreditam que o governo Lula está pior do que o esperado disparou: eram 18% na pesquisa anterior; agora, esse percentual subiu para 35%. Trata-se, na prática, de um verdadeiro desastre, do ponto de vista da opinião pública. Mesmo em grandes cidades, onde o Lula foi muito bem votado, em 2022 - como São Paulo e Salvador, - sua popularidade tem caído com consistência. Mas, afinal de contas, quais pontos têm levado a esse cenário? De forma geral, podemos apontar dois aspectos principais.
O primeiro deles, naturalmente, é o econômico. A citada pesquisa também avaliou esse tema. De acordo com o que foi apurado, o percentual dos que acreditam que a economia está pior do que antes saltou de 31%, em dezembro, para 38%, no fim de fevereiro. E como de lá pra cá a coisa só fez piorar, hoje esse patamar seria ainda pior, sem dúvidas. Também o número dos que acreditam que a economia vai melhorar caiu (lembrando que o brasileiro é tipicamente muito otimista): eram 55% na pesquisa anterior; agora, são 46%.
Mas, de acordo com os dados oficiais do governo do amor do Lule, a economia não melhorou, em 2023? Afinal de contas, tivemos um crescimento do PIB na ordem de 2,9%, o desemprego está em queda e a inflação está controlada… Bem, certamente você sabe, tão bem quanto eu, que esses números são mais do que enganosos. O PIB, por exemplo, cresceu apenas no primeiro semestre do ano passado - muito por conta do carrego estatístico do governo anterior. Na segunda metade do ano, porém, a economia estacionou. Na verdade, há quem desconfie de que os números do segundo semestre de 2023 foram marretados, para evitar a apresentação de uma recessão técnica.
Já a inflação é outro show à parte - e estamos falando, é claro, de muito esforço realizado pelo Pochmann e sua turminha do IBGE. Por outro lado, a queda no número de desempregados se deve, exclusivamente, ao aumento no número dos desalentados. Já falamos sobre esse caso, de forma específica, no vídeo: “Tem algo de MUITO ERRADO com os dados do EMPREGO no BRASIL” - link na descrição.
O grande problema para o governo atual, porém, é que, ainda que esses números fossem reais, a massa da população não entende esse economiquês todo. Para o povão, o afegão médio, o que importa mesmo é o que pode ser visto no dia-a-dia. E o que brasileiro tem visto, na prática, são preços cada vez mais altos nas gôndolas do supermercado, o vizinho que não consegue um emprego tem meses, e o Seu João tendo que fechar a venda da esquina. Para todos os efeitos, o brasileiro está percebendo, mais uma vez, o completo desastre que é a economia, sob um governo Lula.
Mas a coisa não pára por aí: existe, ainda, outro fator que colabora, bastante, para a queda na popularidade do degustador de aguardente: a questão de Israel. Se você analisar as pesquisas sobre a aprovação do atual governo, num período de tempo maior, você vai perceber que todas elas apresentam a aprovação do Lula em queda, a partir de outubro para cá. E foi justamente nessa época que o conflito entre Hamas e Israel começou. Depois das comparações com o Holocauso, feitas no início deste ano, a popularidade do Molusco despencou de vez. Ou seja: muita gente está reprovando o Lula, por conta de suas falas desastrosas contra Israel. O bom, para todos nós, é que ele continua cometendo esse erro!
O próprio João Santana, que foi o marqueteiro-mor do PT em épocas passadas, fez sua leitura a respeito da situação. Muito se questionou a respeito da comunicação no governo Lula - com o setor político empurrando a culpa para o setor midiático do governo. Mas João Santana, vulgo “Feira”, desmentiu esse ponto: “Fala-se muito que o governo tem problema de comunicação, mas acho que, na verdade, a comunicação sofre problemas de governo”. Detalhe: ele falou isso em maio do ano passado! Sem dúvidas, hoje, sua convicção a esse respeito está ainda maior.
É certo que a esquerda ainda bate cabeça, tentando entender os motivos que fazem com que a popularidade do Lula derreta tão rápido. A base aliada do Molusco está em polvorosa, e nenhuma solução imediata parece ser viável. Eles não sabem explicar esse fenômeno; mas nós, libertários, sabemos sim o que está acontecendo. Algo fundamental mudou, desde que o Lula saiu do poder, muitos anos atrás. Estamos falando, é claro, da informação descentralizada e distribuída.
O antigo método usado pelo PT e sua gentalha para domesticar a opinião pública não funciona mais. Hoje, não basta apenas fazer um PIX para a Rede Globo, para controlar o que povo vai saber ou no que ele vai acreditar: a internet é incensurável e - o melhor de tudo - está disponível para todos. Esse fenômeno é real: o número dos que foram petistas inveterados, no passado, e que agora se arrependem dessa escolha, é cada vez maior.
O Brasil, de fato, está definitivamente polarizado. Muito se discute a esse respeito, com aliados do Lula dizendo que ele deveria apostar em unificar a população, e não em dividi-la ainda mais. A verdade, contudo, é que qualquer discurso de conciliação vai esbarrar na realidade. As medidas propostas pelo Lula são inaceitáveis para uma parcela cada vez maior da população. Esses nunca aceitarão esse tipo de política; e a tendência, portanto, é que a rejeição ao governo petista apenas seja ampliada, ao longo dos meses.
Por outro lado, aqueles que se deixaram enganar pelo canto da sereia do ex-condenado, estão despertando para a realidade. A parcela mais pobre da população já percebeu que sua vida está pior, hoje, do que antes, no governo Bolsonaro. Já aqueles idiotas úteis progressistas, que fizeram o L com gosto, achando que o governo Lula 3.0 teria preservação do meio ambiente e mulher negra trans indígena não-binária no STF, já quebraram a cara. Essas pessoas ainda não viraram a casaca, por completo; mas isso é apenas uma questão de tempo.
Já foi a época em que o Lula podia falar suas besteiras e cometer seus atos de ingerência política sem repercussão. Hoje, qualquer nova atrocidade dita pelo Molusco se espalha pela internet quase que imediatamente. No atual estado de coisas, com a informação descentralizada e distribuída, é impossível controlar a opinião pública - por mais que o PT tente fazer isso, é claro. A tendência, portanto, é que a popularidade do amigo do Maduro apenas piore, e seu governo se torne cada vez mais fraco. Mas nós, é claro, jamais vamos reclamar disso: quanto mais fraco for o governo, melhor para todos os indivíduos.
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pesquisa-desaprovacao-lula-cresce-piora-economia/?utm_source=twitter&utm_medium=midia-social&utm_campaign=gazeta-do-povo
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/03/6816405-governo-lula-queda-da-popularidade-em-pesquisas-chega-em-ma-hora.html
https://static.poder360.com.br/2024/03/pesquisa-quaest-aprovacao-lula-6mar2024.pdf
"Tem algo de MUITO ERRADO com os dados do EMPREGO no BRASIL"
https://www.youtube.com/watch?v=B9AaSacl-hY