A esquerda descobriu que o estado é gordo demais para caber nas vielas das regiões mais pobres e fica em choque por saber que os pequenos templos evangélicos cabem.
Estamos num ano eleitoreiro e está na hora do político ateu e marxista fingir que gosta de igreja, já que o Datafolha avisa à todos: "As igrejas evangélicas de São Paulo têm em sua base uma maioria de mulheres negras, em famílias com renda de até três salários mínimos. Essa é a cara do crente médio numa cidade onde 71% do segmento frequentam templos de pequeno porte, que comportam até 200 pessoas e se multiplicam pelas periferias."
Por incrível que pareça, isso surpreende o "especialista" do Datafolha, que diz que: "um panorama que pouco tem a ver com o imaginário alimentado por quem acompanha a distância a expansão evangélica na cidade. A tentação de associá-la a pastores ricos, quase sempre brancos e donos de impérios religiosos, é forte".
É verdade, a tentação de forçar a realidade a encaixar na ideologia é grande, mas a vontade de reeleger um pinguço corrupto socialista para continuar roubando cada vez mais a sociedade é maior, o "especialista" tem mesmo que se controlar. E Falando em "controlar", uma grande parte dos pequenos templos nem tem CNPJ, pra alegria do crente anarquista e pra tristeza dos estatistas. Agora me responda, como é que o Taxadd vai taxar essas igrejas? Como um burocrata qualquer vai inventar que falta algum certificado, autorização, carimbo ou coisa do tipo para mandar a polícia ir lá, fechar, e assim diminuir o alcance daqueles pastores que ousarem falar o que o governo não quer?
Outra coisa interessante é o tamanho desses templos que comportam até 200 pessoas. É mais ou menos o tamanho das tribos que moldaram a evolução do cérebro humano durante milhares de anos antes da invenção do estado centralizado, assim como nos ensina Hoppe em seu livro "Uma breve história do homem". Em todo o mundo, exceto em ditaduras socialistas, igrejas pagam menos ou nenhum imposto. Além disso, atualmente, em todo o mundo, exceto em teocracias como o Irã, a contribuição para a igreja é voluntária. Numa notícia do começo deste ano sobre a tramitação da PEC 5/23, que amplia a imunidade tributária das igrejas no Brasil, há uma explicação muito simples do porquê esse milagre ocorre em meio a toda a sanha do Leviatã de extorquir tudo o que pode.
Igrejas tiram pessoas do crime, drogas, álcool, depressão e suicídio, ajudando na manutenção da paz social e economizando recursos do Estado. Elas resgatam cidadãos, trazendo-os de volta à sociedade e ao trabalho, evitando crimes, fortalecendo famílias e prolongando vidas. Sustentadas por seus membros, que já pagam impostos, as igrejas realizam um trabalho de formiguinha que o Estado usa como desculpa para cobrar mais impostos. Descentralizadas e distribuídas, elas fazem parte de uma rede de informação e interação comunitária.
Nas sinagogas e mesquitas, é comum fazer negócios e doações, ensinar a ler e interpretar a Bíblia. Na tragédia do Rio Grande do Sul, igrejas foram fundamentais na assistência. As igrejas entregam assistência a vulneráveis, educação e saúde, áreas que estão sempre entre as maiores preocupações dos brasileiros. Elas focam na prevenção, combatendo drogas pelo lado da demanda sem violência, criando laços de amizade e família que preenchem o vazio existencial.
Vícios como drogas, sexo e redes sociais distraem temporariamente as pessoas do vazio existencial, mas aumentam o desespero e a solidão. Cientistas reconhecem a conexão entre solidão, desespero e vícios, observada até em ratos. As igrejas previnem esse ciclo vicioso, oferecendo conforto sobre a morte e ajudando a enfrentar a única certeza da vida, além dos impostos.
Às vezes as igrejas também atuam na remediação. Sempre que acontece greve de policiais militares, como a de 2017 no Espírito Santo, o caos se instala, e pessoas se refugiam dentro de espaços públicos fechados e grandes, como escolas, shopping centers e igrejas. Quem acompanhou as notícias durante esses episódios de caos viu imagens de igrejas fechadas com gente dentro e homens civis armados protegendo do lado de fora.
O fenômeno do evangélico médio ser mulher, não ser branco e ser pobre não é novo, mas parece ter sido descoberto pela elite aristocrática socialista em 2018, junto dos velhinhos "fascistas" do zap que, em sua maioria, eram mulheres também, vejam só. A imprensa oficial dessa elite tem se esforçado mais para caracterizar e tentar explicar esse fenômeno desde 2020: uma busca rápida no Google mostra "negros são maioria" em reportagem de 2022 e "mulheres negras são maioria" em reportagens de 2021 e 2020.
Assim como na política e na cultura não é a direita que está ganhando e sim a esquerda que está perdendo, por causa da informação descentralizada e distribuída. Na organização social não é a religião que está ganhando e sim o estado centralizado que está perdendo. Tanto é verdade que os fiéis desconfiam quando os pastores pedem voto para um político em vez de uma ideia, segundo outra matéria de 2024.
Será que com uma visão austro-libertária é possível explicar melhor este fenômeno? Vejamos:
Um libertário não nega a biologia básica, ao contrário dos esquerdistas. Homens e mulheres têm diferenças biológicas: mulheres buscam segurança e conformidade, enquanto homens são mais propensos ao risco e competição e isso se reflete em comportamentos sociais. Mulheres tendem a querer filhos mais do que homens, especialmente após os 30 anos, devido a pressões biológicas. Homens podem ter filhos por mais tempo e sua utilidade para o grupo não depende tanto da fertilidade.
Um libertário valoriza contratos, mas vê problemas no casamento ocidental, que favorece a parte teoricamente "frágil" mesmo em caso de quebra de contrato, similar à justiça trabalhista brasileira. Mulheres geralmente não querem casar com homens mais pobres, o que muitas vezes resulta em perda de patrimônio para os homens, mesmo quando traídos. O sistema legal ocidental não considera a traição crime, mas expor conversas privadas é. Juízes, influenciados por ideias sexistas deturpadas pelo marxismo, frequentemente punem mais os homens.
A reportagem destaca que 51% dos evangélicos em São Paulo estão casados ou "amigados". Entre evangélicos, que representam 25% da população, casar ainda é desejável, mas esse número reflete a dificuldade crescente de manter relacionamentos estáveis.
A igreja é um lugar de acolhimento, onde qualquer pessoa pode se integrar a uma comunidade, ganhar responsabilidades e receber reconhecimento. É um ambiente com regras claras e iguais para todos, favorecendo a formação de laços e casamentos. Para homens, a igreja oferece voluntarismo e respeito aos contratos, comuns em comunidades pequenas, onde o boicote é uma ferramenta eficaz.
Isso não significa que não existam problemas, como traições ou corrupção. Em uma sociedade descentralizada, haveria comunidades violentas controladas por criminosos e comunidades pacíficas em torno das igrejas. A escolha entre essas alternativas é clara.
Porém, toda vez que um libertário defende o aborto, evangélicos tendem a associar o libertarianismo com o afastamento de Deus e a morte sem salvação. Ao mesmo tempo, também podem ver irresponsabilidade, traição, degeneração e hedonismo. Isso se traduz em boicote e ostracismo por parte deles em relação a Libertários. Ou seja, até mesmo nas posições quase alienadas da fé, sem saber, eles praticam princípios libertários ligados ao livre mercado diariamente.
Devemos lembrar que a esquerda ainda controla a linguagem e as ideias pré-concebidas, como a de que desigualdade é sempre ruim e igualdade é sempre boa. O fortalecimento dos evangélicos, que preocupa a esquerda, é um exemplo claro de por que a guerra cultural é a mais importante. Perder na pauta de moral e costumes, inevitavelmente, leva à derrota no capital politico.
Enquanto a esquerda se preocupa com a grande quantidade de pobres, negros, pardos e mulheres no cristianismo, nós libertários devemos usar isso a nosso favor na guerra cultural. Devemos mostrar como os princípios libertários já são praticados nessas comunidades, enfraquecendo cada vez mais a influência marxista. Aproveitar essa oportunidade nos permitirá fortalecer nossos valores e ideias e irá nos garantir mais possibilidades de livre mercado e aliados na guerra contra aqueles que só adoram ao deus Estado.
[1] https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/07/mulheres-negras-sao-maioria-nas-igrejas-evangelicas-paulistanas-aponta-pesquisa-datafolha.shtml
[2] https://www.camara.leg.br/noticias/1038542-comissao-aprova-ampliacao-de-imunidade-tributaria-para-igrejas
[3] https://exame.com/brasil/populacao-define-saude-como-prioridade-para-proximos-prefeitos-diz-pesquisa-futura-inteligencia/
[4] https://mental.jmir.org/2020/1/e14035
[5] https://www.brookings.edu/articles/addiction-by-design-place-isolation-and-deaths-of-despair/
[6] https://www.consultant360.com/articles/why-do-people-addictions-seek-escape-rather-connect-look-approach-addiction-treatment
[7] https://www.sciencedaily.com/releases/2013/01/130123165040.htm
[8] https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_da_seguran%C3%A7a_p%C3%BAblica_no_Esp%C3%ADrito_Santo_em_2017
[9] https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/11/negros-sao-maioria-nas-igrejas-evangelicas-e-desigualdade-ajuda-a-explicar.shtml
[10] https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/01/por-que-mulheres-negras-sao-maioria-nas-igrejas-evangelicas.shtml
[11] https://www.cartacapital.com.br/sociedade/mulheres-negras-sao-maioria-entre-evangelicos-aponta-datafolha/
[12] https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/07/maioria-dos-evangelicos-paulistanos-e-contra-pastor-indicar-voto-mostra-datafolha.shtml
[13] https://www.youtube.com/watch?v=NzCO0G8AGLU
[14] https://dnatesting.com/30-of-men-not-the-father/
[15] https://www.youtube.com/watch?v=Ex0nQtXL4Ew