O Estado NUNCA PARA de CRESCER: Governo Anuncia 7.700 Novas Vagas Para AUMENTAR a Máquina Pública

Enquanto você trabalha cada vez mais para pagar impostos, o governo celebra a contratação de milhares de novos funcionários. Descubra para onde vai o seu dinheiro e como a máquina pública está ficando ainda maior e mais pesada.

O governo do Brasil anunciou uma notícia com grande orgulho. Na última quinta-feira, dia 4 de setembro de 2025, foi confirmada a nomeação de mais de 7.700 novos servidores públicos. A medida foi apresentada como um passo crucial para a "Transformação do estado". O objetivo declarado é modernizar a administração e fortalecer políticas públicas.

Para quem lê a manchete oficial, a impressão é de progresso. Parece que o governo está investindo em áreas importantes. Mas uma análise mais atenta revela a verdadeira natureza dessa expansão. Cada novo funcionário público representa um custo permanente para a sociedade. Um custo que não é pago com dinheiro que surge do nada. Ele é pago com o seu dinheiro, extraído através de impostos.

A narrativa oficial tenta vender a ideia de que mais estado significa melhores serviços. Dizem que essas contratações vão ampliar a eficiência e a capacidade de resposta do governo. Mas a lógica e a história mostram o contrário. O crescimento do aparato estatal raramente se traduz em benefícios reais para a população. Na maioria das vezes, significa apenas mais burocracia, mais controle e um fardo mais pesado para quem produz.

Este anúncio não é um evento isolado. Ele é parte de uma tendência contínua de expansão do poder e do tamanho do estado. É fundamental que cada indivíduo entenda o que está por trás desses números. É preciso questionar a quem realmente serve o fortalecimento da máquina pública. Este artigo vai dissecar essa notícia, mostrando o custo real e as verdadeiras consequências dessa decisão.

Vamos analisar os detalhes da distribuição dessas novas vagas. Os números revelam um foco claro em áreas de fiscalização, regulação e controle. Não se trata de um reforço em serviços diretos ao cidadão, mas sim de um fortalecimento do poder de intervenção do estado na vida e nos negócios das pessoas.

Segundo o anúncio oficial, a área de fiscalização do trabalho receberá 855 novos auditores. Isso significa mais fiscais para impor regras e multas a empresas. Para o empreendedor, que já luta com uma carga tributária e regulatória esmagadora, isso representa mais um obstáculo. Mais burocratas para verificar conformidades e aplicar sanções.

As agências reguladoras, conhecidas por criarem barreiras de entrada e dificultarem a concorrência, receberão mais 142 especialistas. Cada nova regulação, por mais bem-intencionada que pareça, serve para consolidar o poder de grandes empresas e impedir a inovação de pequenos concorrentes. Fortalecer essas agências é fortalecer o cartelismo sancionado pelo estado.

Outras áreas que verão um inchaço significativo são o INCRA, com 742 novos postos, e a FUNAI, com 502. Ambos os órgãos estão diretamente ligados a questões de propriedade de terra. Aumentar seu pessoal significa intensificar a capacidade do estado de intervir em disputas e redefinir direitos de propriedade, gerando insegurança jurídica.

A Perícia Médica Federal terá 500 novos peritos. O meio ambiente contará com mais 350 analistas. A Advocacia-Geral da União (AGU), o escritório de advocacia do próprio estado, ganhará 400 novos membros para defender os interesses da máquina pública nos tribunais. O IBGE, responsável pelas estatísticas que guiam as políticas públicas, receberá 890 servidores. E a lista continua, abrangendo infraestrutura, tecnologia, saúde e planejamento.

A justificativa do governo é que esses novos funcionários irão "garantir maior capacidade de resposta às demandas sociais". Essa é uma frase vazia. A verdadeira demanda social é por menos impostos, menos burocracia e mais liberdade para trabalhar e empreender. A resposta do governo é o exato oposto: mais fiscais, mais reguladores, mais burocratas. Mais gente para administrar o dinheiro alheio.

A principal mentira contada para justificar o crescimento do estado é a da eficiência. Acredita-se que, ao contratar mais "especialistas" e "técnicos", o governo se tornará mais capaz de resolver os problemas da sociedade. Essa crença ignora a natureza fundamental da ação estatal. A burocracia, por definição, é ineficiente.

Diferente de uma empresa privada, o estado não opera sob o mecanismo de lucros e prejuízos. Uma empresa que oferece um serviço ruim ou caro perde clientes e vai à falência. Isso a força a ser eficiente e a atender às necessidades dos consumidores. O estado, por outro lado, não tem concorrentes. Seus "clientes" são obrigados a pagar pelos seus "serviços" através de impostos, quer gostem ou não.

Sem o teste do mercado, não há como saber se um serviço público é realmente valioso ou se os recursos estão sendo bem alocados. O gestor público não tem os sinais de preço para guiar suas decisões. O resultado é o desperdício, a má alocação de recursos e a busca por poder, em vez da busca por resultados. Contratar mais 7.700 pessoas não muda essa lógica. Apenas a amplifica.

O governo argumenta que, mesmo com as novas nomeações, a despesa com pessoal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) irá cair. Eles projetam uma queda de 2,68% em 2022 para 2,59% em 2026. Essa estatística é enganosa. Primeiro, ela depende de uma projeção otimista do crescimento do PIB. Segundo, ela mascara o custo absoluto. A folha de pagamento federal continua a ser uma das maiores despesas do orçamento. Reajustes recentes para o funcionalismo já garantiram um impacto de R$ 16 bilhões para 2025. Cada novo servidor é uma despesa que se estenderá por décadas, incluindo salários, benefícios e uma generosa aposentadoria.

Enquanto o trabalhador do setor privado enfrenta a incerteza e a competição, o servidor público desfruta de uma estabilidade que o isola das consequências de suas ações. Essa estabilidade não serve para protegê-lo de pressões políticas, como diz a lenda. Serve para permitir que ele e suas corporações pressionem o governo por ainda mais privilégios, sempre às custas de quem paga a conta.

Frequentemente, defensores do estado grande usam comparações internacionais para justificar seu crescimento. Eles apontam que, em países da OCDE, a proporção de servidores públicos na força de trabalho é, em média, de 23,48%, enquanto no Brasil seria de cerca de 12,4%. O argumento é que o país ainda teria um "estado pequeno" e com "poucos funcionários".

Essa é uma das falácias mais perigosas. O problema não é o número absoluto de funcionários, mas sim o seu custo, a sua função e a sua produtividade. Um país pode até ter poucos servidores, mas se eles forem extremamente caros e dedicados a atividades extrativas e regulatórias, o dano à economia será imenso. É exatamente o caso brasileiro.

O funcionalismo público federal no Brasil possui uma remuneração média muito superior à do setor privado. Um estudo do Instituto Mises Brasil mostrou que, entre 2003 e 2018, a elite do funcionalismo federal teve ganhos salariais reais de 53%. Essa disparidade cria uma casta de privilegiados, sustentada pelo trabalho de milhões de pessoas que ganham muito menos.

Além disso, a função desses servidores é crucial. Um professor ou um médico em um país desenvolvido pode ser um servidor público, mas está entregando um serviço final. No Brasil, grande parte do inchaço ocorre em funções de meio: fiscalização, regulação, planejamento e controle. São atividades que não geram riqueza. Pelo contrário, elas consomem riqueza e dificultam a vida de quem a gera.

Portanto, a comparação com a OCDE é desonesta. Ela ignora a realidade de um setor público que paga salários desproporcionais para exercer funções que, em sua maioria, servem para expandir o controle estatal. Trazer o percentual de servidores para a média da OCDE, mantendo o mesmo perfil de custo e função, seria a receita para a falência completa da economia. O objetivo não deve ser ter mais ou menos funcionários que outros países. O objetivo deve ser ter um estado que se limite a proteger a vida, a liberdade e a propriedade, algo que pode ser feito com uma fração mínima do aparato atual.

O anúncio da contratação de mais de 7.700 servidores não é motivo para comemoração. É a celebração do crescimento do aparato que vive à custa da sociedade produtiva. Cada nova vaga preenchida no serviço público é mais um dreno nos recursos que poderiam ser usados para investimento, poupança e consumo. É mais um indivíduo que deixa o setor produtivo para se juntar à burocracia estatal.

A "transformação do estado" que o governo prega é uma fraude. A verdadeira transformação seria uma redução drástica de seu tamanho e de suas funções. Seria o fim dos privilégios, a privatização de estatais e a eliminação de agências reguladoras e cargos desnecessários. Seria devolver o dinheiro e o poder de decisão para os indivíduos.

O que estamos vendo é o oposto. É o fortalecimento do estado como um fim em si mesmo. Um monstro burocrático que cresce continuamente, alimentando-se da energia e da riqueza da população. Ele se justifica com promessas de eficiência e justiça social, mas entrega apenas mais controle, mais custos e menos liberdade.

A notícia pode parecer pequena diante dos grandes problemas do país. Mas ela é sintomática. Ela revela a mentalidade de quem está no poder: a crença de que a solução para tudo é sempre mais estado. Cabe a cada um de nós enxergar além da propaganda oficial. Cabe a nós entendermos que cada novo fiscal, cada novo regulador, é um peso a mais em nossas costas. E cabe a nós rejeitarmos essa visão de mundo, defendendo a única transformação que realmente importa: a transformação de uma sociedade controlada pelo estado em uma sociedade de indivíduos livres.

Referências:

https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202509/governo-federal-autoriza-mais-de-7-7-mil-nomeacoes-em-2025-para-fortalecer-a-transformacao-do-estado
https://www.gov.br/gestao/pt-br/assuntos/noticias/2025/se/governo-federal-autoriza-mais-de-7-7-mil-nomeacoes-em-2025-para-fortalecer-a-transformacao-do-estado
https://mises.org.br/artigos/2577/como-os-funcionarios-publicos-se-tornaram-uma-casta-privilegiada-e-quase-intocavel