Autoridades TRIBUTÁRIAS e EXCHANGES buscam criar o CRIPTO CONFORME acabando com sua PRIVACIDADE

O governo está de olho nas suas criptomoedas. A Receita Federal está apertando o cerco, buscando maneiras de taxar ainda mais o que possui, desta vez mirando no mercado de criptoativos.

Os libertários, com toda razão, estão se afastando dos papéis coloridos e sem valor real que os Bancos Centrais insistem em imprimir. O sistema de moeda fiduciária está em colapso e, sinceramente, não há salvação. O termo fiduciário vem da expressão latina, Fiat, que significa “Faça-se” ou “que assim seja”. Indica que algo deve ser feito ou que um comando deve ser executado. No contexto econômico, se refere ao dinheiro que tem valor porque o governo decretou e por isso deve ser aceito como meio de pagamento, mesmo que haja carência de qualquer tipo de lastro.

A maioria das pessoas ainda acredita que o dinheiro é respaldado por ouro ou reservas governamentais. Mas isso não é verdade. O dinheiro não tem lastro desde 1971, quando o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, acabou com o padrão-ouro. Por isso, podemos afirmar que o real não passa de papel colorido lastreado em confiança de políticos. Com o colapso iminente de seu esquema fraudulento, o governo, em sua ganância, volta sua atenção para o Bitcoin, um dos melhores refúgios para aqueles que buscam escapar do controle estatal.

Entretanto, o governo não gosta de pessoas livres. No dia 14 de agosto de 2024, houve uma reunião entre autoridades tributárias e representantes de várias empresas que operam com criptoativos no Brasil. Intitulado como Cripto Conforme, visa criar um programa mais amigável para que as corretoras e carteiras de cripto no exterior “se sintam incentivadas a informar ao governo brasileiro as movimentações realizadas por cidadãos bananenses”. Ainda segundo a reportagem, é o “primeiro passo para a regularização das operações com criptomoedas e a equiparação das regras para as empresas brasileiras e estrangeiras”. O programa, segundo dizem, buscará incentivar que as empresas estrangeiras passem a informar todas as operações, possibilitando maior fiscalização pela Receita. E fica claro que o objetivo final é o “aumento da arrecadação e tributação das operações com moedas digitais, ainda que as operações sejam realizadas exclusivamente no exterior”.

A subsecretária de Fiscalização, auditora-fiscal Andrea Costa Chaves, “agradeceu a participação da ABCripto, de empresas brasileiras e de representantes de instituições prestadoras de serviços de pagamentos no país de exchanges internacionais, destacando a importância de os modelos de negócios serem apresentados pelo setor à Receita Federal”. Ou seja, nossa querida RFB e as empresas do setor estão de conluio para roubar coercitivamente o seu dinheiro. Como observa Murray Rothbard: “Quando um grande empresário abraça entusiasticamente a parceria entre governo e empresas; meus amigos, é bom ficar de olho nas suas carteiras, pois você está prestes a ser espoliado”.

Os benevolentes fiscais do governo, sempre prontos para proteger o investidor, justificam sua intromissão devido aos riscos do mercado. Segundo a Receita, o objetivo é conhecer melhor as manifestações de riqueza dos contribuintes e aprimorar seus procedimentos de gerenciamento de riscos. Mas sabemos que, no fundo, trata-se de mais uma tentativa de controlar e taxar tudo produzido pelas empresas e pessoas. Essa vigilância crescente sobre este mercado demonstra que a fome do estado é voraz e ele não descansará até que tenha extorquido o máximo possível de seus cidadãos.

Acreditamos que o dinheiro deve ser uma medida fiel de valor, mas o que temos hoje é uma aberração. A verdade é que o único dinheiro verdadeiramente justo aos olhos de Deus é o dinheiro sólido e honesto. A Bíblia nos ensina que pesos e medidas falsas são uma abominação ao Senhor, como escrito em Provérbios 20:10. É exatamente isso que vemos com a moeda fiduciária. Os bancos, em conluio com o governo, não estão seguindo as regras definidas por Deus. A ruptura total do padrão-ouro, selou o destino de nosso sistema monetário. Isso é nada menos que roubo institucionalizado. Dinheiro injusto, o qual é constantemente inflacionado, é um roubo direto e uma violação clara do oitavo mandamento: “Não furtarás”.

Não podemos confiar nosso dinheiro ao governo, precisamos de uma alternativa de ferramenta monetária. Friedrich Hayek nos alertou: “Nunca teremos uma boa moeda enquanto estiver nas mãos do governo. Não podemos tirá-lo à força, mas podemos criar algo que eles não consigam controlar”. É por isso que o bitcoin é tão necessário. Ele surge, então, como uma resposta divina a essa injustiça. Essa moeda é a agulha que fura a bolha da política monetária imoral de estados corruptos e gananciosos, que roubam a riqueza e o futuro de seus cidadãos.

As corretoras de criptomoedas, ao impor suas regras de Conheça seu Cliente, ou KYC, como é mais conhecido, estão minando a essência do que torna o bitcoin uma ferramenta de liberdade financeira. Quando elas vinculam as informações da blockchain às identidades reais, transformam cada transação em um livro aberto para o governo e qualquer outro interessado. Essa invasão de privacidade é precisamente o que o bitcoin foi criado para evitar.

Não é surpresa que governos ao redor do mundo estejam intensificando a pressão sobre essas corretoras. Afinal, para o estado, a verdadeira ameaça não é o bitcoin, mas a possibilidade de perder o controle sobre o sistema monetário. Quando entregamos nossas criptomoedas a uma corretora, estamos essencialmente transferindo nosso poder e privacidade de volta para o sistema que sempre buscou nos controlar. As corretoras são instrumentos de custódia regulamentados que permitem que alguns comparsas poderosos tragam o máximo de bitcoin possível sob sua posse e o escrutínio do estado. Possuir bitcoin em corretoras não é possuir bitcoin, mas uma promessa de resgatar bitcoin. Essas entidades são ferramentas fiduciárias tradicionais que capacitam intermediários regulamentados e desincentivam a autocustódia e as práticas de privacidade.

É muito importante entendermos que o bitcoin nas mãos de uma corretora não é nosso. Trata-se apenas de uma extensão aprimorada do sistema fiduciário, no qual o controle está nas mãos dos intermediários e, por extensão, do governo. A custódia fornecida pelas corretoras são positivas para os entes centrais; em vez disso, a autocustódia e a privacidade são uma ameaça à capacidade do estado de controlar a economia e extrair recursos dela. Pense assim, todas as criptomoedas que estão em posse de uma corretora no seu nome, estão em uma carteira de três chaves, que precisa apenas de duas para abrir. Uma fica com você, uma com a exchange e outra com o governo. Se o governo quiser expropriar seu dinheiro sem seu consentimento, ele consegue. Agora, se as suas criptomoedas estiverem em uma carteira na qual apenas você tem a custódia das chaves, ninguém pode acessar.

Se o bitcoin foi criado para ser uma forma de dinheiro descentralizada e resistente à perseguição e censura, então mantê-lo sob custódia das corretoras é abjurar esse propósito. A verdadeira liberdade financeira só pode ser alcançada quando temos o controle total sobre nossas moedas, fora do alcance das mãos gananciosas do estado e de seus asseclas. Além disso, o Banco Central está avançando com a criação de uma Moeda Digital. O objetivo é ter controle absoluto sobre o dinheiro que possuímos. Isso significa que o governo poderá programar uma data de validade para o seu dinheiro, forçando-o a gastá-lo antes que expire. Mas não para por aí. Eles também poderão determinar onde poderá gastá-lo, limitando as compras a certas lojas, sites ou regiões, enquanto bloqueiam outras.

Esse nível de controle pode ser ainda mais invasivo, ao vincular sua moeda digital a diversos aspectos de sua vida, como sua pontuação de crédito, histórico de saúde, identidade digital e até mesmo outras métricas sociais. Com essa integração, o governo pode programar restrições baseadas em sua pontuação em áreas específicas ou no que consideram ser a necessidade da economia naquele momento. E o mais alarmante é que, com as CBDCs, o governo conseguirá monitorar cada movimento financeiro que fizermos, tornando a privacidade uma coisa do passado.

Como disse Satoshi Nakamoto: “Com a moeda eletrônica baseada em prova criptográfica, sem a necessidade de confiar em um terceiro intermediário, o dinheiro pode ser seguro e as transações sem esforço”. O bitcoin tem o potencial de nos libertar da manipulação abrangente e do controle do sistema de moedas fiduciárias e inflacionadas imposto pelo governo. Com ele temos as propriedades monetárias superiores de qualquer ativo já conhecido.

Por isso, após assistir esse vídeo, tire seus bitcoins das corretoras e aprenda como guardá-los em carteiras seguras. E se ainda não trocou os papéis coloridos do governo, procure uma forma segura de adquirir a moedinha da internet. Fuja do sistema diabólico das moedas fiduciárias impostas pelos governos. Lembre-se: o bitcoin foi criado para proporcionar liberdade, não para ser um novo alvo de impostos injustos.

Referências:

https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/noticias/2024/agosto/cripto-conforme-receita-federal-avanca-em-acao-de-conformidade-de-exchanges-de-criptoativos

https://mises.org.br/livros/104/desestatizacao-do-dinheiro

https://mises.org.br/livros/100/o-que-o-governo-fez-com-o-nosso-dinheiro

https://mises.org.br/livros/91/bitcoin-a-moeda-na-era-digital