O homeschooling pode salvar nossa sociedade

Como defensores da liberdade, sabemos que a solução para uma vida melhor nunca virá do estado, e de que esta instituição apenas quer controlar nossa vida e doutrinar nossas crianças.

Uma das alternativas mais importantes para manter nossas crianças livres da doutrinação estatal é educá-las em casa. Infelizmente, no Brasil, a prática do homeschooling é sempre atacada por pessoas poderosas do establishment – seja do judiciário ou da classe política. Apesar de não ser inconstitucional, nossos políticos evitam sempre aprovar leis que sejam favoráveis a esse método de ensino, mas este não é o maior problema. Foi criado uma mentalidade no povo brasileiro de que diploma equivale à inteligência e a instrução formal do estado equivale a uma educação de qualidade. Esse erro com certeza faz muita gente cultuar o sistema de ensino regulamentado pelo Ministério da Educação e achar que a prática a educação domiciliar é um malefício às crianças e adolescentes.

Na visão contraditória dos estatistas e comunistas, os próprios pais não têm capacidade de educar seus filhos, mas jovens de 16 anos podem votar no candidato à presidência que definirá o futuro do país. Se os pais não têm, de fato, inteligência e capacidade de tomar boas decisões para o futuro dos seus filhos, então por que eles teriam a capacidade de eleger um bom presidente? Essa é uma pergunta que, infelizmente, ninguém ousa responder.

A verdade é que, a cada dia, os pais não se sentem representados por algumas ideias divulgadas nas escolas. Podemos trazer aqui o exemplo de pais cristãos que estão preocupados com uma grande influência progressista em muitas escolas, que molda a cabeça de seus filhos. Jovens garotas começam a rejeitar a própria família e sua feminilidade após serem contaminadas pelo progressismo. Assim, por não encontrarem boas escolas perto de suas casas que refletem seus princípios e valores morais, a única alternativa que resta a essas pessoas é o ensino domiciliar. Cabe lembrar que não é difícil os pais conseguirem dicas e orientações na internet em como ensinar seus filhos a ler, a fazer conta e outras coisas. Além disso, existem ótimos livros com preços acessíveis sobre educação domiciliar e outros tantos com conteúdo educativos para crianças. Mesmo pessoas de baixa renda conseguem adquirir esse material, portanto, o argumento de que pessoas pobres não conseguem praticar o homeschooling é fajuto.

Sabemos que o sistema de ensino estatal é apenas uma arma para divulgar entre os alunos a mentalidade pró-estado – ou seja, aquela mentalidade conformista que legitima e aceita o poder e dominação estatal. É assim que o leviatã nos domina e essa elite política nos escraviza com nosso próprio consentimento e apoio. Mas o outro objetivo do sistema de ensino público, numa social-democracia, é criar a ilusão de que o estado é uma entidade benevolente e que nos ajuda com serviços gratuitos, o que é uma grande mentira. A origem da educação pública moderna foi na Prússia, no século XIX, um país militarista que precisou cooptar as crianças desde cedo para doutriná-las a servir ao estado nas guerras. A educação estatal compulsória também foi adotada por outros países, como a França pós-revolução frances. Tanto é verdade que o ditador Napoleão Bonaparte iria promulgar, em 1802, a Lei da Universidade, estabelecendo o ensino público obrigatório. Se quiser saber mais sobre a história das escolas estatais, recomendamos o vídeo “Uma breve história das escolas públicas”, link disponível na descrição.

As ideias de Paulo Freire e o construtivismo tomaram conta de muitas escolas públicas, já que seus professores e diretores foram doutrinados pelos mesmos métodos. Surgiram na internet vídeos absurdos em que um professor tentava normalizar o roubo em sala de aula, mostrando o bandido como vítima da sociedade que apenas cumpria o seu trabalho, deixando muitos pais chocados. Esses pais jamais sonhariam que seus filhos estavam numa sala de aula aprendendo esse excremento chamado marxismo, em vez de se prepararem para o mercado de trabalho. E se levarmos em conta que as poucas escolas de qualidade que se tem são caras, fica inviável para muitos pais fugirem do sistema público de ensino.

Um exemplo de que o estado não se importa nenhum pouco com a verdadeira educação, e sim com controle, é o caso da jovem brasileira Elisa Flemer. Estudando em casa, através da internet, a moça conseguiu tirar uma excelente nota no ENEM e passar no curso de engenharia civil na USP, uma das universidades mais concorridas de São Paulo. O judiciário brasileiro, ao tomar conhecimento de que ela não tinha terminado o ensino médio, impediu a jovem de seguir seu sonho, mesmo estando capacitada para tanto. Elisa defende que o ensino domiciliar deveria ser uma escolha do aluno e dos pais e, na época, ela explicou à imprensa que decidiu sair da escola por não se adaptar aos métodos de ensino tradicionais. O caso dela só nos mostra que o sistema de ensino estatal não faz bem a todos os alunos, e que é uma agressão à liberdade individual, as pessoas serem coagidas a frequentarem esse serviço público.

Algumas pessoas – ao falarem do homeschooling e até defenderem sua regulamentação – dizem que o governo deve ter o poder de fiscalizar e exigir que os pais tenham a capacitação adequada. Estamos na era digital, e a internet nos disponibiliza uma série de cursos gratuitos que capacitam quem tem interesse. Antigamente, a informação era muito mais valiosa por ser extremamente cara e escassa, hoje em dia, felizmente, isso não é mais uma realidade. Outro argumento de entidades que lutam contra a legalização do homeschooling, como a Todos pela Educação, é de que as crianças educadas em casa não têm convívio com outras crianças. É claro que isso não é verdade, afinal, interagir socialmente com outras pessoas não é algo exclusivo de escolas, e as crianças e adolescentes podem fazer isso em outros espaços. Essa entidade declarou que é um perigo que as crianças educadas em casa sejam privadas de ter contato com ideias e visões de mundo contraditórias àquelas que são expostas em casa. No entanto, isso é exatamente o que vemos o próprio governo e seus funcionários fazerem nas universidades, que se tornaram ambientes totalmente hostis a ideias divergentes. Faça um teste você mesmo: experimente frequentar uma faculdade pública de ciências humanas e discordar das visões marxistas em sala de aula. Alunos declaradamente de direita, conservadores ou libertários – que abertamente se opõe aos movimentos socialistas e progressistas em universidades – são sabotados pelos professores e excluídos por outros alunos.

Não podemos negar também os inúmeros casos de bullying e problemas de relacionamento em escolas, já que pessoas totalmente diferentes são obrigadas a frequentarem as mesmas salas de aula. Brigas, exclusão, indisciplina são muito comuns no ensino tradicional e as falhas da escola estatal não devem ser ignoradas. Esses traumas já causaram inúmeras mortes de alunos problemáticos e depressivos que entram nas escolas e começam a atirar em todos pela frente.

Além disso, se analisarmos quantos alunos realmente saem da educação tradicional com alto nível de interpretação de texto e conhecimento da língua portuguesa, veremos que as escolas brasileiras deixam a desejar. Isso sem mencionar que os estudantes se formam no ensino médio sem capacitação técnica para o mercado de trabalho, passando a ter enormes dificuldades em conseguir o primeiro emprego.

O que tem que ser colocado em xeque, além do que foi falado aqui, é que o Ministério da Educação, criado pelo fascista Getúlio Vargas, tem um enorme custo para o povo brasileiro. Todas as pessoas que geram valor no mercado estão sendo obrigadas a financiar essa instituição que nunca trouxe resultados concretos. Custando alguns bilhões de reais e beneficiando toda uma casta de funcionários públicos que vivem encastelados em Brasília, essa instituição não conhece as necessidades das famílias. Políticos e burocratas de Brasília estão muito mais preocupados em beneficiar grupos de interesse, como sindicalistas e funcionários públicos, do que em melhorar a capacitação dos jovens. Na era digital, os novos modelos de ensino e aprendizagem devem ser levados em consideração pelo benefício do progresso humano. Além disso, se levarmos em consideração os interesses e aptidões de cada aluno, a ideia de se criar um modelo de ensino homogêneo em todo o país beira a insanidade. Poucas pessoas têm saído da escola verdadeiramente emancipadas, desenvolvendo bem o intelecto, a inteligência emocional e tem habilidades demandadas pelo mercado de trabalho.

A solução, levando em consideração a natureza única de cada ser humano, é trazer a liberdade de escolha. Qualquer ideia de homogeneização do sistema de ensino é um método ineficiente que apenas visa restringir as possibilidades de aprendizado. Enfim, uma reflexão do jornalista americano, H. L. Mencken, nos faz perceber o mal que é o estado em nossas vidas:

⁠⁠”Ele [o Estado] assumiu uma vasta massa de novos deveres e responsabilidades, expandiu seus poderes até penetrar, secretamente, em todos os atos dos cidadãos. Ele começou por lançar em toda parte, operações com a alta dignidade e impecabilidade de uma religião de Estado. Seus agentes se tornaram uma casta separada e superior, com autoridade de prender e soltar, aprovar ou desaprovar todo produto. Mesmo assim, como foi desde o início, ele continua sendo o inimigo comum de todos os seres humanos bem-dispostos, produtivos e decentes”.

Referências:

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2022/05/18/jovem-que-adotou-homeschooling-defende-projeto-que-regulariza-ensino-domiciliar-foco-e-diversidade.ghtml
https://www.cursology.com.br/cursos/ana2/lessons/pr-rodrigo-sobre-homeschool-maio-de-2021/