Robert Kennedy Jr. DESISTE da candidatura. Isso Atrapalha ou Ajuda TRUMP?

Robert Kennedy Jr. anunciou que desistiu de sua candidatura em alguns estados americanos para a eleição presidencial, anunciando também seu apoio oficial à Trump. Mas isso é algo bom ou ruim?

Para quem não o conhece, Robert Kennedy Jr., como é possível ver pelo sobrenome, é sobrinho do antigo presidente democrata John F. Kennedy, assassinado durante um atentado envolvendo um atirador no Texas durante o período da Guerra Fria. Pela inspiração clara em seu tio, Kennedy Jr. quer se tornar futuramente presidente dos Estados Unidos e está concorrendo de maneira independente após o partido democrata apoiar Joe Biden e a Kamala Harris como os candidatos oficiais do partido.

No final de agosto, anunciou publicamente de que estava desistindo de sua campanha nos “estados-chave” americanos em pró de apoiar Trump e evitar atrapalhar uma eleição apertada, no qual, cada voto a mais pode fazer diferença para os dois lados. Tecnicamente, ele continua concorrendo nas eleições de outros estados comuns dos EUA, que por tradição sempre costumam ser pró democrata ou pró republicano, como a Califórnia e o Texas.

Os chamados estados-chave são locais que facilmente mudam seu posicionamento de eleição em eleição dependendo dos candidatos e por isso são uma constante disputa entre os dois partidos. Lembre-se que o sistema eleitoral deles para o cargo de presidente não funciona através do voto popular, mas via colégios eleitorais, no qual um estado tem um número que equivale ao total daquela população e o candidato com mais votos naquele estado é o ganhador. Para ficar mais claro: Se um estado valer 13 pontos e 51% votar no Trump enquanto 49% votar na Kamala Harris, o Trump por regra acaba ganhando todos os 13 pontos na corrida eleitoral. É claro que existem algumas maneiras de se burlar isso, com alguns estados punindo quem os utiliza, enquanto outros não possuem sequer regras contra esses subterfúgios. Caso esteja interessado assista o nosso vídeo “Maneiras Absurdas de como KAMALA HARRIS pode se tornar PRESIDENTE dos EUA”, o link está aqui na descrição.

Mas voltando ao assunto. Alguns rumores dizem que Trump e Kennedy negociaram pelo apoio do segundo em locais decisivos nos Estados Unidos em troca de participar do governo Trump, provavelmente em alguma área envolvendo a saúde ou coisa do tipo. Os detalhes ainda não são públicos e essas são apenas especulações. O Robert Kennedy Jr. é afiliado ao partido democrata, mas em comparação ao resto da corja Kennedy Jr. se assemelha muito mais aos membros antigos. Ele mesmo em seu anúncio de desistência da campanha em estados-chave disse que o partido democrata deixara de ser o partido da paz, da saúde e do povo e agora tinha se tornado “o partido da guerra e das indústrias farmacêuticas”, já que a maioria das guerras modernas dos EUA foram feitas pelos democratas.

Algumas das pautas de Kennedy Jr. vão de coisas simples como meio ambiente, com ele sendo advogado e trabalhando com ONGs como a Riverkeeper e a Natural Resources Defense Council, até polêmicas maiores no mainstream como os efeitos adversos das picadinhas. Ele falou diversas vezes sobre as picadinhas causarem efeitos colaterais, sendo totalmente contrário a imunização coercitiva, enquanto seu partido foi totalmente a favor de qualquer ordem dada durante o fecha tudo, inclusive suas medidas descabidas de isolamento. Assim como a tendência da direita americana, ele também é mais protecionista e não é a favor de várias intervenções estrangeiras para “restaurar a democracia”. O próprio Trump vê isso como um gasto inútil e custoso que não agrega nada a nação note-americana. Ele diz que poderia reinvestir esse dinheiro retirado via impostos na própria população ao invés de gastar para manter um governo de ocupação frágil em algum país do oriente médio, que logo desmorona com a saída das tropas.

Outro ponto em que ele discorda dos democratas e se aproxima mais dos republicanos é na questão da imigração, sendo a favor de diminuí-la, principalmente porque o número de pessoas que emigram ilegalmente para o país se tornou o maior da história, no último ano de 2023. Ele em si poderia ser descrito como um “esquerdista anti-sistema”, enquanto permanece no partido que justamente domina esse mesmo sistema, o que obviamente não combina, acabando por fazer ele não ser visto com bons olhos pelo resto dos democratas. Assim como o ditado popular diz que “os progressistas de hoje são os conservadores de amanhã”, até o próprio Donald Trump e Elon Musk já foram filiados ao partido democrata no passado. Partido este que hoje em dia se radicalizou tanto que faz com que velhos democratas se identifiquem muito mais com o partido opositor do que o atual. O próprio Kennedy Jr. tem muito mais pontos em comum com os republicanos do que com os democratas em si, que também já o excluíram diversas vezes.

Mas vale citar também que um dos 45 objetivos soviéticos, descritos pelo próprio ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, era o de dominar um dos dois partidos americanos para poder tornar a esquerda social democrata e comunista como algo viável na América do Norte. Caso queira ver o vídeo sobre este assunto, assista “Os 45 objetivos dos COMUNISTAS SOVIÉTICOS na AMÉRICA foram QUASE TODOS ATINGIDOS, falta só UM”, o link também está aqui embaixo na descrição. Além do afastamento e desdém que os democratas dão ao sobrinho do ex-presidente, ele mesmo apoia coisas que são muito mais comuns nos eleitores republicanos, puxando os votos indecisos de Trump. Caso puxasse mais votos da Kamala Harris, então não teria porque se retirar dos estados-chave, já que seria uma vantagem ao Trump.

Kennedy Jr. ainda se manterá na corrida presidencial no resto dos estados como uma maneira prática de testar sua popularidade e quantos votos conseguirá arrecadar no total, já que é muito pouco provável que desista completamente de tentar ser presidente nas próximas eleições, apenas devido à corrida apertada deste ano. O próprio Lula concorreu várias vezes antes de ser eleito presidente e o Biden esteve há 50 anos no partido democrata tentando virar presidente, para efeitos de comparação.

Ele também pode, se acabar tendo um cargo no novo governo Trump, o influenciar negativamente em alguns aspectos que os republicanos não dão tanto foco e repassam normalmente para o setor privado. Sabemos muito bem o que acontece quando o governo tenta se meter para melhorar algo que já está funcionando. Até mesmo pontos da campanha de Trump que poderiam ser fortes para puxar votos da centro-esquerda como a faculdade gratuita, são deixados de lado, concentrando os eleitores adolescentes na Kamala. Até pontos que seriam extremamente positivos para o Estados Unidos, sendo promissor para nós libertários, as tais cidades livres americanas que Trump afirmou querer fazer, não são bem exploradas na campanha e pouco se falou até agora sobre este tema, sendo que poderia ser um ponto-chave para mostrar aos eleitores aquela velha falcatrua de que agora será um governo novo cheio de reformas para o futuro.

Enquanto o público da direita brasileira está indo mais para o caminho da liberdade econômica, a direita americana concentrada em Trump no momento, ainda é fortemente protecionista quando se julga necessário. Embora ainda queiram baixos impostos e porte de armas, acham justo intervenção governamental em taxar empresas chinesas, por exemplo. Se o Joe Biden é uma Dilma americana, então Kamala Harris seria um Haddad de saia, Trump seria o Bolsonaro (por razões óbvias) e Robert Kennedy Jr. seria um Ciro Gomes, que tal como o coroné no Brasil, se posiciona na esquerda, é odiado pela esquerda mais popular, tenta puxar votos da direita, já concorreu várias vezes, e, no fim, acabará nunca se tornando presidente da república.

Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=jZeBU1R3WRI
https://www.youtube.com/watch?v=o7nzShqtzB0