Temos visto como a esquerda política visa criar uma narrativa para modificar o passado, e controlar o presente. Com as atuais figuras autoritárias que controlam o Brasil, podemos nos perguntar: já viramos uma distopia?
Os diversos mecanismos de controle que os comunistas e seus apologistas empregam e defendem são usados cada vez mais para o controle social em diversos países, muito além de Cuba e Venezuela. Apesar de pregarem a completa estatização dos meios de produção na teoria, e países como o Brasil e a China não se enquadrarem totalmente nesse ideal, por enquanto, o controle comunista segue avançando e explicaremos o motivo.
Muitos podem falar que há capitalismo e respeito à propriedade privada no Brasil ou até na China, e apesar de alguns reconhecerem o controle da informação na China, acreditam que o estado brasileiro permite tal liberdade. Mas a economia da maioria dos países rotulados de capitalistas é fortemente regulada e controlada pelo governo e seus burocratas. Raramente vemos cenários onde a livre iniciativa impera e onde grandes corporações não conseguem sequer fazer lobby para ganharem reserva de mercado, ou mesmo onde os sindicatos de funcionários públicos não exercem tanta pressão.
Portanto, rotular esses países de ‘capitalistas’, é um erro. Isso já nos mostra que carecemos de muita liberdade econômica e pior, no quesito liberdade de expressão, estamos trilhando o modelo chinês. Afinal, agentes da mais alta instância de poder do estado brasileiro podem definir como criminoso um ato político ou grupo de pessoas a qualquer momento e sob as mais diversas justificativas. Assim, da mesma forma que a oposição na China é perseguida e criminalizada, podemos vislumbrar um cenário em que isso ficará mais latente no Brasil.
De uns anos para cá, com a ampla divulgação de novas ideias que representam uma disrupção ao ‘status quo’ que sempre controlou o povo brasileiro, as elites sentiram a necessidade de cercear a liberdade de expressão. Violando princípios de liberdades individuais que estavam até mesmo protegidos pela Constituição de 88, alguns togados todo-poderosos resolveram manipular o discurso e criar bodes expiatórios para justificar perseguições ilegais e ilegítimas. Mas seria muita ingenuidade pensar que eles agem sozinhos.
Existe toda uma classe de pessoas, sejam políticos poderosos da esquerda que tem inúmeros contatos e influência, até outros tantos vendidos sem princípios morais que fazem parte desse regime, que carregam essa culpa. Cabe lembrar que instituições do judiciário que pensamos serem ocupadas por profissionais de perfis técnicos, são meros agentes de partidos políticos, já que o presidente da república é quem indica as pessoas para esses cargos. Assim, levando em consideração décadas de gestões petistas e dos tucanos, podemos ter certeza que esse aparelhamento começou há muito tempo atrás. Isso acaba com qualquer ideia de isenção que essas instituições poderiam ter, e abre brecha para um controle político e social total do estado brasileiro sobre nossas vidas.
Agora, além do aparelhamento político das instituições, novas tecnologias como a moeda digital, o DREX, que tem sido apresentada como facilitadora para as transações financeiras, podem piorar esse cenário distópico. Imagine o governo brasileiro, com sua sanha de controle, que busca expropriar cada centavo do povo brasileiro, e com o novo poder do judiciário que bloqueia contas e coloca multas exorbitantes em pessoas comuns, tendo acesso a uma ferramenta como o DREX.. O que podemos esperar? Sigilos bancários e o anonimato serão coisa do passado, já que o Banco Central terá informação sobre cada pessoa e transação, facilitando os métodos de punição e permitindo a criação de um sistema de engenharia social.
Impedir você de gastar e comprar determinados produtos ou de transferir dinheiro para certas pessoas, são possibilidades assustadoras que uma moeda digital monopolizada pelo Banco Central pode ter. Assim, destruir a vida de um dissidente poderá ser feito com questão de alguns minutos, com o simples apertar de um botão. Portanto, a grande inimiga a se combater no mundo financeiro será essa nova moeda digital do governo.
Cabe aqui perguntar: a quantos passos estamos do cenário sombrio de 1984, onde o Ministério da Verdade moldava a realidade? Para responder isso, vamos trazer uma definição bastante simples de distopia que você pode facilmente achar na internet:
“Distopia é qualquer representação ou descrição, organizacional ou social, cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma ‘utopia negativa’. O termo também se refere a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação”.
Um método muito comum de criar controle social eficaz ao longo da história das ditaduras foi espalhar medo entre a população, sempre ancorado em narrativas repetidas com frequência. No romance distópico, Fahrenheit 451, vemos que as pessoas sob o jugo do regime totalitário são ensinadas sobre os perigos dos livros e como elas podem sofrer as consequências se desobedecerem às ordens. Aqueles que ousam ler e guardar livros em casa são vistos como rebeldes insurgentes que ameaçam a ordem social, e representam um perigo aos seus concidadãos. Afinal, ideias são perigosas e elas podem iluminar mentes que estão adormecidas.
É comum também que o regime no poder crie inimigos em comum para unir a população em torno de uma causa, enganando as massas sobre o verdadeiro inimigo, como Josef Stalin fez na União Soviética, por exemplo. As propagandas soviéticas visavam difamar os inimigos do povo, sejam os Kulaks ou anti-revolucionários, como se eles fossem os culpados pelas mazelas do povo russo.
Apesar de antiga, a estratégia se repete e ainda funciona hoje. Por exemplo: você não acha estranho que as autoridades supremas da mais poderosa corte, aqui no Brasil, possam demonizar qualquer pessoa que divulga “ideias perigosas” rotulando essas pessoas de “antidemocráticos e radicais”? Quem seriam essas pessoas? Entre elas, um jovem gamer, conhecido por falar algumas abobrinhas em podcasts na internet, passou a ser visto como uma ameaça ao estado democrático de direito.
Em outros casos, você tem deputados que adotam críticas mais incisivas aos ditadores de plantão, e revelam algumas verdades constrangedoras para o poderoso establishment. Um deles, após soltar um vídeo criticando ‘Você Sabe Quem’, foi preso mesmo com imunidade parlamentar, enquanto vários apologistas do regime aplaudiam essa violação de direitos fundamentais.
A normalização da injustiça e do absurdo é sempre essencial para manter o regime de pé. O que antes era visto como um crime contra o indivíduo passa a ser normalizado através de justificativas de que estamos em tempos de ataque às instituições. Com a compra da mídia e das principais figuras do jornalismo e até do setor cultural, criar uma narrativa em benefício do regime se torna uma parte do processo para angariar apoio.
Numa sociedade materialista onde as pessoas estão sem virtudes e valores, é mais fácil comprar essas mentes que passam a servir ao establishment. Como a maioria das pessoas ou estão muito ocupadas buscando a própria sobrevivência ou estão sedadas por entretenimento fútil e barato, fica fácil incutir nelas as novas verdades a serem aceitas.
Na verdade, seguir o caminho da grande mentira a ser aceita socialmente é muito fácil, você não vira vítima de ostracismo social e consegue fazer parte da manada sedenta por sangue. Talvez isso te poupe durante um tempo, mas tão logo você ouse dizer algo ou se expresse de forma errada, você será a próxima vítima.
Cabe lembrar aqui de uma importante constatação de George Orwell:
“Quem controla o passado, controla o futuro: quem controla o presente controla o passado”.
A mídia controla a massa, e a mídia trabalha para figuras poderosas em conluio com a elite mais poderosa do país. Nem sempre é preciso contar mentiras fáceis de serem desmascaradas, mas é preciso repetir narrativas com consistência para elas se tornarem verdade na mente de muitos. "Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade", frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista.
Qualquer versão dos fatos que ameace a narrativa oficial precisa ser ridicularizada, até o ponto em que seus defensores sejam vistos como charlatões ou malucos, e passem a ser vilipendiados por todos.
Esse é um dos claros motivos de o estado e seus burocratas nunca abrirem mão do controle educacional. Afinal, o objetivo primordial deles é doutrinar nossas crianças e torná-las conformistas e dóceis, futuros soldados a fazerem parte da engrenagem da tirania. Mas não podemos nos esquecer, como diria Thomas Jefferson: “Revoltarmo-nos contra a tirania é obedecer a Deus.”
Realmente, estamos num tempo em que as pessoas que têm pensamento independente e crítico são vistas como ameaçadoras, subversivas, que tão logo passam a ser as novas vítimas das propagandas do regime. Rótulos, insultos e difamações não faltam a essas pessoas, e agora, mandados de prisão, multa e bloqueio de redes sociais começaram a virar o novo normal.
Um exemplo foi um famoso e carismático empresário brasileiro que gostava de se trajar de verde e amarelo e nos alertar sobre os perigos do comunismo. Infelizmente, ele está impedido de se expor e se pronunciar em suas redes sociais, mesmo sem ter praticado nenhum crime. Enquanto isso, vemos criminosos reais com longa ficha criminal serem soltos quase todos os dias. Essa inversão de valores e normalização da injustiça é algo inaceitável.
A verdade é que a verdadeira resistência, não só no Brasil mas em vários locais, surgiu nos últimos anos devido a essa perda do controle informacional e das narrativas que a grande mídia teve ao longo das últimas décadas. Talvez, o rápido avanço das tecnologias derivadas da internet como as redes sociais e seus mecanismos de divulgação de ideias acabaram surpreendendo essa elite.
Os verdadeiros intelectuais, preocupados com a verdade e com análises sérias e racionais, passaram a ter voz graças a essa poderosa tecnologia descentralizada, que vem nos dando uma esperança de vitória, a Internet. Apesar de todas as dificuldades pelo caminho, como o ativismo judicial que impera no Brasil e o avanço de uma tática de silenciamento através do vitimismo e do politicamente correto, os brasileiros estão despertando.
A batalha não é fácil, mas ao contrário dos vários povos escravizados no passado, como os chineses sob a tirania Mao tsé Tung, ou os alemães sob Hitler, hoje contamos com ferramentas que nos permitem proteger contra os abusos estatais e uma delas é o Bitcoin. Deixamos como recomendação aqui os vídeos “A CORRIDA pelo BITCOIN DETERMINARÁ o FUTURO da LIBERDADE ECONÔMICA”, e “Bitcoin & Anarcocapitalismo: A Solução Descentralizada para a Economia Atual”.
Enfim, o escritor Aldous Huxley, no prefácio de sua obra “Admirável Mundo Novo”, tem um importante aviso:
“Um estado totalitário verdadeiramente eficiente seria aquele em que o executivo todo-poderoso de chefes políticos e seu exército de administradores, controlassem uma população de escravos que não tivessem de ser coagidos porque amariam sua servidão. Fazer com que eles a amem é a tarefa confiada, nos estados totalitários de hoje, aos ministérios de propaganda, diretores de jornais e professores”.
Distopia [aula com Kauê Varela]
https://www.cursology.com.br/cursos/ana2/lessons/aula-4-3/
https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-brasil-e-a-mais-cruel-e-violenta-distopia/?ref=busca