93 Anos de Obra Inacabada: A construção mais antiga do Brasil Revela a Ineficiência Estatal

Você confiaria em alguém que levou 93 anos para não terminar um trabalho prometido? Pois é exatamente isso que o Estado brasileiro fez — ou melhor, não fez — com a BR-156, no Amapá. O que está por trás dessa tragédia estatal?

Noventa e três anos. Esse é o tempo que o estado brasileiro leva para não conseguir construir uma estrada. A BR-156, no Amapá, é a prova de que confiar no governo para resolver qualquer coisa é como esperar que um alcoólatra resolva seus problemas bebendo mais. A rodovia que liga Laranjal do Jari a Oiapoque — 823 quilômetros que deveriam ser simples — se transformou no maior monumento à incompetência estatal da história brasileira.
E quando dizemos incompetência, não estamos falando de má sorte ou falta de recursos. Estamos falando de bilhões de reais literalmente jogados na lama amazônica, de décadas de políticos fazendo discursos vazios e de uma população inteira mantida refém da ineficiência crônica de quem se diz "servidor público". Afinal, se o governo não consegue, por que então não deixar para o setor privado fazer?
Desde 1932 — para vocês terem uma dimensão temporal, isso foi antes da Segunda Guerra Mundial — essa rodovia está "em construção". Gerações inteiras de amapaenses nasceram, cresceram, tiveram filhos e morreram esperando uma estrada que funcione. Enquanto isso, em países verdadeiramente livres, empresas privadas constroem rodovias complexas em questão de anos, não de décadas.
Mas aqui, na terra do estado paternalista e interventor, 93 anos não são suficientes para ligar dois pontos em linha reta. Por quê? Porque quando não há competição, quando não há risco de falência, quando o dinheiro vem do imposto forçado dos contribuintes, simplesmente não há incentivo para a eficiência.
A lógica estatal é perversa por natureza: quanto mais uma obra demora, mais ela custa. Quanto mais ela custa, mais contratos são distribuídos. Quanto mais contratos são distribuídos, mais políticos e empresários se beneficiam. E o cidadão comum? Esse fica esperando — e pagando. Isso nos revela que tudo o que beneficia um político em termos de recursos e ganhos pessoais, acaba sempre prejudicando a população; ou seja, estar em altos cargos de poder implica em ter os piores incentivos possíveis.
(Sugestão de Pausa)
Vocês querem saber o que realmente aconteceu nesses 93 anos? Não foi falta de dinheiro. Foram investidos bilhões — com B maiúsculo — nessa obra fantasma. O problema é que esse dinheiro passou pelas mãos do estado, e tudo que o estado toca vira desperdício, corrupção e ineficiência. Eles não querem concluir nada e nem melhorar a vida de ninguém; o que eles desejam é apenas lucrar com a miséria alheia, enquanto propagam esperança na população.
Pensem nisso: uma empresa privada que demorasse 93 anos para entregar um produto já teria falido há pelo menos 90 anos. Seus clientes teriam fugido, seus investidores teriam desistido, e ela simplesmente deixaria de existir. Mas o estado? O estado não quebra. O estado não tem clientes — tem contribuintes cativos que são sequestrados pelo governo. Os políticos não precisam entregar resultados — precisa apenas prometer que vai entregar.
E é exatamente isso que acontece com a BR-156. A cada eleição, novos políticos prometem que vão "finalmente resolver" o problema. A cada mandato, novos contratos são assinados. A cada contrato, mais dinheiro é desperdiçado. E a estrada? A estrada continua sendo o mesmo atoleiro de sempre.
Aqui está a questão fundamental que nenhum defensor do estado quer encarar: por que a construção de rodovias tem que ser monopólio governamental? Em que momento da história se decidiu que apenas burocratas devem ficar responsáveis pelas construções estradas?
A resposta é simples: nunca foi uma necessidade técnica. Foi uma imposição política. O estado monopolizou a construção de rodovias pela mesma razão que monopoliza tudo: para manter controle e poder. Quando você controla as estradas, você controla o fluxo de pessoas e mercadorias. Quando você controla esse fluxo, você controla a economia. E quando você controla a economia, você controla a população.
(Sugestão de Pausa)
A realidade é que empresas privadas constroem pontes complexas, túneis por meio de montanhas, viadutos suspensos sobre abismos — tudo em prazos razoáveis e dentro do orçamento. Porque elas precisam entregar resultados para sobreviver. Já o estado pode prometer uma estrada por 93 anos e continuar sendo financiado com os impostos de quem está sendo prejudicado pela própria incompetência estatal.
A situação da BR-156 é ainda mais perversa quando entendemos seu impacto real. Os amapaenses não estão apenas sem uma estrada — eles estão prisioneiros dentro do próprio estado. Para sair do Amapá, precisam depender de balsas caras e demoradas, ou de voos que custam uma fortuna.
Imaginem a situação humilhante: vocês vivem em um estado brasileiro, pagam todos os impostos federais, estaduais e municipais, mas estão geograficamente isolados porque o estado — que deveria conectá-los ao resto do país — simplesmente não consegue construir uma estrada em nove décadas.
Sempre que confrontados com a realidade da BR-156, os defensores do estatismo recorrem ao argumento clássico: "Faltam recursos". Como se bilhões de reais investidos em 93 anos não fossem recursos suficientes. E sabemos que todos esses recursos vêm, em sua maioria, dos bolsos de trabalhadores assalariados e pobres.


(Sugestão de Pausa)
Uma empresa privada construindo essa rodovia teria todas as razões do mundo para terminá-la rapidamente: quanto mais rápido terminasse, mais rápido começaria a lucrar com os pedágios. Quanto melhor fosse a qualidade, mais clientes atrairia. Quanto mais eficiente fosse a construção, maior seria sua margem de lucro. E se ela não fosse competente nessa tarefa, sairia do mercado.
Já o estado? O estado não tem nenhum desses incentivos. Aliás, tem incentivos contrários: quanto mais a obra demora, mais verbas podem ser solicitadas. Quanto mais cara ela fica, mais contratos podem ser distribuídos para aliados políticos.
Mas os problemas da BR-156 vão muito além da questão rodoviária. Eles representam o fracasso sistêmico do modelo estatal brasileiro em todos os níveis.
Produtores rurais no Amapá não conseguem escoar sua produção de forma competitiva. Resultado: menos investimento, menos empregos, menos desenvolvimento econômico. Comerciantes locais enfrentam custos logísticos absurdos. Resultado: produtos mais caros para o consumidor final. Todo mundo que mora no Amapá acaba perdendo com essa situação.
O turismo, que poderia ser uma fonte importante de renda para a região, não decola porque não há como chegar lá de forma digna. A integração com os países vizinhos — que poderia abrir mercados e oportunidades — fica impossibilitada.
Tudo isso devido a uma estrada que deveria ter ficado pronta há 90 anos, acabou sendo largada de lado pelas autoridades.
E onde está a famosa "bancada federal do Amapá" durante esses 93 anos? Fazendo exatamente o que toda bancada federal faz: discursos bonitos, promessas vazias e, claro, cuidando muito bem dos próprios interesses.
(Sugestão de Pausa)
Décadas de deputados e senadores passaram por Brasília prometendo resolver a BR-156. Alguns foram reeleitos várias vezes com base nessa promessa. Outros fizeram carreira política inteira em cima desse tema. Mas a estrada? A estrada continua sendo o mesmo atoleiro de sempre.
A verdade é que a BR-156 é a galinha dos ovos de ouro da política amapaense. Sempre que precisam de um tema para campanha, lá está ela. Sempre que precisam justificar um orçamento, lá está ela. Sempre que precisam de uma desculpa para não entregar outras coisas, lá está ela.
A solução para a BR-156 — e para o problema crônico da infraestrutura brasileira — é óbvia para qualquer pessoa com dois neurônios funcionando: tirar o estado da equação.
Concedam à iniciativa privada a construção e a operação da rodovia. Permitam que empresas concorram pelo direito de construir e administrar a estrada. Estabeleçam contratos claros, com prazos definidos e penalidades por atraso. Vocês vão ver como uma obra que "não pode" ser terminada em 93 anos pelo estado será concluída em três ou quatro anos por uma empresa privada.
"Mas e se a empresa cobrar pedágio muito caro?" — Perguntam os estatistas. Simples: se cobrar caro demais, outra empresa construirá uma rodovia concorrente cobrando mais barato; isso, claro, se o governo não impedir com alguma lei ou restrição burocrática. É assim que funciona a concorrência, conceito que burocratas parecem não compreender.
"Mas e os pobres que não vão conseguir pagar o pedágio?" — Insistem em perguntar os estatistas, defensores do planejamento centralizado. Ora, os "pobres" já estão pagando por essa estrada há 93 anos por meio dos impostos. A diferença é que não recebem nada em troca. Pelo menos com pedágio, eles teriam uma estrada de verdade.
(Sugestão de Pausa)
A BR-156 é mais do que uma rodovia inacabada. É o símbolo perfeito do Brasil que não funciona. Do país que tem potencial para ser uma potência mundial, mas está eternamente preso na mediocridade devido ao estado inchado, ineficiente e parasitário. É o famoso custo Brasil, somato à incompetência, corrupção e à mentalidade de governo paternalista e intervencionista, a causa de nossas principais mazelas.
Enquanto outros países constroem longas ferrovias para trens de alta velocidade, pontes impressionantes e túneis submarinos, o Brasil leva quase um século para não conseguir construir uma estrada de terra. Enquanto empresas privadas ao redor do mundo entregam projetos de infraestrutura complexos em prazos apertados, o estado brasileiro transforma uma obra simples em uma saga interminável.
A BR-156 deveria ser uma lição para todo brasileiro que ainda acredita na eficiência estatal. Deveria ser a prova definitiva de que confiar no estado para resolver problemas complexos é uma forma garantida de perpetuar esses problemas.
Mas não é isso que acontece. Em vez de aprender a lição, os brasileiros continuam votando em políticos que prometem "mais investimento público", "mais planejamento estatal", "mais intervenção governamental". Como se 93 anos de fracasso não fossem suficientes para abrir os olhos.
(Sugestão de Pausa)
A verdade inconveniente é que o estado não falha por incompetência acidental. Ele falha porque falhar é sua natureza, e seus agentes se beneficiam diretamente com essas falhas frequentes. Um sistema que não precisa competir, que não pode falir, que é financiado com dinheiro roubado dos contribuintes, simplesmente não tem incentivos para funcionar.
Imaginem um Amapá onde a BR-156 fosse uma rodovia moderna, eficiente, conectando o estado ao resto do país e à América do Sul. Imaginem o desenvolvimento econômico que isso traria. Pensem nas inúmeras oportunidades que se abririam e na qualidade de vida que melhoraria!
Essa é a tragédia da BR-156: não é apenas uma estrada que não existe — é todo um futuro que foi roubado de uma população inteira pela incompetência estatal.
Enquanto os amapaenses continuarem esperando que o estado resolva seus problemas, continuarão presos no atoleiro — literal e figurativo — da ineficiência governamental. A liberdade e a prosperidade só virão quando entenderem que a solução não está em Brasília, nos gabinetes dos políticos ou nos planos dos burocratas.
Que os 93 anos de fracasso sirvam, pelo menos, como um alerta: não existe obra pública eficiente. Existe apenas dinheiro público desperdiçado em nome de promessas que nunca serão cumpridas. E só vai conseguir isso quando parar de esperar pelo estado e começar a exigir a liberdade de mercado.
No fim de 2024, o ministro dos transportes do governo Lula, Renan Filho, que já está de olho nas eleições de 2026, anunciou investimentos na casa dos centenas de milhões de reais para retomar as obras na BR-156. Mais uma vez estamos vendo pessoas que querem lucrar com essa pauta visando ganhos políticos, e a história se repete. Aguardem para ver se nos próximos 4 ou 5 anos essa antiga obra será completada e o povo do Amapá terá, finalmente, estradas de qualidade que os conecte ao resto do país.

Referências:

https://clickpetroleoegas.com.br/essa-rodovia-brasileira-esta-ha-93-anos-em-obras-investimentos-bilionarios-em-uma-construcao-que-nunca-termina-fcmo87/