Enquanto o governo tenta apertar o cerco fiscal, milhões de brasileiros estão encontrando nas stablecoins um caminho silencioso — e irreversível — para escapar do controle estatal. A ironia? É o próprio estado quem está acelerando essa fuga.
O governo Lula conseguiu uma façanha que nem mesmo os maiores defensores do bitcoin imaginavam ser possível: transformar o próprio estado brasileiro no maior promotor das criptomoedas do país. Com a nova alta do IOF, o painho e sua turma estão literalmente empurrando milhões de brasileiros para longe do sistema financeiro tradicional, direto para os braços das stablecoins.
E quando você vê os números do massacre fiscal, entende por que a debandada está acontecendo. O IOF sobre operações de crédito para empresas saltou de 0,38% para 0,95% na contratação — um aumento de 150%. A taxa diária subiu de 0,0041% para 0,0082%, dobrando o custo de quem precisa de capital de giro. O teto anual? Foi de 1,88% para absurdos 3,95%. Para quem usa cartão no exterior, a pancada foi menos violenta: o IOF que era de 3,38% agora virou 3,5%. E o governo, com a cara de pau de sempre, quer arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2024 e R$ 41 bilhões em 2026 sugando ainda mais o sangue de quem trabalha e produz.
Os números são de arrepiar qualquer burocrata de Brasília: mais de 666 mil transações de USDT para PIX em apenas 24 horas. Para quem não entendeu a gravidade da situação, isso representa uma debandada em massa do sistema financeiro controlado pelo estado para um ecossistema que o governo não consegue manipular com suas canetadas inflacionárias. Enquanto o Banco Central e a Receita Federal planejam suas próximas investidas contra as criptomoedas, o próprio governo está sendo o maior responsável pela migração acelerada dos brasileiros para esses ativos. É como se um ladrão reclamasse que suas vítimas estão aprendendo artes marciais — a reação é natural e previsível.
A estratégia governamental era simples: apertar o cerco fiscal sobre operações cambiais para sugar mais recursos dos brasileiros que precisam lidar com o exterior. Freelancers, pequenos empreendedores, turistas — todos na mira do leão faminto por mais arrecadação. Mas o que o governo não contava era que os brasileiros já tinham uma saída: as stablecoins. O absurdo chegou a tal ponto que quem tem planos de previdência com aportes acima de R$ 50 mil mensais teriam de pagar 5% de IOF — uma punição direta a quem ousa poupar para o futuro. É como se o governo dissesse: "Como vocês se atrevem a não confiar no INSS?"
(Pausa)
Enquanto isso, empresas que dependem de crédito rotativo veem seus custos operacionais dispararem. Uma pequena empresa que antes pagava R$ 3.800 de IOF em um empréstimo de R$ 1 milhão agora desembolsa R$ 9.500, um aumento que tira dinheiro direto do bolso dos empreendedores que geram emprego e renda. Agora, com o IOF nas alturas, qualquer pessoa minimamente esperta percebe que é muito mais vantajoso converter seus reais em USDT, fazer a transação internacional sem passar pelos bancos tradicionais, e depois reconverter para PIX. O processo é mais rápido, mais barato e, principalmente, livre das garras do aparato estatal brasileiro.
O movimento é tão evidente que as exchanges reportam crescimento explosivo no volume de negociações de stablecoins, mais de 160% no primeiro trimestre deste ano. E não é coincidência que mais de 90% do volume de criptomoedas movimentado no Brasil seja justamente de stablecoins como USDT e USDC. O povo descobriu que não precisa mais ser refém dos bancos tradicionais e de suas taxas abusivas. Como era de se esperar, o establishment financeiro não está gostando nem um pouco dessa revolução silenciosa. O Banco Central já estuda classificar operações com stablecoins dentro do mercado de câmbio, uma tentativa desesperada de enfiar essas transações no mesmo saco tributário que afugenta os brasileiros.
Mas a coisa está ficando ainda mais sinistra. O governo não está apenas flertando com a ideia de regular stablecoins — já partiu para o ataque direto. Na consulta pública CP 111, o BC quer literalmente proibir que os brasileiros transfiram USDT e USDC para carteiras de autocustódia como MetaMask, Ledger ou Trezor. Isso mesmo: querem impedir que você seja dono do seu próprio dinheiro digital. A medida é tão autoritária que chega a ser cômica. O artigo 76-N da proposta é cristalino: "É vedado à prestadora de serviços de ativos virtuais efetuar transmissão de ativo virtual denominado em moeda estrangeira para carteira autocustodiada". Traduzindo: você pode comprar stablecoins, mas não pode tirá-las da exchange. É como vender um carro e proibir o comprador de sair da concessionária.
Não contentes em aprisionar suas stablecoins nas exchanges, também querem impedir transferências internacionais, estabelecendo um limite de US$ 100 mil e exigindo que todas as empresas que lidem com stablecoins obtenham licença de operadores de câmbio. É o controle total disfarçado de "proteção ao consumidor". A receita é sempre a mesma: quando o povo encontra uma alternativa mais eficiente, o estado corre para taxar e regular até que a vantagem desapareça. O próximo passo já está sendo planejado — elevar a tributação sobre remessas de criptomoedas para o exterior. O governo está planejando matar a galinha dos ovos de ouro antes mesmo dela começar a botar.
(Pausa)
E o mais revoltante é a hipocrisia por trás da medida. Enquanto aumentam o IOF para empresas e pessoas físicas que usam cartão no exterior, mantêm alíquota zero para as grandes corporações em operações de importação, exportação e remessa de lucros e dividendos. Ou seja, o pequeno empresário que viaja a negócios paga 3,5% de IOF no cartão, mas a multinacional que remete bilhões em lucros para o exterior não paga nada. A mensagem é clara: se você é pequeno e precisa de crédito ou faz negócios internacionais, será massacrado. Se você é uma grande corporação ou tem conexões políticas, continua mamando nas tetas do governo. É a velha socialização dos custos e privatização dos benefícios — só que agora com esteroides fiscais.
Enquanto os burocratas de Brasília tramam suas próximas investidas regulatórias, o mercado cripto está se preparando para movimentar mais de US$ 30 trilhões globalmente — um volume equivalente a toda movimentação da Visa. A transformação é tão radical que criou uma "externalidade não controlada" que deixa os bancos tradicionais em pânico: a capacidade de realizar pagamentos internacionais sem passar por suas estruturas. Com uma conta cripto e o PIX, qualquer brasileiro pode acessar até 180 mil ativos globalmente, convertendo valores em tempo real.
Esse tsunami de trilhões está se materializando em produtos financeiros como opções, derivativos e ETFs. E o mais impressionante é que nem mesmo os especialistas previram essa magnitude. O movimento atropelou todo mundo, criando uma nova realidade onde bitcoin a US$ 150 mil deixou de ser fantasia para se tornar projeção séria. O que estamos presenciando vai muito além de uma simples migração tecnológica. É uma batalha épica entre a liberdade financeira e o controle estatal totalitário. De um lado, temos brasileiros descobrindo que podem ser seus próprios bancos, acessando um sistema financeiro global sem intermediários parasitas. Do outro, um governo desesperado tentando manter sua capacidade de sugar cada centavo que circula no país.
A proposta do BC de proibir transferências para carteiras próprias é particularmente nefasta porque ataca o próprio coração da revolução cripto: a autocustódia. A medida viola frontalmente os princípios da livre iniciativa, isonomia e razoabilidade — além do direito de propriedade. É uma visão paternalista que subestima a capacidade dos brasileiros de gerenciarem seu próprio patrimônio. Mas aqui está o paradoxo: quanto mais o governo aperta o cerco, mais evidente fica a superioridade das criptomoedas. Cada nova regulação autoritária é uma propaganda gratuita para o bitcoin e para as stablecoins. Cada tentativa de controle deixa mais claro por que precisamos de um sistema financeiro descentralizado.
Enquanto o BC tenta forçar os brasileiros a manterem suas stablecoins presas em exchanges controladas, o mercado global está se movimentando livremente. A Tether já movimenta R$ 317 milhões por dia no Brasil, com volume anual de US$ 41 bilhões. E isso é apenas o que conseguimos medir — imagine o que está acontecendo nas carteiras privadas que o governo tanto teme. A circulação total e imediata que as criptomoedas proporcionam está tornando irrelevantes as estruturas burocráticas que por décadas nos mantiveram reféns. E o governo sabe disso. Por isso está desesperado para manter o controle, mesmo que isso signifique violar direitos fundamentais dos brasileiros. No final das contas, essa é uma guerra que o estado brasileiro já perdeu , ele só não se deu conta disso, ainda.
https://livecoins.com.br/banco-central-proposta-regular-corretoras-criptomoedas-proibir-auto-custodia/
https://br.cointelegraph.com/news/central-bank-of-brazil-wants-to-ban-users-from-transferring-usdt-usdc-and-stablecoins-to-self-custodial-wallets
https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/05/22/para-arrecadar-r-20-bilhoes-a-mais-neste-ano-governo-publica-aumento-de-iof.ghtml