Argentina fica sem GASOLINA e carros fazem FILAS ENORMES nos postos do país

Por conta do desastre do socialismo, os argentinos agora precisam passar horas a fio em filas intermináveis para abastecer seus carros.

Ah! Filas e mais filas: eis o único produto do socialismo. No caso da Argentina, as filas da vez se formam nos postos de gasolina, com incontáveis motoristas aguardando para que, com alguma sorte, possam abastecer seus veículos. Vários postos ao redor do país estão fechados, por falta de estoque. Nos poucos estabelecimentos que continuam abertos, as filas são tão grandes que, conforme vemos em vários vídeos que foram divulgados nas redes sociais, sequer é possível ver até onde vão os carros enfileirados.

Essa situação é especialmente ruim no norte do país. Porém, mesmo cidades maiores, como a capital Buenos Aires e também La Plata, enfrentam filas de automóveis ao longo dos postos e escassez de combustíveis. Na maioria dos casos, o abastecimento, quando acontece, é feito de forma racionada: cada veículo só pode receber determinada quantidade de combustível. Essa estratégia é adotada para que os estoques não colapsem de uma vez.

Mas, afinal de contas, por que a Argentina está nessa situação? É claro que a culpa, de forma geral, é do socialismo kirchnerista. Mas, sobre esse caso específico, existem alguns detalhes a serem explicados. Em primeiro lugar, a culpa do desabastecimento de combustíveis na Argentina não é dos fornecedores estrangeiros. Afinal de contas, 3 navios-tanques estão parados no Rio Prata, esperando para descarregar sua carga de combustíveis em solo argentino.

E por que esses navios não fazem logo a descarga da mercadoria para voltar para seu lugar de origem? A resposta é bastante evidente: a Argentina simplesmente não tem dinheiro para pagar por esses combustíveis. No caso, estamos falando de dólares - uma vez que ninguém é maluco de receber esse pagamento em pesos argentinos, que não valem absolutamente nada. Os navios-tanques pertencem às empresas gringas BP e Gunvor, e a carga está destinada à YPF - que é a estatal, a Petrobras dos hermanos. A YPF, por sua vez, depende do Banco Central da Argentina para dispor dos dólares necessários ao pagamento das importações.

Acontece que dólar na mão do governo argentino é um item mais escasso do que a própria gasolina. A estimativa atual não é de que o Banco Central dos hermanos tenha poucas reservas em dólar. A estimativa é de que essas reservas já estejam negativas, em US$ 7 bilhões! Em outras palavras: para todos os efeitos, a economia da Argentina já acabou.

É claro que todo esse caos não impede o governo argentino de colocar a culpa nos outros - é isso o que governos de esquerda sempre fazem. Lembre-se, por exemplo, que o presidente Alberto Fernandez - acredite se quiser, ele ainda é o presidente da Argentina - colocou a culpa da inflação galopante do país nos “patifes que aumentam os preços”, e até mesmo no próprio diabo! Pois é, esse é o nível de seriedade dos governos kirchneristas.

Sergio Massa, o superministro da economia do governo Fernandez e forte candidato a vencer o segundo turno das eleições argentinas, ameaçou os produtores nacionais. Nas palavras do candidato: “Se o abastecimento de combustível não for resolvido até a meia-noite de 3ª feira, as empresas não poderão enviar navios de exportação a partir de 4ª porque o petróleo dos argentinos pertence primeiro aos argentinos”. Nós conhecemos bem essa história, não é mesmo? Não seria a primeira vez que o governo argentino barra exportações, com efeitos altamente deletérios para a economia do país.

As petroleiras, por sua vez, afirmam que os fatores que causaram a atual escassez de combustíveis não têm relação com suas próprias ações. O grande causador desse cenário seria o aumento na demanda por gasolina e por diesel. O que foi alegado pelas empresas é que muitos argentinos estocaram combustíveis, nos dias que antecederam o primeiro turno das eleições. Além disso, também se iniciou mais um ciclo agrícola, que demanda mais combustíveis para o maquinário do campo. A soma desses fatores teria levado ao atual cenário desastroso.

Porém, o grande problema da Argentina e dos combustíveis por lá é mesmo a inflação - aliada a um rígido controle estatal sobre a economia. Atualmente, o índice que mede a escalada de preços no país está perto da marca dos 150% - sendo que esses são números oficiais, certamente maceteados. Contudo, os revendedores de combustíveis não podem repassar essa desvalorização da moeda para o consumidor final. É que existe um “acordo” nada amigável entre o governo argentino e os principais distribuidores, celebrado em agosto, e que restringe qualquer aumento nos preços até o fim de outubro.

É claro que não dá pra segurar esse prejuízo para sempre, então os postos começaram a subir os preços nas últimas semanas - em alguns casos, em até 3%, o que obviamente não repõe sequer a inflação. Então, fica a grande pergunta: quem seria louco de vender combustíveis nessa situação? Isso é garantia de prejuízo: enquanto a moeda se desvaloriza, o preço dos produtos não pode ser reajustado! Obviamente, esse estado de coisas gera toda sorte de incentivos errados para os produtores.

Por outro lado, os ganhos e os salários, em geral, são frequentemente reajustados pela inflação. Ou seja, na prática, os combustíveis estão ficando mais baratos para o consumidor argentino. Isso, por óbvio, leva a uma maior demanda - aos olhos do povo, a gasolina está cada vez mais barata. Porém, a oferta desses produtos está caindo drasticamente - seja porque o país não tem dólares para pagar pelas importações, seja porque o produtor argentino não quer amargar prejuízos.

Se a oferta cai drasticamente, e a demanda sobe cada vez mais, então, o preço dos produtos deveria disparar. Porém, devido aos rígidos controles impostos pelo governo argentino, os preços não estão subindo. Então, o que se observa, na prática, é uma inevitável escassez - que sempre acontece quando o estado decide intervir na produção e na estipulação de preços ao consumidor final.

Por outro lado, o livre mercado é sempre capaz de resolver esse tipo de situação. Se a economia argentina fosse livre, os preços dos combustíveis já teriam subido - por conta de um cenário de pouca oferta, com demanda crescente. Isso, por um lado, tiraria o estímulo dos consumidores: só quem realmente precisasse de combustíveis iria abastecer seus veículos. Teríamos, então, uma queda na demanda, resultando no fim das enormes filas que atualmente castigam os consumidores e evitando uma completa escassez do produto.

Por outro lado, os produtores teriam todos os incentivos financeiros corretos para buscar novos estoques. Afinal de contas, o preço estaria muito atrativo para os vendedores! Veremos, nesse cenário, um aumento da produção, com maiores investimentos na área, ou mesmo um aumento nas importações, para atender à demanda interna. Tudo isso valeria a pena, por conta dos altos preços praticados ao consumidor final.

A tendência, nesse caso, seria de uma estabilização dos preços: na medida em que a demanda começa a cair, a oferta começa a aumentar. Chega-se, assim, a um equilíbrio, onde não falta gasolina e diesel para quem precisa. Claro que esse é um resultado de médio e longo prazo, que pode representar um remédio amargo nos primeiros meses. Mas é só assim que a economia se equilibra, de forma natural.

Porém, não estamos falando de um país com uma economia livre e uma sólida atuação do mercado. Estamos falando da Argentina - um país que está tão quebrado, que nem aquele 1 bilhão emprestado, de forma camarada, pelo presidente Lula, é capaz de salvar o governo. Décadas a fio do mais puro socialismo cobram seu preço de todos os argentinos, das mais diversas formas que se possa imaginar. Mas quem poderia esperar um resultado diferente, com tantos erros econômicos sendo cometidos?

De fato, a única esperança para a Argentina, hoje, é Javier Milei. Se ele vier a ser eleito, pode ser que os nossos hermanos vejam uma luz no fim do túnel. É claro que a tarefa é árdua, e não é possível, diante do atual cenário, afirmar que 4 anos serão suficientes para colocar a casa em ordem. Na verdade, não é possível sequer ter certeza de que Milei conseguiria fazer tudo o que é preciso ser feito, com o sistema jogando contra o seu governo. De qualquer forma, a Argentina não aguenta mais um mandato kirchnerista - seria game over para os hermanos. Portanto, fica a grande questão: a poucas semanas do segundo turno das eleições, será que as longas filas nos postos vão pesar a balança em favor do candidato libertário?

Referências:

https://www.poder360.com.br/internacional/argentina-tem-longas-filas-em-postos-diante-da-falta-de-gasolina/

https://exame.com/mundo/argentina-dias-apos-eleicoes-faltam-combustiveis-por-escassez-de-dolares/