Pessoas que têm mais voz online normalmente são aquelas que menos acrescentam em uma conversa séria. Ainda mais uma mulher conhecida por ficar de boca aberta para muitas coisas.
A ex-atriz pornô Mia Khalifa, nascida no Líbano, mas mundialmente conhecida pelos seus vídeos inapropriados para menores de idade, acaba de se envolver numa polêmica. A moça, que ficou famosa no Brasil em 2021, após virar meme durante a CPI da Covid, foi demitida de diversas empresas de conteúdo adulto após declarar apoio ao Hamas. Este grupo terrorista foi o responsável pelos últimos ataques brutais a Israel que culminaram na morte de milhares de judeus, inclusive de alguns brasileiros.
Por sua ascendência libanesa, seria normal imaginar que ela fosse a favor dos palestinos, povo que mora na Faixa de Gaza e Cisjordânia. Civis, que em sua grande maioria não querem guerra contra os judeus, e são tão vítimas do Hamas quanto os israelitas. Entretanto, essa mulher não demonstrou apoio a eles, mas ao grupo terrorista. Que contradição, não?!
Em sua conta no Twitter, ela disse:
“Alguém pode dizer para os lutadores da liberdade na Palestina para virarem seus telefones para filmarem na horizontal”.
Os ditos “lutadores da liberdade na Palestina” seriam o Hamas, e o pedido para filmarem na horizontal, é devido a alguns destes criminosos usarem câmeras do tipo GoPro em seus uniformes. Essas câmeras mostram todas as atrocidades que estavam fazendo com famílias, crianças e idosos quando invadiram Israel. Mia, inclusive, fez uma comparação dos ataques a uma pintura renascentista. De todas as coisas nojentas e imorais que esta mulher já fez em sua carreira de atriz pornô, nada se compara a este tweet, que já foi deletado de sua conta.
Uma influencer respondeu Mia, dizendo o seguinte:
“Odiar Israel, é uma coisa. Pedir para o Hamas ‘virarem seus telefones na horizontal’ enquanto filmam as atrocidades contra mulheres e crianças inocentes para que você tenha uma visão de alta definição é outra coisa. Você é uma pessoa vil”.
É uma hipocrisia esta mulher, que foi banida do seu país de origem por conta do seu antigo trabalho, estar tão feliz com a morte de judeus. E não apenas do Líbano, mas de diversos outros países islâmicos depois que ela fez filmes pornográficos vestida como muçulmana, inclusive, usando o hijab, o véu que cobre o cabelo e parte do rosto da mulher. É uma dissimulação ela ser a favor de um grupo que matou, degolou e decapitou mulheres e bebês judeus, e que não hesitaria em fazer o mesmo com ela. Odiar a única nação, que está situada no Oriente Médio e que respeitaria os seus direitos básicos e a acolheria em seu território sem apedrejá-la, é de uma ignorância tremenda.
Porém, após diversos comentários, a empresa na qual ela trabalhava, a Playboy, decidiu que tudo tem um limite, e, assim, em uma ação moral, decidiu por encerrar o contrato com a ex-atriz pornô. A empresa soltou o seguinte comunicado:
“Cara comunidade de criadores de conteúdo,
Estamos escrevendo para compartilhar nossa decisão de terminar o relacionamento que a Playboy tem com Mia Khalifa, incluindo, a exclusão do canal da Mia da nossa plataforma de criadores de conteúdo. Nos últimos dias, Mia fez comentários nojentos e repreensivos celebrando os ataques do Hamas contra Israel e a morte de homens, mulheres e crianças inocentes. Na Playboy, nós encorajamos a liberdade de expressão e o debate político construtivo, mas temos uma política de tolerância zero para o discurso de ódio. Esperamos que Mia entenda que suas palavras e ações têm consequências”.
E não foi apenas a Playboy. Todd Shapiro, CEO da Red Light Holanda, empresa que comercializa cogumelos alucinógenos e que contratou a atriz como consultora, a demitiu via Twitter. Em seu perfil pessoal, Todd escreveu:
"Considere-se demitida imediatamente. Simplesmente nojenta. Por favor, evolua e se torne um ser humano melhor. O fato de você tolerar a morte, o estupro, a violação da vida, os espancamentos e a tomada de reféns é verdadeiramente nojento. Nenhuma palavra pode explicar sua ignorância".
Quem poderia imaginar que a Playboy e Mia Khalifa estariam envolvidos de algum jeito no conflito entre Hamas e Israel, e que a Playboy seria o bastião da moralidade nessa discussão? Bem-vindos a 2023!
Mas o que o libertarianismo tem para falar sobre esse assunto?
Pois bem, não entraremos no assunto da guerra. Já falamos sobre ele no vídeo “Conflito entre ISRAEL e HAMAS demonstra a INEFICIÊNCIA do ESTADO em resolver problemas”, aqui no Visão Libertária. Se quiser entender mais sobre a história do local e o conflito entre israelitas e palestinos, recomendamos o vídeo do Ancapsu Classic, intitulado “Entre Israel e Palestina quem tem razão?”. Ambos links estão aqui na descrição.
Agora, sobre o ostracismo contra a Mia Khalifa, a única coisa que podemos dizer é que isso é belo e moral do ponto de vista libertário. Ninguém é obrigado a ter relações com pessoas que não compactuam com seus valores morais e éticos. Se por acaso, em algum momento, a pessoa mostrar que os valores dela não são compatíveis com os seus, o rompimento das relações e dos contratos podem e devem ser feitos. Isso, claro, caso não tenha nenhum tipo de cláusula que impeça o fim do contrato, obviamente.
Como bem disse a filósofa Ayn Rand: “todos têm o direito de tomar suas próprias decisões, mas ninguém tem o direito de forçar sua decisão sobre os outros”. Portanto, se Mia em seu direito de livre expressão resolveu ser a favor do Hamas, que aceite as consequências desta sua decisão, e não reclame após pessoas e entidades tomarem suas decisões de cortar relações com ela.
Em uma sociedade libertária a livre, associação e desassociação é algo não apenas permitido, mas obrigatório para os indivíduos poderem viver em comunidade. Pessoas com valores próximos ou parecidos, tenderiam a se associar evitando fazer contratos e acordos com aqueles que possuem valores muito diferentes ou distantes. Essa é uma forma eficiente de evitar conflitos que culminariam em litígios e prejuízos para ambos.
O que aconteceu com Mia e aqueles que a contrataram como consultora e criadora de conteúdo foi exatamente isso. Até um determinado momento, os valores entre eles pareciam ser parecidos. Um bom exemplo disso, é a relação entre Mia e a Playboy. As duas estão dentro do mesmo setor de conteúdo adulto e ambas possuem produtos e serviços complementares que provavelmente resultaram em retornos financeiros positivos, tanto para a ex-atriz pornô, quanto para a empresa. Contudo, após as opiniões de Mia virem a público, a empresa percebeu a divergência gritante de opinião sobre o tema, e, portanto, o afastamento das duas em relação a um assunto potencialmente sensível. Sendo assim, a desassociação mostrou-se ser não apenas uma necessidade, mas uma obrigação, chegando a quebra de contrato e cessamento das atividades.
Enfim, todas as pessoas têm a liberdade de se expressarem, contudo, necessitam ter responsabilidade sobre seus atos e sobre aquilo que falam. Temos que lembrar que ao nos expressarmos, pessoas podem não gostar ao ponto de cortar relações conosco. Por isso, não podemos reclamar depois que este ato é uma tentativa de nos calar ou de não permitir que possamos dar nossa opinião. Todos possuem liberdade para falar, mas ninguém é obrigado a ouvir ou concordar com você. Podemos observar isso em outros casos, como o da BIS e o Felipe Neto e a Budweiser e seu comercial envolvendo uma trans. Mas isso são temas para outros vídeos.
https://www.youtube.com/watch?v=C_Ii4aOVBkA
https://www.youtube.com/watch?v=CVPwadxMb1U
https://www.youtube.com/watch?v=U0rTvEdwrAo
https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2023/10/5132942-quem-e-mia-khalifa-ex-atriz-porno-que-celebrou-ataques-do-hamas.html
https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/mia-khalifa-atriz-demitida-por-apoiar-ataque-do-hamas-em-israel-acumula-polêmicas-1.1401524